O comércio externo ou internacional resulta, basicamente, da impossibilidade de cada país produzir todos os bens e serviços de que necessita. Essa impossibilidade decorre de diferentes fatores, entre os quais se destacam a desigual distribuição geográfica dos recursos naturais (minerais, vegetais), as diferenças de clima, de solo, de desenvolvimento tecnológico e a especialização das economias nacionais.
AS DEZ MAIORES POTENCIAS DO MUNDO EM 1996 (EM BILHOES DE DOLARES ANUAIS)
PAÍS EXPORTAÇOES IMPORTAÇOES SALDO
ESTADOS UNIDOS 575,4 814,8 -240,0
ALEMANHA 511,7 443,0 68,7
JAPÃO 410,4 347,4 63,0
FRANÇA 283,3 274,0 9,3
REINO UNIDO 259,0 283,6 -24,6
ITÁLIA 250,7 202,9 47,8
CANADÁ 199,0 170,2 28,8
HOLANDA 177,2 160,7 6,5
BÉLGICA 168,0 157,8 10,2
CHINA 151,0 138,8 12,2
BRASIL (27º) 47,1 53,7 -6,7
Comércio Externo e Desenvolvimento econômico do Brasil
O desenvolvimento econômico sempre esteve intimamente associado ao comércio externo. Até o inicio do século XX, a economia brasileira dependia quase totalmente do comércio externo. As exportações de alguns poucos produtos primários (açúcar, café) eram as principais fontes de renda, de emprego e também de recursos necessários à importação da maior parte dos bens consumidos no país.
Essa extrema dependência em relação ao comércio externo só começou a se modificar na década de 1930.
A balança comercial, que se mantivera favorável até o fim da Segunda Guerra, tornou-se desfavorável a partir da década de 1950.
BRASIL: DÍVÍDA EXTERNA E EXPORTAÇÕES (EM BILHÕES DE DÓLARES)
ANO DÍVIDA EXPORTAÇOES
1954 1,5 1,562
1960 2,5 1,269
1964 3,8 1,430
1970 5,3 2,739
1975 21,1 8,670
1980 53,8 20,132
1985 95,8 25,639
1990 121,0 31,414
1995 159,2 46,506
1998 243,1 51,140
A balança comercial permaneceu equilibrada até a década de 1970. Desde então e até o inicio da década de 1980, embora as exportações tenham aumentado, ela apresentou déficits muito elevados.
De 1983 a 1994 as importações mantiveram-se sempre inferiores às exportações.
A partir de 1995, a balança comercial tornou-se deficitária. Devido à desvalorização da moeda brasileira, as transações com o Mercosul caíram.
BRASIL: PRODUTOS E DESTINOS DAS EXPORTAÇOES (2000)
PRODUTOS DESTINOS
MINERIOS DE FERRO ECONCENTRADOS JAPÃO, ALEMANHA, ITÁLIA, CHINA
AVIÕES EUA, ILHAS CAYMAN, FRANÇA, REINO UNIDO
SOJA HOLANDA, CHINA, ESPANHA,ALEMANHA
PASTAS QUIMICAS DE MADEIRA EUA, BELGICA, LUXEMBURGO, JAPÃO, ITÁLIA
AUTOMOVEIS DE PASSAGEIROS ARGENTINA, MEXICO, ITÁLIA,EUA
BRASIL: PARCEIROS E PRINCIPAIS PRODUTOS DE EXPORTAÇOES (2000)
PARCEIRO %DO TOTAL PRINCIPAIS PRODUTOS
EUA 27,7 AVIÕES, CALÇADOS, SEMIMANUFATURADOS DE FERRO OU AÇO,APARELHOS TRANSMISSORES
ARGENTINA 11,1 AUTOMÓVEIS, APARELHOS TRANSMISSORES OU RECEPTORES, AUTOPEÇAS, VEÍCULOS DE CARGA
HOLANDA 5,2 SOJA, SUCO DE LARANJA, ALUMÍNIO BRUTO
ALEMANHA 4,7 MINÉRIO DE FERRO CAFÉ, SOJA, MOTORES
JAPÃO 4,6 MINÉRIO DE FERRO, CAFÉ, ALUMINIO BRUTO, PASTAS QUÍMICAS DE MADEIRA
Importações brasileiras: produtos e áreas fornecedoras
Os principais produtos importados em 1999 foram bens de capital (material de transporte; veículos, automóveis, tratores), matéria- primas (cereais e produtos de industria de moagem; trigo; adubos e fertilizantes; produtos químicos; ferro fundido e aço; metais não – ferroso; carvão), máquinas e material elétrico e bens de consumo (alimentos, vestuários).
BRASIL: PRINCIPAIS PARCEIROS E PRODUTOS DE IMPORTAÇAO (2000)
PARCEIRO %DO TOTAL PRINCIPAIS PRODUTOS
EUA 23,3 CIRCUITOS INTEGRADOS, PRODUTOS ELTRONICOS, REATORES, HARDWARE
ARGENTINA 12,6 PETROLEO, TRIGO, AUTOMOVEIS, VEICULOS DE CARGA
ALEMANHA 8,3 AUTOPEÇAS, MOTORES, GERADORES, TRANSFORMADORES, MEDICAMENTOS
JAPÃO 5,6 APARELHOS TRANSMISSORES, CIRCUITOS INTEGRADOS, PRODUTOS ELETROELETRONICOS, AUTOPEÇAS
ITÁLIA 3,1 AUTOPEÇAS, MOTORES, APARELHOS DE TELECOMUNICAÇOES, MEDICAMENTOS
Comércio interno: o mercado de trabalho
A crise econômica das ultimas décadas atingiu o mercado interno e provocou a expansão do comercio informal. Este comércio é constituído pela população subempregada (camelôs, vendedores ambulantes), trabalhadores que não participam do sistema tributário (não pagam impostos), sem carteira de trabalho assinada nem acesso aos direitos trabalhistas.
O IBGE considera três categorias para classificar o setor comercial:
• Comércio de veículos e motocicletas e varejistas de combustíveis;
• Comércio atacadista - que vende em grandes quantidades; e
• Comércio varejista - que negocia em pequenas quantidades.
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