Deus é maior!!!!!!!!!!!!!!

Junior é professor de geografia, Geógrafo, maranhense, católico, flamenguista, motense, amante da velocidade. Guia das Oficinas de Oração e Vida para jovens e um brasileiro que nunca desiste .

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Se depender do histórico do PSDB.........tá ruim!

O PSDB VAI COMPLETAR VINTE (20) ANOS.
Fundado há vinte anos atrás pelos políticos Mário Covas, Franco Montoro, FHC, Ruth Cardoso, Célio de Castro, Artur da Távola, José Serra e Renan Calheiros, várias histórias mancham o partido, apesar de tão novo.

Basta ver os governadores tucanos no poder:

Em São Paulo: as polícias suíça e francesa investigam pagamento de propinas milionárias a tucanos paulistas pela multinacional Alstom, a fim de garantir contratos caros e bastante lucrativos no Estado, em 1997. Entre esses contratos, hidrelétricas e metrôs. O valor das propinas superaria 5 milhões de dólares. Sim, milhões, e de dólares. Só pela propina. Pelo menos um ex-presidente da CESP (Companhia Energética de São Paulo) já admitiu ter recebido US$ 1,4 milhão da Alstom. Pelo menos dois doleiros foram usados para intermediar as transferências para os políticos tucanos, segundo as investigações. Quem governava o Estado à época era Mário Covas e seu vice era Geraldo Alckmin, que já foi governador de São Paulo e candidato à presidência da República pelo PSDB, durante seu governo, houve um escândalo significativo: o desvio de dinheiro da Nossa Caixa para aliados de Alckmin na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Na cidade paulista de Praia Grande, o prefeito tucano Alberto Mourão é acusado na Operação Santa Tereza (mais conhecida por enlamear o pedetista Paulinho da Força) de participação no desvio de recursos do BNDES.

No Rio Grande do Sul: a primeira tucana que governa o Estado gaúcho (desde 1988, quatro peemedebistas, um pedetista e um petista já tinham governado o RS), Yeda Crusius enfrenta uma crise enorme em um ano e meio de governo e já sofre ameaça de impeachment. Uma CPI montada pelos adversários políticos da tucana (lá é o oposto do cenário paulista: Yeda tem 23 aliados numa Assembléia de 55 deputados) vem investigando desvio de R$ 44 milhões do Detran. Seu próprio vice divulgou conversa em que o chefe da Casa Civil admitia uso de estatais para financiar campanha. Tucanos da alta cúpula caíram. O Estado está no vermelho e protestos pipocam freqüentemente exigindo a queda da governadora.

Em Alagoas: o governador Teotônio Vilela Filho foi acusado só por formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva no escândalo desbaratado durante a "Operação Navalha", da PF. A denúncia contra ele e mais 60 pessoas foi apresentada pelo Ministério Público em maio deste ano. A Polícia Federal registrou encontros entre ele e Zuleido Veras, dono da Gautama e pivô da máfia das obras.

Além disso, o número de homicídios no Estado aumentou em 47,8%: o número passou de 550 em 2006 para 813 em 2007. Isso pode ter a ver com a greve dos PMs, uma das várias que marcou a gestão, que anulou reajustes salariais e deixou os trabalhadores inconformados.

Na Paraíba: o governador Cássio Cunha Lima foi cassado pelo TRE em julho do ano passado, depois liminar do TSE anulou cassação, depois, em dezembro, foi cassado pelo TRE de novo (sob outra acusação), depois outra liminar do TSE anulou a cassação. Ou seja: ele se mantém no governo, há quase um ano, na base das liminares. Isso porque, segundo o TRE, entre outras atitudes de auto-promoção, o governador tucano distribuiu 35 mil cheques para a população em época de eleição – sem qualquer lei de assistência social que regulamentasse isso. Abusou só um pouquinho do poder, né?

Em Roraima: o governador José de Anchieta Júnior, que apareceu bastante nos jornais por causa dos conflitos para demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, quase foi cassado com menos de uma semana no poder. Ele assumiu o lugar do também tucano Ottomar Pinto, morto no fim de 2007, e os dois foram acusados pelo TRE de abusarem da máquina administrativa para se elegerem em 2006.

Em Minas Gerais: O governador Aécio Neves censura a imprensa, é uma verdadeira lei da mordaça. Já ganhou até vídeo. Feito pelo documentarista Daniel Florêncio, para a Current TV, o filme já foi exibido nos Estados Unidos e Inglaterra. Norte-americanos e ingleses puderam conhecer um pouco melhor do Aécio que não chega até Minas Gerais pela imprensa mineira.
Isso sem falar de Eduardo Azeredo, governador mineiro entre 1995 e 1999, que sempre figurou com importância no quadro tucano de Minas e agora foi sumariamente apagado da memória de todos. Para se ter uma idéia, ele era presidente nacional do PSDB e teve que pedir demissão. Por quê? Porque foi acusado pelo procurador-geral da República de lavagem de dinheiro e peculato, no chamado "mensalão tucano", que não ganhou as devidas proporções na imprensa mineira ou quaisquer outras. Mas foi devidamente coberto por este humilde blog.

Estes são só todos os governadores tucanos no poder. E todos estão envolvidos em escândalos políticos de maior ou menor gravidade.

Perdeu a moral.

Porque, vale lembrar, é claro que o PSDB já teve moral. Já teve grandes nomes da esquerda brasileira, filiados ao MDB, que faziam oposição real aos políticos da Arena. Querem um registro em vídeo? Procurem o DVD do Ernesto Varela, ótimo personagem de Marcelo Tas (que hoje faz o CQC Brasil), em que ele conversa com figuras políticas importantes, durante as Diretas-Já. O PSDB foi importante nesse processo de redemocratização, assim como o PT (a diferença, nesse momento, é que o PSDB surgiu da "intelectualidade" e dos políticos, ou seja, de cima para baixo; enquanto o PT foi fundado num processo mais horizontal, com intelectuais e trabalhadores). Mas também, assim como o partido de Lula, se desmoralizou no poder. Seguiu exemplos de partidos de caciques, como o DEM e o PTB e o PP de Maluf (esses dois últimos estão entre os piores). Virou escândalo.

O PSDB ainda não é o pior partido brasileiro, mas já contabiliza 20 anos de uma história de poucos orgulhos.

Com apoio de artigo da Revista NOVAE.

Péssimo.....Jornal brinca de novela.

Hoje me surpreendi com uma notícia no jornal Pequeno de São Luís, onde o título era: Morte de Laurixto é sobra do terror vivido na época do Governo Roseana. E o conteúdo ainda dizia: que é uma herança... Me deixou triste a notícia que trata muito mais de uma briga entre os repórteres da mirante e o próprio jornal (que a única coisa que faz é combater (e faz mal) o grupo Sarney).
O pior não é isso, é a forma como trata a morte de Laurixto e não lembra da reportagem do dia 19 de julho de 2007, onde implora com o seguinte texto:
"Agora, passados seis meses da derrota dos sarneisistas, os crimes de pistolagem voltam a assustar o Maranhão. O esforço dos democratas que se uniram para derrotar esse grupo foi também o esforço para pôr fim a tanta chacina e tanta impunidade.
É preciso que o Governo reaja com toda a força contra qualquer possibilidade da pistolagem e do crime organizado voltarem a imperar no Maranhão (JP de 19/07/07)".

Acho que esqueceram de avisa ao jornal pequeno que a pistolagem no Estado tem história antecedente a proclamação da república. O Brasil é controlado pelo crime organizado. O crime organizado domina o Brasil, elabora leis e controla os juízes. Nós sabemos disso.

JORNAL NÃO É PARA SE BRINCAR DE NOVELA.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Velho Senado - Crônica de Machado de Assis

A propósito de algumas litografias de Sisson, tive há dias uma visão do Senado de 1860. Visões valem o mesmo que a retina em que se operam. Um político, tornando a ver aquele corpo, acharia nele a mesma alma dos seus correligionários extintos, e um historiador colheria elementos para a História. Um simples curioso não descobre mais que o pinturesco do tempo e a expressão das linhas com aquele tom geral que dão as cousas mortas e enterradas.

Nesse ano entrara eu para a imprensa. Uma noite, como saíssemos do Teatro Ginásio, Quintino Bocaiúva (1) e eu fomos tomar chá. Bocaiúva era então uma gentil figura de rapaz, delgado, tez macia, fino bigode e olhos serenos. Já então tinha os gestos lentos de hoje, e um pouco daquele ar distante que Taine achou em Mérimée. Disseram cousa análoga de Challemel-Lacour, que alguém ultimamente definia como très républicain de conviction et très aristocrate de tempérament. O nosso Bocaiúva era só a segunda parte, mas já então liberal bastante para dar um republicano convicto. Ao chá, conversamos primeiramente de letras, e pouco depois de política, matéria introduzida por ele, o que me espantou bastante, não era usual nas nossas práticas. Nem é exato dizer que conversamos de política, eu antes respondia às perguntas que Bocaiúva me ia fazendo, como se quisesse conhecer as minhas opiniões. Provavelmente não as teria fixas nem determinadas; mas, quaisquer que fossem, creio que as exprimi na proporção e com a precisão apenas adequadas ao que ele me ia oferecer. De fato, separamo-nos com prazo dado para o dia seguinte, na loja de Paula Brito, que era na antiga Praça da Constituição, lado do Teatro São Pedro, a meio caminho das Ruas do Cano e dos Ciganos. Relevai esta nomenclatura morta; é vício de memória velha. Na manhã seguinte, achei ali Bocaiúva escrevendo um bilhete. Tratava-se do Diário do Rio de Janeiro, que ia reaparecer, sob a direção política de Saldanha Marinho. Vinha dar-me um lugar na redação com ele e Henrique César Múzio.

Estas minudências, agradáveis de escrever, sê-lo-ão menos de ler. É difícil fugir a elas, quando se recordam cousas idas. Assim, dizendo que no mesmo ano, abertas as câmaras, fui para o Senado, como redator do Diário do Rio, não posso esquecer que nesse ou no outro ali estiveram comigo, Bernardo Guimarães, representante do Jornal do Comércio, e Pedro Luís, por parte do Correio Mercantil, nem as boas horas que vivemos os três. Posto que Bernardo Guimarães fosse mais velho que nós, partíamos irmamente o pão da intimidade. Descíamos juntos àquela Praça da Aclamação, que não era então o parque de hoje, mas um vasto espaço inculto e vazio como o Campo de São Cristóvão. Algumas vezes íamos jantar a um restaurante da Rua dos Latoeiros, hoje Gonçalves Dias, nome este que se lhe deu por indicação justamente no Diário do Rio; o poeta morara ali outrora, e foi Múzio, seu amigo, que pela nossa folha o pediu à Câmara Municipal. Pedro Luís não tinha só a paixão que pôs nos belos versos à Polônia e no discurso com que, pouco depois, entrou na Câmara dos Deputados, mas ainda a graça, o sarcasmo, a observação fina e aquele largo riso em que os grandes olhos se faziam maiores. Bernardo Guimarães não falava nem ria tanto, incumbia-se de pontuar o diálogo com um bom dito, um reparo, uma anedota. O Senado não se prestava menos que o resto do mundo à conversação dos três amigos.

Poucos membros restarão da velha casa. Paranaguá (2) e Sinimbu (3) carregam o peso dos anos com muita facilidade e graça, o que ainda mais admira em Sinimbu, que suponho mais idoso. Ouvi falar a este bastantes vezes; não apaixonava o debate, mas era simples, claro, interessante, e, fisicamente, não perdia a linha. Esta geração conhece a firmeza daquele homem político, que mais tarde foi presidente do Conselho e teve de lutar com oposições grandes. Um incidente dos últimos anos mostrará bem a natureza dele. Saindo da Câmara dos Deputados para a Secretaria da Agricultura, com o Visconde de Ouro Preto, (4) colega de gabinete, eram seguidos por enorme multidão de gente em assuada. O carro parou em frente à secretaria; os dois apearam-se e pararam alguns instantes, voltados para a multidão, que continuava a bradar e apupar, e então vi bem a diferença dos dois temperamentos. Ouro Preto fitava-a com a cabeça erguida e certo gesto de repto; Sinimbu parecia apenas mostrar ao colega um trecho de muro, indiferente. Tal era o homem que conheci no Senado.

Para avaliar bem a minha impressão diante daqueles homens que eu via ali juntos, todos os dias, é preciso não esquecer que não poucos eram contemporâneos da Maioridade, algum da Regência, do Primeiro Reinado e da Constituinte. Tinham feito ou visto fazer a história dos tempos iniciais do regimen, e eu era um adolescente espantado e curioso. Achava-lhes uma feição particular, metade militante, metade triunfante, um pouco de homens, outro pouco de instituição. Paralelamente, iamme lembrando os apodos e chufas que a paixão política desferia contra alguns deles, e sentia que as figuras serenas e respeitáveis que ali estavam agora naquelas cadeiras estreitas não tiveram outrora o respeito dos outros, nem provavelmente a serenidade própria. E tirava-lhes as cãs e as rugas, e fazia-os outra vez moços, árdegos e agitados. Comecei a aprender a parte do presente que há no passado, e vice-versa. Trazia comigo a oligarquia, o golpe de Estado de 1848, e outras notas da política em oposição ao domínio conservador, e ao ver os cabos deste partido, risonhos, familiares, gracejando entre si e com os outros, tomando juntos café e rapé, perguntava a mim mesmo se eram eles que podiam fazer, desfazer e refazer os elementos e governar com mão-de-ferro este país.

Os senadores compareciam regularmente ao trabalho. Era raro não haver sessão por falta de quorum. Uma particularidade do tempo é que muitos vinham em carruagem própria, como Zacarias (5), Monte Alegre (6), Abrantes (7), Caxias (8) e outros, começando pelo mais velho, que era o Marquês de Itanhaém (9). A idade deste fazia-o menos assíduo, mas ainda assim era-o mais do que cabia esperar dele. Mal se podia apear do carro, e subir as escadas; arrastava os pés até à cadeira, que ficava do lado direito da mesa. Era seco e mirrado, usava cabeleira e trazia óculos fortes. Nas cerimônias de abertura e encerramento agravava o aspecto com a farda de senador. Se usasse barba, poderia disfarçar o chupado e engelhado dos tecidos, a cara rapada acentuava-lhe a decrepitude; mas a cara rapada era o costume de outra quadra, que ainda existia na maioria do Senado. Uns, como Nabuco(10) e Zacarias, traziam a barba toda feita; outros deixavam pequenas suíças, como Abrantes e Paranhos (11), ou, como Olinda (12) e Eusébio (13), a barba em forma de colar; raros usavam bigodes, como Caxias e Montezuma (14), - um Montezuma de segunda maneira.

A figura de Itanhaém era uma razão visível contra a vitaliciedade do Senado, mas é também certo que a vitaliciedade dava àquela Casa uma consciência de duração perpétua, que parecia ler-se no rosto e no trato de seus membros. Tinham um ar de família, que se dispersava durante a estação calmosa, para ir às águas e outras diversões, e que se reunia depois, em prazo certo, anos e anos. Alguns não tornavam mais, e outros novos apareciam; mas também nas famílias se morre e nasce.

Dissentiam sempre, mas é próprio das famílias numerosas brigarem, fazerem as pazes e tornarem a brigar; parece até que é a melhor prova de estar dentro da humanidade. Já então se evocavam contra a vitaliciedade do Senado os princípios liberais, como se fizera antes. Algumas vozes vibrantes cá fora, calavam-se lá dentro, é certo, mas o gérmen da reforma ia ficando, os programas o acolhiam, e, como em vários outros casos, os sucessos o fizeram lei.

Nenhum tumulto nas sessões. A atenção era grande e constante. Geralmente, as galerias não eram mui freqüentadas, e, para o fim da hora, poucos espectadores ficavam, alguns dormiam. Naturalmente, a discussão do voto de graças e outras chamavam mais gente. Nabuco e algum outro dos principais da Casa gozavam do privilégio de atrair grande auditório, quando se sabia que eles rompiam um debate ou respondiam a um discurso. Nessas ocasiões, mui excepcionalmente, eram admitidos ouvintes no próprio salão do Senado, como aliás era comum na Câmara temporária; como nesta, porém, os espectadores não intervinham com aplausos nas discussões. A presidência de Abaeté (15) redobrou a disciplina do regimento porventura menos apertada no tempo da presidência de Cavalcanti. (16)

Não faltavam oradores. Uma só vez ouvi falar a Eusébio de Queirós, e a impressão que me deixou foi viva; era fluente, abundante, claro, sem prejuízo do vigor e da energia. Não foi discurso de ataque, mas de defesa, falou na qualidade de chefe do Partido Conservador, ou papa; Itaboraí (17), Uruguai (18), Saião Lobato (19) e outros eram cardeais, e todos formavam o consistório, segundo a célebre definição de Otaviano no Correio Mercantil. Não reli o discurso, não teria agora tempo nem oportunidade de fazê-lo, mas estou que a impressão não haveria diminuído muito, posto lhe falte o efeito da própria voz do orador, que seduzia. A matéria era sobremodo ingrata: tratava-se de explicar e defender o acúmulo dos cargos públicos, acusação feita na imprensa da oposição. Era tarde da oligarquia, o crepúsculo do domínio conservador. As eleições de 1860, na capital, deram o primeiro golpe na situação; se também deram o último, não sei; os partidos nunca se entenderam bem acerca das causas imediatas da própria queda ou subida, salvo no ponto de serem alternadamente a violação ou a restauração da Carta constitucional. Quaisquer que fossem, então, a verdade é que as eleições da capital naquele ano podem ser contadas como uma vitória liberal. Elas trouxeram à minha imaginação adolescente uma visão rara e especial do poder das urnas. Não cabe inseri-la aqui; não direi o movimento geral e o calor sincero dos votantes, incitados pelos artigos da imprensa e pelos discursos de Teófilo Otôni(20), nem os lances, cenas e brados de tais dias. Não me esqueceu a maior parte deles; ainda guardo a impressão que me deu um obscuro votante que veio ter com Otôni, perto da matriz do Sacramento. Otôni não o conhecia, nem sei se o tornou a ver. Ele chegou-selhe e mostrou-lhe um maço de cédulas, que acabava de tirar às escondidas da algibeira de um agente contrário. O riso que acompanhou esta notícia nunca mais se me apagou da memória. No meio das mais ardentes reivindicações deste mundo, alguma vez me despontou ao longe aquela boca sem nome, acaso verídica e honesta em tudo o mais da vida, que ali viera confessar cândidamente, e sem outro prêmio pessoal, o fino roubo praticado. Não mofes desta insistência pueril da minha memória; eu a tempo advirto que as mais claras águas podem levar de enxurro alguma palha podre - se é que é podre, se é que é mesmo palha.

Eusébio de Queirós era justamente respeitado dos seus e dos contrários. Não tinha a figura esbelta de um Paranhos, mas ligava-se-lhe uma história particular e célebre, dessas que a crônica social e política de outros países escolhe e examina, mas que os nossos costumes - aliás demasiado soltos na palestra -, não consentem inserir no escrito. De resto, pouco valeria repetir agora o que se divulgava então, não podendo pôr aqui a própria e extremada beleza da pessoa que as ruas e salas desta cidade viram tantas vezes. Era alta e robusta; não me ficaram outros pormenores.

O Senado contava raras sessões ardentes; muitas, porém, eram animadas. Zacarias fazia reviver o debate pelo sarcasmo e pela presteza e vigor dos golpes. Tinha a palavra cortante, fina e rápida, com uns efeitos de sons guturais, que a tornavam mais penetrante e irritante. Quando ele se erguia, era quase certo que faria deitar sangue a alguém. Chegou até hoje a reputação de debater, como oposicionista, e como ministro e chefe de gabinete. Tinha audácias, como a da escolha "não acertada", que a nenhum outro acudiria, creio eu. Politicamente, era uma natureza seca e sobranceira. Um livro que foi de seu uso, uma História de Clarendon (History of the Rebellion and Civil Wars in England), marcado em partes, a lápis encarnado, tem uma sublinha nas seguintes palavras (vol. I, pág. 44) atribuídas ao Conde de Oxford, em resposta ao Duque de Buckingham, "que não buscava a sua amizade nem temia o seu ódio". É arriscado ver sentimentos pessoais nas simples notas ou lembranças postas em livros de estudo, mas aqui parece que o espírito de Zacarias achou o seu parceiro. Particularmente, ao contrário, e desde que se inclinasse a alguém, convidava fortemente a amá-lo; era lhano e simples, amigo e confiado. Pessoas que o freqüentavam, dizem e afirmam que, sob as suas árvores da Rua do Conde ou entre os seus livros, era um gosto ouvi-lo, e raro haverá esquecido a graça e a polidez dos seus obséquios. No Senado, sentava-se à esquerda da mesa, ao pé da janela, abaixo de Nabuco, com quem trocava os seus reparos e reflexões. Nabuco, outra das principais vozes do Senado, era especialmente orador para os debates solenes. Não tinha o sarcasmo agudo de Zacarias, nem o epigrama alegre de Cotejipe(21). Era então o centro dos conservadores moderados que, com Olinda e Zacarias, fundaram a liga e os partidos Progressista e Liberal. Joaquim Nabuco, com a eloqüência de escritor político e a afeição de filho, dirá toda essa história no livro que está consagrando à memória de seu ilustre pai. A palavra do velho Nabuco era modelada pelos oradores da tribuna liberal francesa. A minha impressão é que preparava os seus discursos, e a maneira por que os proferia realçava-lhes a matéria e a forma sólida e brilhante. Gostava das imagens literárias: uma dessas, a comparação do Poder Moderador à estátua de Glauco, fez então fortuna. O gesto não era vivo, como o de Zacarias, mas pousado, o busto cheio era tranqüilo, e a voz adquiria uma sonoridade que habitualmente não tinha.

Mas eis que todas as figuras se atropelam na evocação comum, as de grande peso, como Uruguai, com as de pequeno ou nenhum peso, como o Padre Vasconcelos,(22) Senador creio que pela Paraíba, um bom homem que ali achei e morreu pouco depois. Outro, que se podia incluir nesta segunda categoria, era um de quem só me lembram duas circunstâncias, as longas barbas grisalhas e sérias, e a cautela e pontualidade com que não votava os artigos de uma lei sem ter os olhos pregados em Itaboraí. Era um modo de cumprir a fidelidade política e obedecer ao chefe, que herdara o bastão de Eusébio. Como o recinto era pequeno, viam-se todos esses gestos, e quase se ouviam todas as palavras particulares. E, conquanto fosse assim pequeno, nunca vi rir a Itaboraí, creio que os seus músculos dificilmente ririam - o contrário de São Vicente, que ria com facilidade, um riso bom, mas que lhe não ia bem. Quaisquer que fossem, porém, as deselegâncias físicas do senador por São Paulo, e malgrado a palavra sem sonoridade, era ouvido com grande respeito, como Itaboraí. De Abrantes dizia-se que era um canário falando. Não sei até que ponto merece a definição; em verdade, achava-o fluente, acaso doce, e, para um povo mavioso como o nosso, a qualidade era preciosa; nem por isso Abrantes era popular. Também não o era Olinda, mas a autoridade deste sabe-se que era grande. Olinda aparecia-me envolvido na aurora remota do reinado, e na mais recente aurora liberal ou "situação nascente", mote de um dos chefes da liga, penso que Zacarias, que os conservadores glosaram por todos feitios, na tribuna e na imprensa. Mas não deslizemos a reminiscências de outra ordem; fiquemos na surdez de Olinda, que competia com Beethoven nesta qualidade, menos musical que política. Não seria tão surdo. Quando tinha de responder a alguém, ia sentar-se ao pé do orador, e escutava atento, cara de mármore, sem dar um aparte, sem fazer um gesto, sem tomar uma nota. E a resposta vinha logo; tão depressa, o adversário acabava, como ele principiava, e, ao que me ficou, lúcido e completo.

Um dia vi ali aparecer um homem alto, suíças e bigodes brancos e compridos. Era um dos remanescentes da Constituinte, nada menos que Montezuma, que voltava da Europa. Foi-me impossível reconhecer naquela cara barbada a cara rapada que eu conhecia da litografia Sisson; pessoalmente nunca o vira. Era, muito mais que Olinda, um tipo de velhice robusta. Ao meu espírito de rapaz afigurava-se que ele trazia ainda os rumores e os gestos da assembléia de 1823. Era o mesmo homem; mas foi preciso ouvi-lo agora para sentir toda a veemência dos seus ataques de outrora. Foi preciso ouvir-lhe a ironia de hoje para entender a ironia daquela retificação que ele pôs ao texto de uma pergunta ao Ministro do Império, na célebre sessão permanente de 11 a 12 de novembro: "Eu disse que o Sr. Ministro do Império, por estar ao lado de Sua Majestade, melhor conhecerá o 'espírito da tropa', e um dos senhores secretários escreveu 'o espírito de Sua Majestade', quando não disse tal, 'porque deste não duvido eu'."

Agora o que eu mais ouvia dizer dele, além do talento, eram as suas infidelidades, e sobre isto corriam anedotas; mas eu nada tenho com anedotas políticas. Que se não pudesse fiar muito em seus carinhos parlamentares, creio. Uma vez, por exemplo, encheu a alma de Sousa Franco(23) de grandes aleluias. Querendo criticar o Ministro da Fazenda (não me lembra quem era) começou por afirmar que nunca tivéramos ministros da Fazenda, mas tão-somente ministros do Tesouro. Encarecia com adjetivos: excelentes, ilustrados, conspícuos ministros do Tesouro, mas da Fazenda nenhum. "Um houve, Sr. Presidente, que nos deu alguma cousa do que deve ser um Ministro da Fazenda; foi o nobre senador pelo Pará". E Sousa Franco sorria alegre, deleitava-se com a exceção, que devia doer ao seu forte rival em finanças, Itaboraí; não passou muito tempo que não perdesse o gosto. De outra vez, Montezuma atacava a Sousa Franco, e este novamente sorria, mas agora a expressão não era alegre, parecia rir de desdém. Montezuma empina o busto, encara-o irritado, e com a voz e o gesto intima-lhe que recolha o riso; e passa a demonstrar as más críticas, uma por uma, com esta espécie de estribilho: "Recolha o riso o nobre senador!" Tudo isto aceso e torvo. Sousa Franco quis resistir; mas o riso recolheu-se por si mesmo. Era então um homem magro e cansado. Gozava ainda agora a popularidade ganha na Câmara dos Deputados, anos antes, pela campanha que sustentou, sozinho e parece que enfermo, contra o Partido Conservador.

Contrastando com Sousa Franco, vinha a figura de Paranhos, alta e forte. Não é preciso dizê-lo a uma geração que o conheceu e admirou, ainda belo e robusto na velhice. Nem é preciso lembrar que era uma das primeiras vozes do Senado. Eu trazia de cor as palavras que alguém me confiou haver dito, quando ele era simples estudante da Escola Central: "Sr. Paranhos, você ainda há de ser ministro." O estudante respondia modestamente, sorrindo; mas o profeta dos seus destinos tinha apanhado bem o valor e a direção da alma do moço.

Muitas recordações me vieram do Paranhos de então, discursos de ataque, discursos de defesa, mas, uma basta, a justificação do convênio de 20 de fevereiro. A notícia deste ato entrou no Rio de Janeiro, como as outras desse tempo, em que não havia telégrafo. Os sucessos do exterior chegavam-nos às braçadas, por atacado, e uma batalha, uma conspiração, um ato diplomático eram conhecidos com todos os seus pormenores. Por um paquete do Sul soubemos do convênio da vila da União. O pacto foi mal recebido, fez-se uma manifestação de rua, e um grupo de populares, com três ou quatro chefes à frente, foi pedir ao Governo a demissão do plenipotenciário. Paranhos foi demitido, e, aberta a sessão parlamentar, cuidou de produzir a sua defesa.

Tornei a ver aquele dia, e ainda agora me parece vê-lo. Galerias e tribunas estavam cheias de gente; ao salão do Senado foram admitidos muitos homens políticos ou simplesmente curiosos. Era uma hora da tarde quando o presidente deu a palavra ao Senador por Mato Grosso; começava a discussão do voto de graças. Paranhos costumava falar com moderação e pausa; firmava os dedos, erguia-os para o gesto lento e sóbrio, ou então para chamar os punhos da camisa, e a voz ia saindo meditada e colorida. Naquele dia, porém, a ânsia de produzir a defesa era tal, que as primeiras palavras foram antes bradadas que ditas: "Não a vaidade, Sr. Presidente..." Daí a um instante, a voz tornava ao diapasão habitual, e o discurso continuou como os outros dias. Eram nove horas da noite, quando ele acabou; estava como no princípio, nenhum sinal de fadiga nele nem no auditório, que o aplaudiu. Foi uma das mais fundas impressões que me deixou a eloqüência parlamentar. A agitação passara com os sucessos, a defesa estava feita. Anos depois do ataque, esta mesma cidade aclamava o autor da lei de 28 de setembro de 1871, como uma glória nacional; e ainda depois, quando ele tornou da Europa, foi recebê-lo e conduzi-lo até a casa. Ao clarão de um belo sol, rubro de comoção, levado pelo entusiasmo público, Paranhos seguia as mesmas ruas que, anos antes, voltando do Sul, pisara sozinho e condenado.

A visão do Senado foi-se-me assim alterando nos gestos e nas pessoas, como nos dias, e sempre remota e velha: era o Senado daqueles três anos. Outras figuras vieram vindo. Além dos cardeais, os Muritibas,(24) os Sousa e Melos,(25) vinham os de menor graduação política, o risonho Pena,(26) zeloso e miúdo em seus discursos, o Jobim,(27) que falava algumas vezes, o Ribeiro,(28) do Rio Grande do Sul, que não falava nunca - não me lembra, ao menos. Este, filósofo e filólogo, tinha junto a si, no tapete, encostado no pé da cadeira, um exemplar do dicionário de Morais. Era comum vê-lo consultar um e outro tomo, no correr de um debate, quando ouvia algum vocábulo, que lhe parecia de incerta origem ou duvidosa aceitação. Em contraste com a abstenção dele, eis aqui outro, Silveira da Mota,(29) assíduo na tribuna, oposicionista por temperamento, e este outro, D. Manuel de Assis Mascarenhas,(30) bom exemplar da geração que acabava. Era um homenzinho seco e baixo, cara lisa, cabelo raro e branco, tenaz, um tanto impertinente, creio que desligado de partidos. Da sua tenacidade dará idéia o que lhe vi fazer em relação a um projeto de subvenção ao Teatro Lírico, por meio de loterias. Não era novo; continuava o de anos anteriores. D. Manuel opunha-se por todos os meios à passagem dele, e fazia extensos discursos. A Mesa, para acabar com o projeto, já o incluía entre os primeiros na ordem do dia, mas nem assim desanimava o Senador. Um dia foi ele colocado antes de nenhum. D. Manuel pediu a palavra, e francamente declarou que era seu intuito falar toda a sessão; portanto, aqueles de seus colegas que tivessem algum negócio estranho e fora do Senado podiam retirar-se; não se discutiria mais nada. E falou até o fim da hora, consultando a miúdo o relógio para ver o tempo que lhe ia faltando. Naturalmente não haveria muito que dizer em tão escassa matéria, mas a resolução do orador e a liberdade do regimento davam-lhe meio de compor o discurso. Daí nascia uma infinidade de episódios, reminiscências, argumentos, explicações; por exemplo, não era recente a sua aversão às loterias, vinha do tempo em que, andando a viajar, foi ter a Hamburgo; ali ofereceram-lhe com tanta instância um bilhete de loteria, que ele foi obrigado a comprar, e o bilhete saiu branco. Esta anedota era contada com todas as minúcias necessárias para ampliá-la. Uma parte do tempo falou sentado, e acabou diante da mesa e três ou quatro colegas. Mas, imitando assim Catão, que também falou um dia inteiro para impedir uma petição de César, foi menos feliz que o seu colega romano. César retirou a petição, e aqui as loterias passavam, não me lembra se por fadiga ou omissão de D. Manuel; anuência é que não podia ser. Tais eram os costumes do tempo.

E após ele vieram outros, e ainda outros, Sapucaí,(31) Maranguape,(32) Itaúna,(33) e outros mais, até que se confundiram todos e desapareceu tudo, cousas e pessoas, como sucede às visões. Pareceu-me vê-los enfiar por um corredor escuro, cuja porta era fechada por um homem de capa preta, meias de seda preta, calções pretos e sapatos de fivela. Este era nada menos que o próprio porteiro do Senado, vestido segundo as praxes do tempo, nos dias de abertura e encerramento da assembléia geral. Quanta cousa obsoleta! Alguém ainda quis obstar à ação do porteiro, mas tinha o gesto tão cansado e vagaroso que não alcançou nada; aquele deu volta à chave, envolveu-se na capa, saiu por uma das janelas e esvaiu-se no ar, a caminho de algum cemitério, provavelmente. Se valesse a pena saber o nome do cemitério, iria eu catá-lo, mas não vale; todos os cemitérios se parecem.


achei no SENADO FEDERAL. Visite e veja com outros olhos.

domingo, 26 de outubro de 2008

MODOS DE PRODUÇÃO

Modo de produção PRIMITIVO: este foi desenvolvido na pré-história, quando o homem ainda não produzia seu próprio alimento, eram nômades, caçavam, pescavam e colhiam e dividiam os alimentos entre sua tribo. Esse modo de produção não incluía a opressão das classes pobres pelas classes mais poderosas, haja vista que ainda não existia a idéia de classes sociais. Com advento da agricultura, os homens começaram a ter noção de território, se tornaram sedentários, e assim sendo, surgiu toda uma divisão de trabalho: uns plantavam, outros trabalhavam nos moinhos, e alguns teriam de defender as terras de outros que também queriam poder usá-las, formando os primeiros exércitos. Com essa nova estruturação de sociedade, surgiram as classes sociais, a exploração de homem pelo homem, as lutas entre tribos, e nessas lutas, os perdedores começaram a virar escravos, aumentando mais ainda a noção de classes superiores e inferiores. Essa nova forma de organizar a sociedade estava centrada na figura de um rei-imperador, que exercia seu poder absoluto através da legitimação da graça divina, ou seja, o próprio deus lhe concendeu a autoridade, portanto, detinha poderes divinos. Essa nova forma de divisão dos modos de produção é denomidada de modo de produção asiático, pois ocorreu nos impérios do Oriente Médio antigo, como Egito, Babilônia, Assíria e também na América Pré-Colombiana.

O chamado modo de produção ASIÁTICO: caracteriza os primeiros Estados surgidos no Oriente Próximo, Índia, China , África e América pré-colombiana(incas e maias). A agricultura, base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de servidão coletiva. Na verdade, estes camponeses (ou aldeões) tinham acesso a coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta.
Todas as comunidades deviam tributos e serviços ao Estado ao qual estavam submetidas, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó que se apropriavam do excedente agrícola (produção que supera o consumo imediato), distribuindo-o entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Lembrando que este "excedente" era, freqüentemente, extorquido mais pelas necessidades da "nobreza" do que por realmente ser um excedente propriamente dito nas comunidades.
Esse Estado todo-poderoso, onde os reis ou imperadores eram considerados verdadeiros deuses, intervinha diretamente no controle da produção. Nos períodos entre as safras, era comum o deslocamento de grandes levas de trabalhadores (servos e escravos) para a construção de imensas obras públicas, principalmente canais de irrigação e monumentos. Esse tipo de poder, também denominado despotismo oriental, marcado pela formação de grandes comunidades agrícolas e pela apropriação dos excedentes de produção, caracteriza a passagem das sociedades sem classes das primitivas comunidades da pré-história para as sociedades de classes. Nestas, predominam a servidão entre explorados e exploradores, embora a propriedade privada ainda fosse pouco difundida. Guardadas as particularidades históricas, pode-se afirmar que os primeiros Estados surgidos no Oriente Próximo (egípcios, babilônios, assírios, fenícios, hebreus, persas) também na América pré-colombiana nas sociedades incas e maias desenvolveram esse tipo de sociedade. Por fim e resumidamente, a servidão coletiva era o modo de pagamento para o rei ou faraó pelas terras.

ESCRAVIDÃO na Antiguidade: constituiu a base do modo de produção da chamada Antiguidade Clássica. A sustentação desse modo de produção recaí sobre o escravo, que torna-se mera peça de bem ou ferramenta, destituída de humanidade a quem o proprietário detém direito absoluto sobre o corpo.

O FEUDALISMO foi um modo de produção baseado nas relações servo-contratuais (servis) de produção. Tem suas origens na desintegração da escravidão romana. Predominou na Europa durante a Idade Média. Segundo o teórico escocês do iluminismo, Lord Kames, o feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e em certas zonas do mundo pode ser sucedido pelo capitalismo. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei dava-as para eles. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e em troca eles recebiam um pedaço de terra e também estavam protegidos dos bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando iam cuidar das terras do Senhor Feudal. Com a decadência e a destruição do Império Romano do Ocidente, por volta do século V d.C. (de 401 a 500), como conseqüência das inúmeras invasões dos povos bárbaros e das más políticas econômicas dos imperadores, várias regiões da Europa passaram a apresentar baixa densidade populacional e baixo desenvolvimento urbano. Isso ocorria devido às mortes provocadas pelas guerras, às doenças e à insegurança existentes logo após o fim do Império Romano. A partir do século V d.C., entra-se na chamada Idade Média, mas o sistema feudal (Feudalismo) somente passa a vigorar em alguns países da Europa Ocidental a partir do século IX d.C., aproximadamente.
O esfacelamento do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras que estavam em diversas regiões da Europa favoreceram sensivelmente as mudanças econômicas e sociais que vão sendo introduzidas, principalmente na Europa Ocidental, e que alteram completamente o sistema de propriedade e de produção característicos da Antigüidade. Essas mudanças acabam revelando um novo sistema econômico, político e social que veio a se chamar Feudalismo. O Feudalismo não coincide com o início da Idade Média (século V d.C.), porque esse sistema começa a ser delineado alguns séculos antes do início dessa etapa histórica (mais precisamente, durante o início do século IV), consolidando-se definitivamente ao término do Império Carolíngeo, no século IX d.C.
Em suma, com a decadência do Império Romano e as invasões bárbaras, os nobres romanos começaram a se afastar das cidades levando consigo camponeses (com medo de serem saqueados ou escravizados). Já na Idade Média, com vários povos bárbaros dominando a Europa Medieval, foi impossível unirem-se entre si e entre os descendentes de nobres romanos, que eram donos de pequenos agrupamentos de terra. E com as reformas culturais ocorridas nesse meio-tempo, começou a surgir a idéia de uma nova economia: o feudalismo.
Capitalismo é comumente definido como um sistema de organização de sociedade baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e na liberdade de contrato sobre estes bens (livre-mercado). "Capitalismo" é o nome que se dá às atitudes econômicas decorrentes naturalmente numa sociedade que respeita a propriedade privada e a liberdade de contrato. As pessoas quando sujeitas a estas condições, com o intuito de satisfazer seus desejos e/ou necessidades, tendem espontaneamente a dirigir seus esforços no sentido de acumular capital, o qual é então usado como moeda de troca a fim de adquirir os serviços e produtos desejados. Como se percebe, o nome veio a calhar, pois informa diretamente uma das principais características imanentes, que é o acúmulo de capital (embora nenhum indivíduo seja obrigado legalmente a acumulá-lo). O capital, por sua vez, pode ser adquirido e/ou expandido basicamente pelo trabalho produtivo e o comércio, mas como o primeiro também pode se enquadrar na classificação de comércio, a rigor e em última instância, o acúmulo se dá pelo comércio voluntário. O Capitalismo, segundo seus defensores, é o meio mais eficiente e eficaz de prosperidade, desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades, devido ao seguinte argumento central: cada indivíduo, por depender basicamente do seu próprio esforço, por ter direito a acumular e desfrutar dos produtos gerados por este esforço, por ter de assumir e colocar em risco seu próprio patrimônio é altamente motivado a utilizar seus recursos (materiais e intelectuais) da melhor forma (mais eficiente) possível, e a melhor possível é a que gera maior riqueza para a sociedade, já que os indivíduos dependem de transações voluntárias.

O Comunismo é um sistema econômico que nega a propriedade privada dos meios de produção. Num sistema comunista os meios de produção são de propriedade comum a todos os cidadãos e são controlados por seus trabalhadores. Sob tal sistema, o Estado não tem necessidade de existir e é extinto.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Blog da planta

DA BBC

No Japão, uma planta de 40 centímetros virou a sensação dos blogs.

Com a ajuda de um equipamento de alta tecnologia, Midori-san pode expressar seus sentimentos por meio de palavras e dividi-los com os fãs que acessam sua página na internet todos os dias.

Assista à reportagem clicando aqui. Se necessário desabilite o bloqueador de pop-ups.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Globo censura Sindicato de Pernambuco

Globo censura Sindicato de Pernambuco
A Rede Globo censurou um plano de mídia para a Campanha Nacional 2008 produzido pelo Sindicato dos bancários de Pernambuco (Seeb PE). A campanha de mídia está no ar desde domingo 5, e ficará até hoje 7. O Vídeo, de 45 segundos, recupera o lema Banco Mata, critica a ganância dos bancos e explica porque os bancários estão em greve por tempo indeterminado. Será veiculado nas principais emissoras, menos na Globo, que tratou de encontrar um motivo para censurar o material.

A desculpa usada para barrar a veiculação não se sustenta, para não dizer que é ridícula e estapafúrdia. Segundo o contato comercial da Globo Nordeste, o nome do Sindicato teria que ser inserido em caracteres no VT; ou seja, por escrito e por extenso. Ou o Sindicato acrescentava o detalhe, ou o VT não iria ao ar. Isso, a menos de 30 minutos do horário-limite de entregar o material nas quatro emissoras onde se havia contratado o espaço.

Esgotadas as tentativas de diálogo, a Assessoria de Comunicação, com apoio da Presidência e da Secretaria de Comunicação, pediu que a Globo mandasse a condição por escrito, via correio eletrônico, já que o Sindicato não modificaria o VT e o pagamento das inserções já havia sido feito. O contato disse que não faria isso, e que o cheque seria devolvido. Fez mais, tentou inverter o ônus do problema, acusando o Sindicato de tentar "esconder o nome". Que se diga: a assinatura está no áudio, em alto e bom tom. E está na logomarca da entidade, bastante conhecida - e onde se lê "Bancários de Pernambuco", que fecha o VT.

"Quero saber se eles exigem do Shopping Recife, ou do Bradesco, que escrevam seus nomes por extenso, junto com as marcas", questiona a secretária de Comunicação do Sindicato, Emerenciana Rêgo - Mereh.

A exigência, que não se encontra em nenhuma lei ou regulamento de veiculação de audiovisual - tanto que as demais emissoras o estão veiculando, sem problema -, na verdade, esconde o verdadeiro motivo da censura: o VT expõe as mazelas e, portanto, a imagem da banca nacional. Não à-toa, o referido contato avisou, durante as diversas conversações para contratar o espaço, que o VT não seria aprovado caso tivesse imagem de fachada de bancos. E é óbvio que teria, e isso foi dito. O texto já havia sido enviado antes da contratação, para todas as emissoras, como é praxe. Mas a Globo - e só a Globo - exige conhecer o VT antes de fechar o contrato, mesmo o pagamento sendo feito antecipado, a preços de tabela cheia - "as outras vendem desconto, nós vendemos audiência", retumbou Adeládio, o contato local.

O material foi mandado para São Paulo, direto da produtora, via correio eletrônico, para um certo Dido Júnior. Ao que parece, ele é o encarregado de exercer o papel de censor de plantão. Naturalmente que quem dá a notícia ao "cliente" é o contato local.

Foi o que fez Adeládio, que veste a camisa global, com gosto. Ele reiterou que "gostaria muito de atender ao Sindicato, mas só posso fazê-lo se vocês corrigirem o VT". Diante da negativa em atender a exigência absurda da Globo, o contato disse que o Sindicato não enviasse a fita, porque o espaço não havia sido reservado e, portanto, ela não seria veiculada.

Detalhe: na manhã da segunda-feira, 06, o financeiro do Sindicato constatou que o cheque que pagaria as duas veiculações, no jornal local NE 1, edição do mesmo dia, havia sido compensado. A Assessoria de Comunicação do Sindicato voltou a fazer contato com Adeládio. Eis o diálogo:

Assessora - Acabo de saber do financeiro do Sindicato, que a Globo depositou o cheque, e ele foi compensado.
Adeládio - Não era para depositar?
Assessora - Mas você disse, na sexta, que o cheque seria devolvido pois a Globo não iria veicular o VT... Quer dizer que eu posso mandar entregar a fita para veiculação?
Adeládio - Se vocês corrigirem o VT, a gente veicula.
Assessora - Não há nada de errado com o VT. Como é que ficamos, então!?
Adeládio - Vou ligar para o meu financeiro e pedir para restituir o dinheiro.

É assim: a liderança na audiência - e na captação de recursos publicitários, inclusive governamentais - concede a Globo a arrogância de se atribuir poderes de "Imperatriz do Brasil".

Mas não tem que ser assim: "O Sindicato vai tomar as devidas providências junto ao Procon, o Ministério Público e a Justiça. A Globo vai ter que responder no âmbito do Código de Defesa do Consumidor e por cerceamento de atividade sindical, sem contar que é uma concessão pública e deve respeito ao contribuinte", observa Marlos Guedes, presidente do Sindicato. Ele lembra que "cabe processo por danos materiais, uma vez que a Globo tentou impedir que o Sindicato cumprisse seu dever de avisar a população sobre a greve por tempo indeterminado. Felizmente não ficamos nas mãos dela, já havíamos contratado outras emissoras". Cabe, também, denúncia junto ao Conar, conselho nacional regulador de propaganda, como lembra Mereh.

Não é a primeira vez que isso ocorre, embora seja a primeira que o Vídeo produzido pela entidade não vai ao ar na plim-plim. Em 2005, por exemplo, a emissora usou a falta de registro da produtora do material na antiga Ancine, hoje Ancinav - Agência Nacional de Cinema e Audiovisual para colocar obstáculos à veiculação. Todo material produzido deve recolher uma taxa para ser veiculado. O Sindicato, que já tinha efetuado o depósito na conta da Globo, ameaçou seus direitos de consumidor e a emissora acabou encontrando uma produtora que assumiu o vídeo, que acabou indo ao ar.

Fonte: Sulamita Esteliam - Seec PE

Projeto Censurado - Notícia censurada

Este é um resumo de cada uma das 25 histórias mais censuradas expostas na mesma ordem do Projeto Censurado:

1) A ocupação dos EEUU mata mais de um milhão de iraquianos
(por Michael Schwartz, Joshua Holland, Luke Baker, Maki al-Nazzal e Dahr Jamail)
A tropas estadunidenses mataram 1,2 milhões de civis iraquianos desde que começou a invasão há cinco anos, segundo o grupo britânico de investigação Opinion Research Business (ORB). Estas cifras fazem rivalizar a invasão e ocupação do Iraque com as grandes matanças do século passado, como o terrível balanço de até 900.000 seres humanos que se crê mortos no genocídio de Ruanda em 1994 e está se aproximando dos um milhão e setecentos mil mortos no Camboja sob o Khmer Vermelho, nos anos 70. Cada dia saem à rua até cinco mil patrulhas que invadem 30 lares cada uma buscando presumidos 'insurretos' ou 'terroristas', a fim de interrogá-los, apresá-los ou, simplesmente, matá-los. Estas operações soem deixar um balanço de até 100 mortes por dia e causaram uma crise humanitária que deslocou 5 milhões de iraquianos.

2) EEUU, Canadá e México militarizam o NAFTA
(por Laura Carlsen, Stephen Lendman e Constance Fogal)
O espaço econômico do Tratado de Livre Comércio da América do Norte, que agrupa EEUU, Canadá e México se está convertendo num espaço militarizado controlado pelo Comando Norte estadunidense, “seguro para os negócios” e imune ao terrorismo, chamado Sociedade da Segurança e da Prosperidade (SPP, em inglês). As corporações transnacionais promotoras desta conjunção de aparência trinacional, mas verdadeiramente “supranacional”, são velhas conhecidas: General Electric, Ford Motors, General Motors, Wal-Mart, Lockheed-Martin, Merck, Chevron e outras mega companhias. A SPP, que aponta para a integração das três nações num só bloco político, econômico e de segurança sob o comando de Washington. A SPP não é uma lei, ou um tratado, nem sequer um acordo. E qualquer dessas coisas requereria a discussão e participação pública do Congresso.

3) O FBI oferece licença para matar
(por Matthew Rothschild)
O governo estadunidense recruta negócios e indivíduos que se integram a InfraGard, uma importante peça na complexa estrutura de um panóptico industrial destinado a acolher à sociedade da vigilância que Washington constrói. Mais de 23.000 pequenos e médios empresários do comércio e da indústria estadunidense trabalham silenciosamente com o FBI e o departamento de Segurança da Pátria (DHS, em inglês) na coleta e abastecimento de informação sobre as amizades dos estadunidenses. Em recompensa, os membros de InfraGard, que é o nome deste grupo de rápido crescimento, têm licença de “atirar para matar” quando usem suas armas e, ademais, recebem advertências secretas sobre ameaças terroristas muito antes que o público e, ocasionalmente, antes que certos funcionários. A União das Liberdades Civis Americanas vê a InfraGard como os olhos e os ouvidos do FBI observando a milhões de clientes individuais.

4) ILEA: Ressurgem as guerras sujas dos EEUU na América Latina?
(por Comunidade em Solidariedade com o Povo de El Salvador, Wes Enzinna e Benjamin Dangl)
A velha Escola das Américas reviveu em El Salvador como Academia Internacional de Aplicação do Direito (ILEA, em inglês), com uma base satélite no Perú e 16,5 milhões de dólares do orçamento federal de 2008 dos EEUU. A ILEA, com imunidade ante prováveis crimes contra a humanidade, treina anualmente em 'técnicas anti-terroristas' a 1.500 oficiais de polícia, juízes, fiscais e outros “funcionários da lei” da América Latina, enquanto o velho militarismo dos EEUU ameaçam de novo a paz e a democracia na região e aumenta a ajuda militar, que em 2005 cresceu 34 vezes com respeito a 2000, ao mesmo tempo que uma visível mudança de estratégia militar descentralizou os treinamentos secretos de militares e policiais latino-americanos que incluem torturas e técnicas de execução, junto com a reativação da IV Frota.

5) Apoderando-se dos bens dos manifestantes contra a guerra
(por Michel Chossudovsky e Matthew Rothschild)
Bush assinou duas ordens executivas que facultam ao departamento do Tesouro apoderar-se dos bens de quem seja percebido como ameaça para as operações no Oriente Médio, inclusive de suas crianças. A primeira, 'Bloqueando as propriedades de pessoas que ameaçam os esforços de estabilização no Iraque', assinada em 17 de julho de 2007, autoriza o departamento da Fazenda, em consulta com o departamento de Estado e o Pentágono, a confiscar bens de cidadãos e organizações dos EEUU que 'direta ou indiretamente' ameacem as operações no Iraque. A segunda, 'Bloqueando a propriedade de pessoas que minam a soberania do Líbano, seus processos e instituições democráticas', de 1 de agosto, é quase idêntica mas mais severa. Sem o direito ao devido processo, a secretaria da Fazenda pode apoderar-se das propriedades de qualquer um que se oponha vagamente à agenda dos EEUU ou arbitrariamente se lhe atribua risco de violência.

6) Derrota da lei contra o “terrorismo doméstico de colheita própria”
(por Jessica Lee, Lindsay Beyerstein e Matt Renner)
Uma boa notícia é que parece haver fracassado outra lei “anti-terrorismo doméstico”, esta vez contra cidadãos de ascendência árabe ou que professem a fé islâmica, setores opostos à globalização e também críticos da versão oficial do desmoronamento das Torres Gêmeas e do Edifício Nº 7 em 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque. A legislação, que também é uma afronta às liberdades estadunidenses de expressão, ao uso livre da Internet, à privacidade e à livre associação, foi aprovada por 404 a 6 – quase por unanimidade – na Casa de Representantes, mas o Senado a deixou de lado, contrariando a seus dois principais promotores bipartidários: a congressista democrata pela Califórnia Jane Harman, chefa do Sub-comitê de Inteligência, Informação Compartilhada e Risco de Terrorismo, e o senador republicano por Connecticut Joseph Lieberman, presidente dos comitês de Segurança da Pátria e de Assuntos Governamentais. Todavia, Lieberman tratou censurar o popular YouTube, do Google.

7) Guest Workers Inc.: fraude e tráfico humano
(por Mary Bauer, Sarah Reynolds, Felicia Mello e Chidanand Rajghatta)
O sistema do “trabalhador convidado” que emigra para trabalhar nos EEUU contratado em seus países de origem resulta o mais parecido à escravidão do século 21, segundo o congressista democrata pelo Harlem Charles Rangel. O programa, que vitimiza os trabalhadores imigrantes mas foi elogiado e recomendado por Bush, é provável que sirva de base para futuras reformas da imigração. Por exemplo, 600 trabalhadores trazidos enganados da Índia e amontoados em trailers de uma companhia de navegação do Mississippi para trabalhar como escravos do século 21 em estaleiros e embarcações, pagaram gastos de viagem, as prometidas “tarjetas verdes” e um suposto visto de residência permanente vendendo suas casas, automóveis e jóias de família, ademais de pedir emprestado, mas nos EEUU se encontraram com um visto de trabalho por 10 meses e condições de vida e trabalho semelhantes à escravidão.

8) As ordens presidenciais podem ser mudadas em segredo
(por Sheldon Whitehouse [Senador dos EEUU] e Marcy Wheeler)
O senador Sheldon Whitehouse, democrata por Rhode Island e membro do Comitê de Inteligência do Senado, informou haver desclassificado três documentos jurídicos do Escritório de Conselhos Legais (OLC, em inglês) do ministério da Justiça que revelam que o Presidente Bush governa com Órdens Executivas secretas que têm preeminência sobre o Congresso, o Poder Judiciário, o ministério da Justiça e todo o sistema jurídico estadunidense. Marcy Wheeler, do The Guardian, de Londres, disse que “as políticas dos EEUU sobre tortura – e as opiniões duvidosas em que se baseiam essas políticas – deveriam ter sido expostas cinco anos antes. Mas por uma certa razão não foi assim. Não temos nenhuma maneira de saber a que nos ater, nesse mundo arbitrário onde o Presidente pode ignorar suss próprias Ordens Executivas”. Parece que Bush governa ao estilo do imperador Calígula.

9) Testemunhos de veteranos do Iraque e do Afeganistão
(por Aaron Glantz, Aimee Allison, Esther Manilla, Chris Hedges, Laila Al-Arian e Soldado de Inverno)
Os veteranos do Iraque e do Afeganistão descreveram o impacto brutal das ocupações nesses dois países na revista The Nation, de julho de 2007, e nas jornadas do Soldado de Inverno (Winter Soldier), de Silver Springs, Maryland, em dois dias de março de 2008, com a participação de Veteranos do Iraque Contra a Guerra e mais de 300 ex-militares estadunidenses. As rádios KPFA e Pacífica difundiram estas audiências ao vivo, com testemunhos dos soldados sobre atrocidades horripilantes presenciadas ou protagonizadas diretamente por eles mesmos, revelando de passagem como um problema estrutural criou um ambiente de anarquia criminosa nas tropas dos EEUU. Especialistas asseguram que as declarações dos veteranos permitiriam investigar violações potenciais do direito internacional de funcionários da administração Bush e do Pentágono.

10) Psicólogos cúmplices de tortura da CIA
(por Mark Benjamin, Katherine Eban e Democracy Now!)
Quando o jornalismo denunciou em 2005 que havia psicólogos trabalhando com militares dos EEUU e da CIA para desenvolver métodos brutais de interrogatório, os líderes da Associação de Psicólogos Americanos (APA) montaram um grupo de trabalho para examinar a questão. Após dois dias de deliberações, concluíram que trabalhando com os militares os psicólogos desempenhavam 'um papel valioso e ético'. Os psicólogos James Elmer Mitchell, pertencente de frente à CIA, e seu colega Bruce Jessen, desenharam o programa de treinamento militar secreto “Sobrevivência, Evasão, Resistência e Fuga (SERE)”, que prepara os soldados para suportar o possível cativeiro inimigo. De maneira “quase-científica”, segundo psicólogos e outros conhecedores diretos de suas atividades, Mitchell e Jessen desenharam a reengenharia das táticas aplicadas aos aprendizes do SERE para usá-las contra detidos na guerra global ao terrorismo.

11) El Salvador: Privatização da água e Guerra Global ao Terrorismo
(Jason Wallach, Wes Enzinna, Chris Damon e Jacob Wheeler)
Em El Salvador se criminaliza o protesto social desde que a polícia prendeu 14 líderes e residentes de uma comunidade que em julho de 2007 reclamou contra a privatização do abastecimento e distribuição da água, o aumento do preço e a diminuição do acesso e a qualidade do recurso. Desde outubro de 2006 opera uma lei anti-terrorista que criminaliza protestos como o da água, suscetíveis de longas condenações em presídio, ainda que os salvadorenhos continuam lutando para que a água seja um direito e não um crime, enquanto seu presidente Elías Saca fez do país um aliado fiel dos EEUU na militarização de sua agenda neoliberal para a América Latina. El Salvador continua sendo a única nação latino-americana com tropas no Iraque, foi o primeiro a assinar o CAFTA, em copiar a Lei Patriótica e alberga a controvertida Academia Internacional da Aplicação da Lei (ILEA).

12) Chegados a Bush se aproveitam da educação
(por Mandevilla, de Diatribune e Daily Kos)
Hasta Neil Bush, irmão mais novo do presidente dos EEUU, ordenha a vaca dos fundos públicos estaduais destinados ao sistema escolar estadunidense que diz converter as crianças em cidadãos honestos, laboriosos e competitivos. O segredo é converter-se em provedor SES, Serviço de Educação Suplementar, e vender tais “serviços suplementares” ao sistema escolar do estado, distrito por distrito. O sistema criou uma parafernália de controles que “ajudam” diagnosticando as falhas do sistema escolar e – óbvio!– os estados devem pagar por esse diagnóstico. Um negócio redondo, ainda que o remédio seja pior que a doença e locuplete certos bolsos. Esta obra mestra da estafa escolar é possível porque “o assessor em educação do presidente” e amigo íntimo da família Bush, um tal Sandy Kress, aproveitador sem profissão conhecida, inventou uma instituição chamada Não Deixemos as Crianças para Trás (No Child Left Behind, NCLB), que serve precisamente para fazer o contrário.

13) Pesquisando bilhões de dólares perdidos no Iraque
(por Donald Barlett, James Steele e Matt Taibbi)
É incrível que ademais de crimes e matanças de civis, militares, contratistas de Blackwater, de Halliburton e qualquer um que chegue ao Iraque vindo dos EEUU se tenha dedicado também a roubar. Desde abril de 2003, um mês depois da invasão, e durante mais de um ano, a Reserva Federal dos EEUU enviou 12 bilhões de dólares para “a reconstrução” do Iraque à Autoridade Provisória da Coalizão (leia-se governador Paul Bremer III), mas uns 9 bilhões desapareceram por completo devido a um inexplicável descuido. O jornalista Matt Taibbi, da revista Rolling Stone, escreveu: 'O que a administração Bush criou no Iraque é uma espécie de paraíso do capitalismo pervertido, onde os créditos são extraídos forçadamente do cliente pelo Estado e os obscenos lucros não são repartidos pelo mercado senão que por uma burocracia governamental não controlável'.

14) EEUU é uma grande lixeira nuclear
(por Diane D’Arrigo e Sunny Lewis)
A energia atômica e as fábricas de armas nucleares fazem dos EEUU uma grande lixeira nuclear, sem controle ambiental nem do ministério da Energia (DOE, em inglês). O material radiativo se guarda em aterros, se recicla e se revende para usá-lo em concreto de edifícios, equipamentos, asfalto, produtos químicos, solos, etc., também em recipientes inadequados e sem preparação, negócios comerciais e áreas de recreação. Sob o atual sistema, o DOE fornece diretamente os materiais, os vendem em subpastas ou os entregam em intercâmbios, ou envia os materiais a processadores que podem utilizá-los sem atender a controles radiativos. Cada vez é mais freqüente a reciclagem destes materiais para sua reutilização na produção de artigos domésticos de uso diário e efeitos pessoais, tais como fecho ecler, joguetes, móveis, automóveis, construção de caminhos, escolas e enchimento de pátios.

15) Escravidão mundial
(por David Batstone e E. Benjamin Skinner)
Ainda que os grandes meios só prestam atenção a certas formas de escravidão do comércio sexual, o certo é que hoje no mundo existem 27 milhões de escravos; mais que em qualquer outro momento da história humana. A globalização, a pobreza, a violência e a avareza facilitam o crescimento da escravidão, não só no terceiro mundo, senão que também nos países desenvolvidos. Atrás da fachada de qualquer grande urbe ou cidade importante do planeta, hoje é provável encontrar um comércio próspero em seres humanos. 800.000 pessoas anuais são objeto de tráfico através das fronteiras e até 17.500 novas vítimas atravessam a cada ano para os EEUU, segundo o ministério da Justiça (DOJ). Mais de 30.000 escravos adicionais passam pelos EEUU enquanto são transportados a outros destinos internacionais. Os advogados do DOJ processaram 91 casos de comércio de escravos em cidades de quase todos os 50 estados dos EEUU.

16) Informe anual sobre direitos sindicais
(pela Confederação Sindical Internacional)
A Colômbia continua sendo o país com mais sindicalistas assassinados no mundo, segundo o Informe Anual de Violações de Direitos Sindicais publicado pela Confederação Sindical Internacional (ITUC, em inglês). A edição 2007 do informe que cobre 138 países em 2006, demonstra um aumento alarmante das pessoas assassinadas em conseqüência de suas atividades sindicais, de 115 registradas em 2005 a 144 em 2006. Seqüestraram ou “desapareceram” a muitos mais sindicalistas ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que milhares foram presos durante o ano por sua participação em ações de greve e protestos, enquanto outros milhares foram despedidos em vingança por ter se organizado. Também cresceu a quantidade de ativistas sindicais da África, das Américas, da Europa, da Ásia e do Pacífico, vítimas da brutalidade das polícias e assassinados por ser vistos como opositores dos governos favoráveis às corporações.

17) ONU: Vacuidade da Declaração dos Direitos Indígenas
(por Haider Rizvi, Brenda Norrell e Tom Griffiths)
Três meses depois que a ONU aprovara em setembro de 2007 a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, os aborígenes ao redor do mundo protestaram por sua exclusão em Bali do Convênio Base da sobre Mudança Climática (UNFCCC, em inglês), em que pese a que foram convidados a participar. A Declaração Universal da ONU chamou a reconhecer os direitos à autodeterminação e ao controle sobre as terras e recursos de 370 milhões de indígenas, depois de 22 anos de negociações que envolveram os Estados membros, grupos internacionais da sociedade civil e representantes das comunidades aborígenes do mundo. Somente EEUU, Canadá, Austrália e Nova Zelândia votaram contra, alegando que a autodeterminação e o controle indígena sobre terras e recursos naturais obstaculizariam o desenvolvimento econômico e minaria o 'estabelecimento de normas democráticas'.

18) Crueldade e morte nas prisões juvenis dos EEUU
(por Holbrook Mohr)
Uma horrorosa realidade vivem os jovens dos centros correcionais dos EEUU, onde padecem de abusos sexuais e físicos e inclusive morrem. O departamento de Justiça (DOJ), que carece de poder para fechar instalações, entabulou pleitos contra centros para jovens delinqüentes de onze estados por supervisão abusiva ou negligência daninha, entendendo que um julgamento pode conduzir os estados a melhorar seus centros de detenção, muitas vezes operados por contratistas privados, e a proteger assim os direitos civis da juventude encarcerada. A carência de supervisão e os padrões aceitos sobre abusos tornam difícil saber quantos jovens foram assaltados ou vítimas de negligência. A Associated Press estabeleceu que houve 13.000 demandas por abusos em centros juvenis através do país entre 2004 e 2007, quase um terço do total de detentos, que eram de cerca de 46.000 em 2007, quando se fez a indagação.

19) Criadores indígenas e pequenos granjeiros lutam contra a extinção do gado
(pelo Centro Internacional para o Desenvolvimento e o Intercâmbio Sustentável e por Representantes de pastores, povos indígenas e pequenos camponeses)
O modelo industrial de produção de gado causa a destruição mundial da diversidade animal. Pelo menos uma cria de gado indígena morre a cada mês como resultado do excesso de confiança nas castas seletas importadas dos Estados Unidos e da Europa, segundo o estudo 'O estado dos recursos genéticos do mundo animal' da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Desde que em 1999 começou a investigação para o informe, se identificaram duas mil castas locais em risco. Organizações e ONG de 26 países estimam que este sistema industrial de criação e produção de gado ameaça o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar global. Sem embargo, o Plano de Ação Global da mesma FAO eludiu esta realidade.

20) Novo recorde em prisões por maconha
(por Bruce Mirken e Paul Armentano)
A cada ano aumentam nos EEUU as prisões por posse de maconha. Pelo quarto ano consecutivo, as detenções marcaram um recorde, segundo o Informe do Crime Uniforme do FBI para 2006. As apreensões somaram 829.627, com um aumento de 43.000 pessoas com respeito aos 786.545 detidos de 2005. A taxa atual de apreensões significa que a cada 38 segundos resulta detido um fumador de maconha que se incorpora a uma população cativa que corresponde a quase 44% de todas as detenções por droga nos Estados Unidos. Na última década, mais de 8 milhões de estadunidenses foram presos sob acusações relacionadas com a maconha, enquanto declinam as detenções por cocaína e heroína, segundo Allen St. Pierre, diretor executivo da Organização Nacional pela Reforma das Leis sobre a Maconha (NORML, em inglês). O número de presos aumentou mais de 5,4% em 2006 com respeito a 2005.

21) OTAN planeja “o primeiro golpe nuclear”
(por Ian Traynor, The Guardian)
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) considera viável um primeiro golpe nuclear a ser utilizado em qualquer lugar do mundo em que possa surgir uma ameaça. Os detalhes de implementação da idéia aparecem numa espécie de manual para um golpe de estado planetário de 150 páginas, concebido pelas mentes de ex-chefes das forças armadas dos EEUU, da Grã Bretanha, da Alemanha, da França e dos Países Baixos.
Os ex-chefes militares advertem sobre as seguintes ameaças dominantes:
- Fanatismo político e fundamentalismo religioso
- O 'lado escuro' da globalização significa terrorismo internacional, crime organizado e disseminação de armas de destruição total
- Mudança climática e insegurança energética exigem uma competição pelos recursos e uma potencial migração 'ambiental' a escala total
- O debilitamento do estado-nação, assim como de organizações tais como a ONU, a OTAN e a UE.

22) CARE rechaça ajuda alimentar dos EEUU
(por Ellen Massey e Revolution Cooperative)
Como no refrão “Melhor que não me ajude compadre!”, CARE, a maior e mais conhecida organização de caridade dos EEUU, concluiu que a forma como o país do norte encara a ajuda alimentar em vez de combater estruturalmente a fome no mundo, a solidifica e eterniza, porque o principal interesse de sua “ajuda” é converter em dinheiro efetivo os excedentes agrícolas estadunidenses que foram produzidos por una agricultura já subsidiada pelos contribuintes e que, de passagem, distorce o mercado alimentar mundial. A CARE anunciou em agosto de 2007 que recusava receber 45 milhões de dólares ao ano em ajuda alimentar do governo dos Estados Unidos por estimar que as condições impostas para sua distribuição não aliviam a fome. Os EEUU destinam 2 bilhões de dólares anuais de assistência alimentar para populações que sofrem fome crônica, mas exigem que as colheitas sejam compradas nos EEUU.

23) O público consome remédios que não necessita
(por Shreema Mehta)
A publicidade enganosa das companhias farmacêuticas fabrica necessidades, ocultando seguidamente do público os efeitos secundários de certos medicamentos. As companhias dos EEUU devem submeter sua publicidade à Administração de Drogas e Alimentos (FDA, na sua sigla em inglês), mas a agência não a revisa antes que se torne pública. Um informe do Escritório de Responsabilidade do Governo (GAO, em inglês) de novembro de 2006 encontrou que só se revisa uma pequena porção de bulas e nem sempre com os mesmos critérios. Alegando falta de fundos para um controle eficaz, a FDA pediu que uma reforma da Lei de Honorários na Prescrição de Drogas ao Usuário (PDUFA, em inglês) endosse à indústria farmacêutica o pagamento dos gastos de revisão que deveria efetuar a agência antes que os anúncios se tornem públicos. Ainda que equivale a por os ratões a vigiar o queijo, já é uma realidade desde que Bush renovou a PDUFA.

24) Japão duvida da versão oficial do 11/9 e não quer mais guerra
(por Benjamín Fulford)
O parlamentar Yukihisa Fujita desafiou a validez da guerra ao terrorismo dos EEUU e pediu que o Japão se retire do Afeganistão durante uma sessão da Câmara Alta que em janeiro de 2008 debateu a renovação da lei antiterrorista que faculta o apoio logístico japonês às tropas da coalizão. A transmissão do debate permitiu que os japoneses conhecessem pela primeira vez um questionamento frontal da versão oficial da tragédia de Nova Iorque de 2001. O jornalista Benjamin Fulford disse que o parlamentar do Japão, que é um país aliado dos EEUU, mostrou através da TV nacional evidência de grande alcance de que o governo dos EEUU assassinou a 3.000 de seus próprios cidadãos, assim como a 24 pessoas do Japão e a gente de muitas outras nações. Mas Fulford não pode levar Fujita a uma roda de imprensa no Clube dos Correspondentes Estrangeiros do Japão porque seus próprios colegas estadunidenses não o permitiram.

25) Por que destruíram o governador de NY Eliot Spitzer?
(por F. William Engdahl)
Quando uma proeminente figura pública resulta destruída de uma maneira tão espetacular como a exposição ao escárnio público do ex-governador democrata do estado de Nova Iorque, o jornalista F. Guillermo Engdall recomenda perguntar-se quem se beneficia e por que quereria eliminar essa pessoa, sobretudo porque um vulgar encontro com uma prostituta de luxo pouco tem a ver com os padrões morais da administração Bush com respeito aos altos servidores públicos. Eliot Spitzer foi o alvo provável de uma operação da Casa Branca e de Wall Street para silenciar um crítico perigoso e loquaz da condução da chamada “crise subprime” do mercado financeiro. Spitzer culpou de frente à administração Bush de favorecer os prestamistas rapazes ante o Subcomitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes, em entrevistas pela NBC TV e num editorial do Washington Post que apareceu no dia anterior ao escândalo.

http://www.socialismo.org.br/portal/

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Como driblar a greve dos bancários - por Marcelo Moreira

O que é bom, deve ser transmitido.
Leia com atenção.

SAULO LUZ - JORNAL DA TARDE

A greve dos bancários não é justificativa para deixar de pagar contas ou dívidas. Esse é o alerta que está sendo feito por entidades de defesa do consumidor a quem está encontrando dificuldades com a falta de funcionários nas agências ou até mesmo com o fechamento destas.

O consumidor tem de saber que não é obrigado a aceitar prejuízos financeiros que a greve venha a causar, mas precisa procurar um meio alternativo para pagar as contas.

“O consumidor com cartão do banco pode pagar pelos caixas eletrônicos. Quem não tem cartão de débito pode fazer o pagamento em casas lotéricas e até algumas lojas, dependendo do banco”, diz coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci.

Encontrando dificuldade para quitar as dívidas, o consumidor deve entrar em contato com o serviço de atendimento ao cliente (SAC) do banco e com o atendimento da empresa prestadora do serviço para encontrar uma alternativa. Assim poderá solicitar outra forma de pagamento ou o envio de 2ª via da fatura com uma novo prazo. “Se nada disso der certo, procure alguma entidade de defesa do consumidor ou acionar a Justiça”, diz Maria Inês.

Da mesma forma, quem contratou algum serviço específico dos bancos que necessite de atendimento personalizado (como investimentos e dinheiro aplicado), mas não está conseguindo utilizá-lo, deve entrar em contato com o SAC.

Caso não consiga realizar a movimentação financeira desejada, pode solicitar abatimento do valor do serviço cobrado pelo banco, mesmo que seja por negociação.

Se o consumidor sofreu prejuízo financeiro pode, ainda, solicitar ressarcimento do valor perdido.“Para isso, deve procurar um órgão de defesa do consumidor e pode até levar a questão à Justiça. Mas é preciso ter tudo por escrito para comprovar o dano sofrido”, afirma Maria Inês da Pro Teste.

domingo, 19 de outubro de 2008

Se não chora, SORRIA!

DUAS AMIGAS AO TELEFONE:

- Oi, me conta como foi o encontro de ontem à noite.- Horrível, não sei o que aconteceu...- Mas por quê? Não te deu nem um beijo?- Sim. Beijar, me beijou. Mas me beijou tão forte que meudente postiço da frente caiu e as lentes de contato verdes saltaram dosmeus olhos...- Não me diga que terminou por aí.- Não, claro. Depois pegou no meu rosto entre suas mãos,até que tive que pedir que não o fizesse mais, porque estava achatandoo botox e me mordia o lábio como se fossem de plástico... Ia explodiro meu implante de colágeno e quase sai o mega hair!!!- E... Não tentou mais nada?- Sim começou a acariciar minhas pernas e eu o detive,porque lembrei que não tive tempo de me depilar. E além do mais, mearrebatou com uma luxúria e estava me abraçando tão forte que quaseficou com minhas próteses da bunda em suas mãos e estourou meusilicone do peito...- E depois, que aconteceu?- Aí então, começou a tomar champanhe em meu sapato...- Que romântico...!!!- Romântico o cacete! Ele quase morreu!!!- Ai não!!!! E por quê?- Engoliu meu corretor de joanete com a palmilha dosalto..- Nossa, o que ele fez depois?- Você acredita que ele broxou e foi embora?- Acho que ele é viado.- Só pode!


Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PARABÉNS PROFESSOR


Neste dia 15 de outubro desejamos a todos os professores muitos anos de vida, saúde e acima de tudo paciência com nossos alunos, diretores e governates. Querendo ou não os professores são os formadores do povo. São eles quem divulgam a cultura, o conhecimento, a boa forma de administração. São eles que formam os médicos, os engenheiros, os juizes. São professores que ensinam a díficil arte de ensinar, formam outros professores.

Apesar de mal remunerados, desprezados pela sociedade que eles mesmos ajudaram a formar, de serem chamados de fedorentos (os deputados do Maranhão assim os chamam)continuam na lida diária de formar cidadãos.

QUERIDOS PROFESSORES: PARABÉNS, este é seu dia. Curta, sinta-se livre, renove suas idéias e faça um mundo melhor.

NOTÍCIA, Equatorial Energia, CEMAR, IMPACTO AMBIENTAL

Um jornal local, em seu site, gaba-se com a seguinte notícia: "Cemar anuncia construção de Usina no Maranhão". Essa matéria é assinada por Clodoaldo Corrêa. Aborda-se a construção de uma usina termelétrica, movida a óleo, no município de Miranda do Norte.

Achei estranho, mas não me admiro. Não com a notícia, mas sim com seu título. Não é a CEMAR em si, mas sua controladora que irá construir a usina. Como todos sabem a Cemar foi privatizada em decorrência da inclusão da CEMAR no Programa Nacional de Desestatização do Governo Brasileiro (“PND”)em 15 de junho de 2000, tendo sido adquirida pela PPL Global LLC, por meio de sua controlada indireta Equatorial. Vários eventos decorrem na história, desde a privatização em 2000 até hoje, incluindo a compra da LIGHT. Veja no site da Equatorial Energia.

Mas o que mais me impressiona são os dados da companhia, ao adquirir a LIGHT.
Agora a Equatorial Energia é uma holding com presença nos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro. No Maranhão, a Equatorial Energia controla a CEMAR (Companhia Energética do Maranhão), única concessionária de distribuição de energia elétrica no estado, que possui área de atuação de 333 mil km2 - cerca de 3,9% do território brasileiro, sendo a 2ª maior distribuidora do Nordeste do Brasil em termos de área de concessão. A CEMAR possui 1,4 milhão de clientes, atendendo a cerca de 6,2 milhões de habitantes – ou 3,3% da população do Brasil.

No Rio de Janeiro: A partir de 12 de fevereiro de 2008, a Equatorial Energia passou a atuar no Rio de Janeiro, por meio da Light, nas áreas de comercialização (através da LightEsco), distribuição (através da Light SESA) e geração (através da Light Energia) de energia daquele estado.

A Light SESA distribui energia para 31 municípios do Rio de Janeiro, com uma população de 10 milhões de habitantes, abrangendo uma área de 10.970 km², que corresponde a 25% do território estadual. Com a 4ª maior base de clientes do Brasil (aproximadamente 3,8 milhões), as vendas de energia da Companhia representam aproximadamente 72% de toda a energia consumida no estado do Rio de Janeiro e fazem da empresa a 3ª maior distribuidora do país em termos de energia vendida.

Ficamos (nós maranhenses) a segundo plano, pois os números dos 31 municípios do Rio de Janeiro são superiores aos 217 municípios maranhenses.

Infográfico publicado pela EquatorialEnergia


Tabela da Equatorial Energia


AS USINAS TERMELÉTRICAS
As usinas terméletricas são grandes instalações capazes de gerar energia elétrica através da queima de algum tipo de combustível fóssil como petróleo, gás natural ou carvão (renovável ou não/o funcionamento das centrais termelétricas é semelhante, independentemente do combustível utilizado), que é queimado na câmara de combustão,resumidamente, com o ar que foi aumentado sua pressão através de um compressor axial anteposto a camara e interligado à turbina provinea mistura para a queima da combustão.Com grande pressão(compressor)+ grande temperatura(camara de combustão) essa união é 'levada' a turbina sendo transformado em potência de eixo fazendo assim o giro da turbina. Dos gases provenientes da turbina, ou seja, os gases de exaustão são direcionados a uma caldeira de recuperação de calor. O vapor movimenta as pás de uma turbina, cada turbina é conectada a um Gerador que gera eletrecidade. O vapor é resfriado em um condensador, a partir de um circuito de água de refrigeração, e não entra em contato direto com o vapor que será convertido outra vez em água, que volta aos tubos da caldeira, dando início a um novo ciclo.

Vantagens

A principal vantagem é poderem ser construídas onde são mais necessárias, economizando assim o custo das linhas de transmissão. E essas usinas podem ser encontradas na Europa e em alguns estados do Brasil.

O gás natural pode ser usado como matéria-prima para gerar calor, eletricidade e força motriz, nas indústrias siderúrgica, química, petroquímica e de fertilizantes, com a vantagem de ser menos poluente que os combustíveis derivados do petróleo e o carvão.

Desvantagens

Entretanto, o alto preço do combustível é um fato desfavorável. Dependendo do combustível, os impactos ambientais, como poluição do ar, aquecimento das águas, o impacto da construção de estradas para levar o combustível até a usina, etc.
Como vários tipos de geração de energia, a termeletricidade também causa impactos ambientais.Contribuem para o aquecimento global através do Efeito estufa, chuva ácida. Esses impactos ambientais podem ser:
 Locais - poluição urbana do ar, poluição do ar em ambientes fechados;
 Regionais – chuva ácida; ou
 Globais – efeito estufa, desmatamento, degradação costeira e marinha.
Adicionando a estes impactos outros relacionados à poluição sonora, impacto sobre a flora e fauna, nota-se então a relação entre impactos ambientais e problemas sócio-econômicos gerados, problemas com saúde, dentre outros.

O aquecimento global é um dos principais impactos das emissões de gases na atmosfera. Gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), ozônio troposférico (O3), e clorofluorcarbonos (CFCs), absorvem a radiação infravermelha criada quando a luz visível do sol bate na terra. Essa absorção e re-irradiação impedem que parte do calor seja devolvido ao espaço, causando o aumento da temperatura na superfície da Terra (Ottinger, 1991).
A emissão de CO2, principal contribuinte ao aquecimento por efeito estufa, começou a aumentar nos anos de 1800 com a conversão de florestas em área para agricultura, mas houve uma aceleração grande a partir de 1950, devido principalmente a combustão de combustível fóssil (Ottinger, 1991).

A acidificação das águas é proveniente da presença de ácidos como o sulfúrico (H2SO4) e o nítrico (HNO3) formados na atmosfera, em função da queima de combustíveis fósseis e os elementos liberados na queima: dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx). Esses podem ser levados pelo vento a distâncias de até mil quilômetros do emissor, e causar chuvas ácidas em locais bem distantes da fonte, sendo considerado então um problema regional.
“O dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio causam danos por meio de dois mecanismos:
 Precipitação seca: ocasionando danos à vegetação e às construções;
 Precipitação úmida: quando dissolvidos na água das chuvas ou em vapores d’água atmosféricos.
A luz solar, a fuligem e os resíduos de metais podem acelerar, sob certas circunstâncias, o processo de formação da chuva ácida” (Goldemberg, 2003).
O efeito acumulativo da chuva ácida impacta ambientes, colheitas, e materiais florestais e aquáticos. Por exemplo, lagos ácidos possuem dificuldade para manter a pesca; a acidez pode retardar o crescimento de árvores e causar danos ao solo; reduzem campos rurais, e prejudicam as plantas; o ácido ataca materiais de edifícios expostos (Ottinger, 1991).

As termoelétricas apresentam um alto custo de operação, em virtude do dinheiro utilizado na compra de combustíveis.

O que mais me precupa é insensibiliade das autoridades em aceitar, sem a menor avaliação do que causa tal investimento. Muitos povos detinham do conhecimento para usufruir de forma benéfica as influências do ambiente. Mas ao longo do tempo, a mudança para um pensamento mais racionalista fez com que muito dessa tradição se perdesse. O ser humano precisa perceber que é uma das espécies da natureza e que depende da natureza para sobreviver. É consenso entre os ambientalistas a necessidade de se promover um desenvolvimento sustentável. Por certo, os que defendem o meio ambiente se preocupam com o modelo de desenvolvimento, com o crescimento econômico, mas, principalmente, com a exploração racional e responsável dos recursos naturais, de forma a garantir a sobrevivência das futuras gerações. Todo o cidadão tem o direito de viver num ambiente saudável, respirar ar puro, beber água limpa, enfim, ter uma qualidade de vida saudável. Defender esses direitos é dever de todos e não uma questão de privilégio.



Com apoio em textos dos sites:
AMBIENTE BRASIL
WIKIPEDIA

terça-feira, 14 de outubro de 2008

The Back Fest

Frase da Semana

Castelo não é apenas oligarquia. É a pré-história da oligarquia.
(Walter Rodrigues)

A pergunta da semana

Em um programa de rádio perguntaram para um certo candidato a prefeito de São Luís, que prefeiro não dizer o nome (todo) ...rs...CASTELO... (Eu não disse o nome todo) o que ele achava do casamento entre homosexuais. Bem, a resposta foi simplesmente áspera:
- Sou casado de aliança e com uma mulher!

Alguém perguntou se ele era gay?

Essa resposta condiz com a pergunta?

O que dizer?

Assim o Flávio leva a eleição.

domingo, 12 de outubro de 2008

Um presente de Deus em excelente oportunidade!

Haverá um Encontro de Experiência de Deus em Natal (de 9 a 14 do corrente mês.).
Você poderá ser um dos participantes.
Não perca a oportunidade.
Aguardamos você, lá.


OBJETIVO: recuperar o encanto de Deus e o encanto da vida Para quem? Aberto a leigos e religiosos
Metodologia: diversas formas de oração, Cantos, palestras, celebrações, momentos a sós com Deus, com estrito "respeito ao silêncio"
Ministrante: Casal Evangelizador Edmauro e Marly, formado sob a orientação de frei Ignacio Larrañaga, fundador das Oficinas de Oração e vida:
Período: 09 a 14 de outubro de 2008, com início às 17 horas do dia 09 e término às 12 horas do dia 14.
Inscrições: Apenas R$: 100,00 (para os 5 dias - estadas domidas e refeições) - mais informações com Miguel - E-mails miguelsampa@superig.com.br ou miguel944@gmail.com e pelos telefones: (84) 3218-1132 ou 8859-1940
Local: Casa de Retiros "Discípulos da Mãe de Deus" (Divisa de Macaíba com Parnamirim - RN) Croqui de acesso abaixo.
Para os residentes em Natal, haverá ônibus, gratuitamente. Saíndo do Machadão (Natal), às 16 horas do dia 9, com parada na Divemo. Retorno às 14 horas do dia 14.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Feira do Livro de São Luís

Queridos Amigos,


Estamos, hoje, iniciando a nossa 2ª Feira do Livro de São Luís, evento que nos alegra e plenifica de poesia e emoção.
São 40 espaços e uma expectativa de atendimento para 240 mil pessoas. São 87 estandes, 500 editoras e mais de 70.00 mil títulos.Serão lançados 109 livros de autores maranhenses e mais de 37 escritores nacionais.
Venha mirar o mundo!
Aguardo todos vocês. É uma festa para a família!
Abraços,


terça-feira, 7 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

ELEIÇÕES

No blog do Décio (Mirante) tem umas dicas para eleitores e candidatos que desejam participar das elições de 2008. Olhe e não cometa crime eleitoral.
Uma boa eleição.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PESCA / COLA DIGITAL ou ELETRÔNICA

Na minha época se colava ou pescava na escola com papelzinhos grudados na camisa, na carteira ou escrevendo na parede, na carteira, no braço, em fim, tinhamos várias modalidades. Hoje, não é diferente. Com a dvento do celular a cola ficou mais prática e versátil. Se cola pelo celular. Com mensagens e torpedos já está em desuso. A onda é filmar ou fotografar a prova e enviar via bluetooth. A prova vai direitinho. Sou professor, como vocês sabem e percebi que um aluno estava com o celular, pedi para guarda-lo. Ele se recusou e me disse que estava ali para ver a hora. Então pedi mais uma vez. Este não obedeceu e ainda se zangou. Então o guardou. Ai dar uma volta pela sala, lá estava novamente o aluno com o celular. Tomei. Mas resolvi abrir o celular e o que vi foi a prova em video, toda respondida. Era a prova de outro aluno. Tive que retira-los da sala. Então peguei meu celular e liguei o bluetooth e tinha 11 celulares com bluetooth ligados, prontos para receber provas.
A onda é pescar eletronicamente.

Professores, não permitam que seus alunos usem celulares durante as provas, nem para ver hora.

Um abraço!

COMÉRCIO

O que é comércio?

Comércio é troca de bens e serviços, visando lucro. Além de estimular a produção e consumo, o comercio promove a expansão de outras atividades como os transportes, as comunicações, o turismo, o intercâmbio cultural entre pessoas e comunidades.
O comércio externo ou internacional resulta, basicamente, da impossibilidade de cada país produzir todos os bens e serviços de que necessita. Essa impossibilidade decorre de diferentes fatores, entre os quais se destacam a desigual distribuição geográfica dos recursos naturais (minerais, vegetais), as diferenças de clima, de solo, de desenvolvimento tecnológico e a especialização das economias nacionais.

AS DEZ MAIORES POTENCIAS DO MUNDO EM 1996 (EM BILHOES DE DOLARES ANUAIS)
PAÍS EXPORTAÇOES IMPORTAÇOES SALDO
EST UNIDOS 575,4 814,8 -240,0
ALEMANHA 511,7 443,0 68,7
JAPÃO 410,4 347,4 63,0
FRANÇA 283,3 274,0 9,3
REINO UNIDO 259,0 283,6 -24,6
ITÁLIA 250,7 202,9 47,8
CANADÁ 199,0 170,2 28,8
HOLANDA 177,2 160,7 6,5
BÉLGICA 168,0 157,8 10,2
CHINA 151,0 138,8 12,2
BRASIL (27º) 47,1 53,7 -6,7

Comércio Externo e Desenvolvimento econômico do Brasil

O desenvolvimento econômico sempre esteve intimamente associado ao comércio externo. Até o inicio do século XX, a economia brasileira dependia quase totalmente do comércio externo. As exportações de alguns poucos produtos primários (açúcar, café) eram as principais fontes de renda, de emprego e também de recursos necessários à importação da maior parte dos bens consumidos no país.
Essa extrema dependência em relação ao comércio externo só começou a se modificar na década de 1930.
A balança comercial, que se mantivera favorável até o fim da Segunda Guerra, tornou-se desfavorável a partir da década de 1950.

BRASIL: DÍVÍDA EXTERNA E EXPORTAÇÕES (EM BILHÕES DE DÓLARES)
ANO DÍVIDA EXPORTAÇOES
1954 1,5 1,562
1960 2,5 1,269
1964 3,8 1,430
1970 5,3 2,739
1975 21,1 8,670
1980 53,8 20,132
1985 95,8 25,639
1990 121,0 31,414
1995 159,2 46,506
1998 243,1 51,140

A balança comercial permaneceu equilibrada até a década de 1970. Desde então e até o inicio da década de 1980, embora as exportações tenham aumentado, ela apresentou déficits muito elevados.
De 1983 a 1994 as importações mantiveram-se sempre inferiores às exportações.
A partir de 1995, a balança comercial tornou-se deficitária. Devido à desvalorização da moeda brasileira, as transações com o Mercosul caíram.

BRASIL: PRODUTOS E DESTINOS DAS EXPORTAÇOES (2000)
PRODUTOS DESTINOS
MINERIOS DE FERRO ECONCENTRADOS JAPÃO, ALEMANHA, ITÁLIA, CHINA
AVIÕES EUA, ILHAS CAYMAN, FRANÇA, REINO UNIDO
SOJA HOLANDA, CHINA, ESPANHA,ALEMANHA
PASTAS QUIMICAS DE MADEIRA EUA, BELGICA, LUXEMBURGO, JAPÃO, ITÁLIA
AUTOMOVEIS DE PASSAGEIROS ARGENTINA, MEXICO, ITÁLIA,EUA







BRASIL: PARCEIROS E PRINCIPAIS PRODUTOS DE EXPORTAÇOES (2000)
PARCEIRO %DO TOTAL PRINCIPAIS PRODUTOS
EUA 27,7 AVIÕES, CALÇADOS, SEMIMANUFATURADOS DE FERRO OU AÇO,APARELHOS TRANSMISSORES
ARGENTINA 11,1 AUTOMÓVEIS, APARELHOS TRANSMISSORES OU RECEPTORES, AUTOPEÇAS, VEÍCULOS DE CARGA
HOLANDA 5,2 SOJA, SUCO DE LARANJA, ALUMÍNIO BRUTO
ALEMANHA 4,7 MINÉRIO DE FERRO CAFÉ, SOJA, MOTORES
JAPÃO 4,6 MINÉRIO DE FERRO, CAFÉ, ALUMINIO BRUTO, PASTAS QUÍMICAS DE MADEIRA

Importações brasileiras: produtos e áreas fornecedoras

Os principais produtos importados em 1999 foram bens de capital (material de transporte; veículos, automóveis, tratores), matéria- primas (cereais e produtos de industria de moagem; trigo; adubos e fertilizantes; produtos químicos; ferro fundido e aço; metais não – ferroso; carvão), máquinas e material elétrico e bens de consumo (alimentos, vestuários).

BRASIL: PRINCIPAIS PARCEIROS E PRODUTOS DE IMPORTAÇAO (2000)
PARCEIRO %DO TOTAL PRINCIPAIS PRODUTOS
EUA 23,3 CIRCUITOS INTEGRADOS, PRODUTOS ELTRONICOS, REATORES, HARDWARE
ARGENTINA 12,6 PETROLIO, TRIGO, AUTOMOVEIS, VEICULOS DE CARGA
ALEMANHA 8,3 AUTOPEÇAS, MOTORES, GERADORES, TRANSFORMADORES, MEDICAMENTOS
JAPÃO 5,6 APARELHOS TRANSMISSORES, CIRCUITOS INTEGRADOS, PRODUTOS ELETROELETRONICOS, AUTOPEÇAS
ITÁLIA 3,1 AUTOPEÇAS, MOTORES, APARELHOS DE TELECOMUNICAÇOES, MEDICAMENTOS



Comércio interno: o mercado de trabalho

A crise econômica das ultimas décadas atingiu o mercado interno e provocou a expansão do comercio informal. Este comércio é constituído pela população subempregada (camelôs, vendedores ambulantes), trabalhadores que não participam do sistema tributário (não pagam impostos), sem carteira de trabalho assinada nem acesso aos direitos trabalhistas.
O IBGE considera três categorias para classificar o setor comercial:
• Comércio de veículos e motocicletas e varejistas de combustíveis;
• Comércio atacadista - que vende em grandes quantidades; e
• Comércio varejista - que negocia em pequenas quantidades.