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Junior é professor de geografia, Geógrafo, maranhense, católico, flamenguista, motense, amante da velocidade. Guia das Oficinas de Oração e Vida para jovens e um brasileiro que nunca desiste .

terça-feira, 28 de abril de 2009

Resumo Aula: Eras Geológicas

Azóica: início da formação da Terra (4,5 bilhões de anos).


Arqueozóica e Proterozóca: Pré-Cambriano ( vai de 3,8 bilhões à 540 milhões de anos atrás)
Hadeano (vai de 3,8 bilhões à 3,5 bilhões de anos atrás)
Arqueano (vai de 3,5 bilhões à 2,5 bilhões de anos atrás)
Proterozóico (vai de 2,5 bilhões à 650 milhões de anos atrás)
Vendiano (vai de 650 milhões à 540 milhões de anos atrás)

Também chamada de Era Primitiva ou Era Pré-Cambriana. A mais antiga e mais vasta divisão do tempo geológico(gr. proteros = primeiro + zoé= vida). O seu início não é ainda definitivamente conhecido, ultrapassando, entretanto, a casa dos quatro bilhões de anos (estimativa baseada na radioatividade); o seu término deu-se aproximadamente há 500 milhões de anos. Designam-se comumente como pré-cambrianos os terrenos formados durante essa era. Constituem-se de rochas metamórficas (gnaisses, xistos) intensamente dobradas e falhadas e rochas ígneas (granitos, etc.). A sua importância econômica é muito grande, porque nos terrenos dessa era estão as maiores reservas de ferro conhecidas, manganês, etc., sem mencionar-se ouro, cobre, níquel, prata, pedras preciosas, material de construção, etc. Distribuem-se os terrenos pré-cambrianos largamente pelo mundo, sendo as suas áreas maiores de ocorrência chamadas "escudos". Na Austrália constituem o Escudo Australiano; na África, o Escudo Etiópico; na Ásia, o Escudo Angárico; na Europa, o Escudo Báltico; e, na América do Sul formam dois escudos principais: o Escudo Guianense, ao norte do Rio Amazonas, e o Escudo Brasileiro, ao sul daquele rio. Fósseis de idade pré-cambriana são comparativamente raros: estruturas possivelmente originadas por algas (Collenia, etc.), moldes de medusas, etc. A ocorrência de rochas grafitosas em terrenos desta era sugere vida orgânica, enquanto os depósitos de ferro e de calcário são considerados por muitos autores como sendo resultantes da atividade de bactérias.


Era Paleozóica ( vai de 540 milhões à 245 milhões de anos atrás)
Cambriano (vai de 540 milhões à 490 milhões de anos atrás)
Ordoviciano (vai de 490 milhões à 440 milhões de anos atrás )
Siluriano (vai de 440 milhões à 408 milhões de anos atrás )
Devoniano (vai de 408 milhões à 360 milhões de anos atrás )
Carbonífero (vai de 360 milhões à 286 milhões de anos atrás )
Permiano (vai de 286 milhões à 245 milhões de anos atrás )

Também chamada de Era Primária. Divisão do tempo geológico seguinte à Era Proterozóica e a antecedente à Era Mesozóica. A sua duração foi de aproximadamente 380 milhões de anos. Embora a vida já se achasse presente na Era Proterozóica, é nos terrenos mais antigos da Era Paleozóica que os vestígios de organismos se mostram mais abundantes. Divide-se em seis períodos que, na ordem dos mais antigos para os mais modernos, são os seguintes: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano. De acordo com os dados paleontológicos, no cambriano achavam-se presentes todos os grandes grupos de invertebrados. As formas ancestrais da fauna cambriana são desconhecidas ou porque o elevado metamorfismo e os dobramentos a que foram sujeitas as rochas da Era Proterozóica as destruíram, ou porque a erosão apagou grande parte dessa documentação antes da deposição dos sedimentos cambrianos.
Os animais do início da Era Paleozóica viveram dominantemente em ambiente marinho: graptólitos, trilobites, moluscos, briozoários, braquiópodes, equinodermos, corais, etc. Os peixes surgiram no Ordoviciano, nas águas doces. As plantas terrestres mais antigas conhecidas datam do Siluriano (Austrália). No Carbonífero e também no Permiano constituíram grandes florestas das quais se originaram carvões em várias partes do mundo. Daí a designação de Antracolítico dada em esses dois períodos conjuntamente. Especialmente curiosas foram as Pteridospermae, vulgarmente conhecidas como "fetos com sementes". Os insetos mais antigos datam do Devoniano. Os anfíbios surgiram no Devoniano e os répteis no Carbonífero. Angiospermas, aves e mamíferos apareceram mais tarde, na Era Mesozóica.
A paleogeografia da Era Paleozóica é a matéria de controvérsia. As similaridades demonstradas entre a geologia da parte meridional da América do Sul, África do Sul, Índia e Austrália- flora fóssil comum, designada flora de Glossopteris, vestígios de glaciação tipo inlandsis, aparentemente da mesma idade, levaria, segundo certos autores, à aceitação de um antigo continente, Continente de Gonduana, reunindo tais regiões, ou, segundo outros, à suposição de que elas estiveram diretamente unidas até o fim da Era Mesozóica (teoria de Wegener). Dois ciclos orogenéticos importantes ocorreram na Era Paleozóica: dobramentos coledonianos do Siluriano e dobramentos hercinianos do Carbonífero. Vários grupos de animais e de plantas foram privativos da Era Paleozóica: Psilophytales, vegetais que desapareceram no Devoniano; trilobites, euripterídeos, granptólitos, corais dos grupos tetracorais e tabulados; briozoários dos grupos Trepostomados e Criptostomados; foraminíferos da família dos Fusulinídeos; equinodermos dos grupos cistóides, blastóides e heterostelados; peixes dos grupos Ostracodermas e Placodermas.


Era Mesozóica ( vai de 245 milhões à 65 milhões de anos atrás)
Triássico (vai de 245 milhões à 208 milhões de anos atrás )
Jurássico (vai de 208 milhões à 144 milhões de anos atrás )
Cretáceo (vai de 144 milhões à 65 milhões de anos atrás )

Também chamada de Era Secundária. Penúltima das eras em que se divide a história da Terra. Conhecida como a Idade dos Répteis ou Idade dos Amonides, pela importância que esses dois grupos atingiram durante os 140 milhões de anos da sua duração. O nome vem do grego mesos que significa meio, e zoé que indica vida, isto é, vida intermediária. Dos répteis mesozóicos os dinossauros são os mais conhecidos. Atingiram tamanhos gigantescos e se extinguiram no fim da Era Mesozóica. Alguns répteis adaptaram-se ao e outros à vida aquática. Nos mares, proliferaram cefalópodes do grupo dos Amonites, que igualmente se extinguiram no ocaso desta era. Surgiram os peixes teleósteos, as primeiras aves (criaturas exóticas dotadas, no início, de dentes e de cauda), os primeiros mamíferos, as primeiras plantas do grupo dos angiospermas. A Era Mesozóica recebeu também o nome de Idade das Cicadófitas, graças à importância que tal grupo de vegetais alcançou nesta era. Divide-se em três períodos, do mais antigo para o mais moderno: Triásico, Jurásico e Cretáceo.
No Brasil, os terrenos mesozóicos cobrem vastas áreas do interior do país, ocorrendo ainda na orla marítima no nordeste. No sul, no início da Era Mesozóica, o clima foi árido, originando-se vasto deserto com deposição abundante de áreas eólicas. Tal deposição foi entremeada de intenso vulcanismo, responsável por derrames de lava de grande extensão. Seguiu-se a deposição no Período Cretáceo, de areias que mais tarde foram consolidadas por cimento calcário e que encerraram restos de dinossauros e de outros répteis. Nos terrenos cretáceos do nordeste, boa parte dos quais marinhos, ocorrem importantes jazidas de calcário, fosforita e petróleo.


Era Cenozóica (vai de 65 milhões de anos atrás até os dias de hoje)
Terciário:
Paleoceno (vai de 65 milhões à 58 milhões de anos atrás )
Eoceno (vai de 58 milhões à 37 milhões de anos atrás )
Oligoceno (vai de 34 milhões à 23 milhões de anos atrás )
Mioceno (vai de 23 milhões à 5 milhões de anos atrás )
Plioceno (vai de 5 milhões à 2 milhões de anos atrás )

Quaternário:
Pleistoceno (vai de 2 milhões de anos à 10 mil anos atrás )
Holoceno (vai de 10 mil anos atrás até os dias de hoje )

O princípio da Era Cenozóica marca a abertura do capítulo mais recente da história da Terra. O nome desta era provém de duas palavras gregas que significavam vida recente. Durante a Era Cenozóica, que principiou há cerca de 60 milhões de anos, a face da Terra assumiu sua forma atual. A vida animal transformou-se lentamente no que hoje se conhece, porque nela se desenvolveu o ser humano. A Era Cenozóica divide-se em dois períodos principais, dos quais os mais antigo, denominado Período Terciário, subdivide-se em cinco épocas: Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno e Plioceno. O Período Quaternário, sucedente, subdivide-se em Pleistoceno e Holoceno ou Atual. Durante todo o Período Terciário houve muita atividade vulcânica e formaram-se os grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia. Com efeito a Era Cenozóica foi marcada pelo aparecimento de 28 ordens de mamíferos, 16 das quais ainda vivem. No paleoceno e no Eoceno viveram mamíferos de tipo arcaico que no fim do Eoceno e no Oligoceno foram substituídos, exceto na América do Sul, pelos ancestrais dos mamíferos modernos. No decorrer de milhões e milhões de anos deu-se a modernização das faunas que culminou na produção de mamíferos adiantados, especializados, do mundo moderno. Os processos que conduziram à elaboração das faunas modernas datam do Pleistoceno e do pós-Pleistoceno. Distingue-se a fauna atual da fauna do Pleistoceno, principalmente pelo empobrecimento, advindo da extinção de várias formas. A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início da Era Cenozóica; tal união manteve-se interrompida durante grande parte dessa era, voltando a ser restabelecida no fim do Terciário. Isso explica certas peculiaridades faunísticas do nosso continente. Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia através da região de Bering (hoje interrompida pelo Estreito de Bering) durante grande parte da Era Cenozóica, o que explica o porquê da homogeneidade faunística da América do Norte, Ásia Setentrional e Europa. As peculiaridades faunística da Austrália, por sua vez, são devidas ao isolamento que manteve desde o Cretáceo em relação à Ásia. A forma ancestral do cavalo data do Eoceno e recebeu o nome de Eohippus; viveu no hemisfério norte. O Equus, isto é, cavalo propriamente dito, surgiu na América do Norte bem mais tarde, donde migrou para a Ásia, no Pleistoceno. No Pleistoceno, também chamado época Glacial ou Idade do Gelo, ocorreu uma vasta glaciação no hemisfério norte. Glaciação de muito menores proporções deu-se também no hemisfério sul. Datam do Pleistoceno os mais antigos restos do homem (cerca de 450.000 anos). Acredita-se que o mais antigo deles seja o Homo heidelbergensis . Há controvérsia sobre a idade do Homo sapiens; segundo alguns autores o seu aparecimento deu-se há cerca de 250.000 anos, isto é, antes mesmo do Homo neanderthtalensis. No Pleistoceno inferior vivem hominídeos vários: Australopithecus, da África do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem de Pequim. Inúmeras localidades brasileiras forneceram ossadas de mamíferos pleistocênicos. Os achados mais famosos são os das grutas de Minas Gerais, pacientemente pesquisados por Peter Lund no século passado. Outra localidade curiosa é a de Águas do Araxá, também em Minas Gerais, onde parte do material obtido acha-se exposta. Aí foram descobertos cerca de 30 indivíduos de mastodontes fósseis (Haplomastodonwaringi). Megatérios, gliptodontes, tigres dentes-de-sabre (Smilodon) e toxodontes figuram entre os mamíferos pleistocênos mais comuns. A ligação entre as duas Américas no Pleistoceno trouxe como conseqüência uma imigração de carnívoros que não existiam por aqui, os chamados tigres dente-de-sabre. A antigüidade do homem no Brasil é matéria de controvérsia. Não foi ainda cabalmente provada a Idade Pleistoceno do homem da Lagoa Santa cujos ossos aparecem nas mesmas grutas em que ocorrem animais extintos.

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