Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e dasmulheres são tão diferentes.
Nunca tinha entendido isso de 'Marte e Vênus'.
E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e asmulheres com o coração.
Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.
Bom, começamos a ficar a vontade,fazer carinhos,provocações,o maior tesão e, nesse momento,ela parou e me disse:
-Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...
Eu falei:
- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEÊ???
Ela falou:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais comomulher.
Comecei a pensar no que podia ter falhado.
No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.
No dia seguinte, fomos ao shopping. Entramos em uma grande loja de departamentos... Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três.
Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem a R$200,00 cada par. Respondi que tudo bem.
Depois fomos a seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes.
Estava tão emocionada!!
Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga.
Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim.Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso.
Vocês tinham que ver a carinha dela,toda feliz!
Quando ela falou:
- Vamos passar no caixa para pagar, amor?
Daí eu disse:
- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem...
Só quero que você me abrace!!!
Ela ficou pálida.
No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.
Vinguei-me.. mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.
*
**
*Luís Fernando Veríssimo.*
Deus é maior!!!!!!!!!!!!!!
domingo, 25 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
O Fluminense é o Brasil na Taça Libertadores
(sugestão de internauta Juca Pirama)
O Fluminense é o Brasil na Taça Libertadores da América. O Santos, que venceu o América do México por 1 a 0 (havia perdido por 2 a 0 no Azteca) foi eliminado. O Fluminense enfrentará o Boca Juniors na semifinal. A primeira partida irá acontecer na próxima quarta (28/05), na Argentina, e a segunda dia 04/06, no Maracanã.
A outra partida será o LDU contra América-MEX.
O Fluminense deverá ter muito cuidado com o campeão da América, pois em partidas anteriores já eliminou diversos times do Brasil.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
जीपी दे मोनाको
GP DE MÔNACO
Data: 25/05/2008
Número de Voltas: 78
Perímetro total: 3.0 Km
Distância total: 260.0 Km
Fernando Alonso foi o último vencedor.
Classificação das Equipes:
1 Ferrari - 63 pts
2 BMW Sauber - 44 pts
3 McLaren - 42 pts
4 Williams - 13 pts
5 RBR - 10 pts
6 Renault - 9 pts
7 Toyota - 9 pts
8 Honda - 3 pts
Classificação dos Pilotos:
1 K. Raikkonen (FIN)35 pts
2 F. Massa (BRA)28 pts
3 L. Hamilton (ING)28 pts
4 R. Kubica (POL)24 pts
5 N. Heidfeld (ALE)20 pts
6 H. Kovalainen (FIN)14 pts
7 M. Webber (AUS) 10 pts
8 F. Alonso (ESP)9 pts
Data: 25/05/2008
Número de Voltas: 78
Perímetro total: 3.0 Km
Distância total: 260.0 Km
Fernando Alonso foi o último vencedor.
Classificação das Equipes:
1 Ferrari - 63 pts
2 BMW Sauber - 44 pts
3 McLaren - 42 pts
4 Williams - 13 pts
5 RBR - 10 pts
6 Renault - 9 pts
7 Toyota - 9 pts
8 Honda - 3 pts
Classificação dos Pilotos:
1 K. Raikkonen (FIN)35 pts
2 F. Massa (BRA)28 pts
3 L. Hamilton (ING)28 pts
4 R. Kubica (POL)24 pts
5 N. Heidfeld (ALE)20 pts
6 H. Kovalainen (FIN)14 pts
7 M. Webber (AUS) 10 pts
8 F. Alonso (ESP)9 pts
segunda-feira, 19 de maio de 2008
No Maranhão, conselhos municipais de saúde não desempenham seu papel
DO PORTAL DO SUS/BRASIL:
No Maranhão, conselhos municipais de saúde não desempenham seu papel, diz pesquisa estadual
São Luis (Maranhão) - Os 217 municípios do estado do Maranhão têm conselhos de saúde. Eles deveriam atuar na formulação e proposição de estratégias, além de controlar a execução das políticas para a área.
Para que funcionem bem, é preciso que eles sejam representativos, tenham legitimidade e que atendam às condições previstas na legislação federal.
Entretanto, segundo um levantamento do Conselho Estadual de Saúde, a maioria não cumpre esses requisitos.
Na Baixada Maranhense, por exemplo, os conselhos têm dificuldade para se adequar à resolução número 333/2003, que trata das "diretrizes para a criação, reformulação, estruturação e funcionamento" desses órgãos.
O estudo mostra que, nos 19 municípios da região, a participação da comunidade usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) não é efetiva. Cerca de 35% participa, quando o ideal seria 50%.
A pesquisa também mostra que, dentro dos conselhos, existem pessoas que não sabem o significado da sigla SUS. Além disso, 57% dos entrevistados não conhecem as leis orgânicas de saúde.
Uma pesquisa feita este ano também pelo conselho estadual, mostra que em 73% das cidades do estado os gestores dizem que fazem o seu trabalho, mas a comunidade nega essa atuação.
Os dois estudos foram apresentados ontem (10), durante a 7ª Conferência de Saúde do Maranhão.
"Os conselhos são cartoriais. É um documento que diz que tem, mas não funciona", afirma a coordenadora do evento, Magda Gonçalves.
Para ela, a capacitação é um dos caminhos para reverter esse quadro. Outra solução, acrescenta a coordenadora, é a realização de debates nas conferências.
A consultora Aíla Freitas, diz que a distorção no estado é "gritante". "A construção do SUS só se efetivará no momento em que a gestão e o controle social sentarem numa roda de pactuação", observa.
Segundo Gonçalves, o encontro deste ano foi o maior já realizado no estado: cerca de 800 pessoas compareceram e os 217 municípios participaram.
Carolina Monteiro/Agência Brasil
No Maranhão, conselhos municipais de saúde não desempenham seu papel, diz pesquisa estadual
São Luis (Maranhão) - Os 217 municípios do estado do Maranhão têm conselhos de saúde. Eles deveriam atuar na formulação e proposição de estratégias, além de controlar a execução das políticas para a área.
Para que funcionem bem, é preciso que eles sejam representativos, tenham legitimidade e que atendam às condições previstas na legislação federal.
Entretanto, segundo um levantamento do Conselho Estadual de Saúde, a maioria não cumpre esses requisitos.
Na Baixada Maranhense, por exemplo, os conselhos têm dificuldade para se adequar à resolução número 333/2003, que trata das "diretrizes para a criação, reformulação, estruturação e funcionamento" desses órgãos.
O estudo mostra que, nos 19 municípios da região, a participação da comunidade usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) não é efetiva. Cerca de 35% participa, quando o ideal seria 50%.
A pesquisa também mostra que, dentro dos conselhos, existem pessoas que não sabem o significado da sigla SUS. Além disso, 57% dos entrevistados não conhecem as leis orgânicas de saúde.
Uma pesquisa feita este ano também pelo conselho estadual, mostra que em 73% das cidades do estado os gestores dizem que fazem o seu trabalho, mas a comunidade nega essa atuação.
Os dois estudos foram apresentados ontem (10), durante a 7ª Conferência de Saúde do Maranhão.
"Os conselhos são cartoriais. É um documento que diz que tem, mas não funciona", afirma a coordenadora do evento, Magda Gonçalves.
Para ela, a capacitação é um dos caminhos para reverter esse quadro. Outra solução, acrescenta a coordenadora, é a realização de debates nas conferências.
A consultora Aíla Freitas, diz que a distorção no estado é "gritante". "A construção do SUS só se efetivará no momento em que a gestão e o controle social sentarem numa roda de pactuação", observa.
Segundo Gonçalves, o encontro deste ano foi o maior já realizado no estado: cerca de 800 pessoas compareceram e os 217 municípios participaram.
Carolina Monteiro/Agência Brasil
sexta-feira, 16 de maio de 2008
VALIDAR O XP
Depois de me perguntarem muito, resolvi postar este TUTORIAL sobre a validação Do Windows XP. É muito fácil e rápido (não é o mais correto, compre uma cópia original da Microsoft e enriqueça o BILL GATES). O legal é que desaparece aquela mensagem chata te perguntando se você quer validar (comprar) uma cópia do XP. Esse TUTO tem já alguns anos, mas ainda é muito útil. Gosto muito dele por que não é uma daqueles truques para se tirar o validador, com este você está validando mesmo o XP. Duas coisas: andei catando tutos em vários sites, por isso não tenho nada a ver com essa forma de validação, nem como ele foi disponibilixado. Outra coisa, a chave de validação é referente a uma chave válida para registros de vários computadores ao mesmo tempo.
Boa Sorte!!!!!!!! Depois de validar coloque aqui seu comentário.
ABRAÇOS!!!!
1. Vá em Iniciar > Executar.
2. Digite regedit e clique em OK.
3. Já dentro do regedit, navegue até a chave: HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsNT\CurrentVersion\WPAEvents
4. No painel à direita, clique duas vezes em OOBETimer
5. Na janela que foi aberta, apague qualquer valor e clique em OK. Feche o regedit
6. Vá novamente em Iniciar > Executar e dessa vez digite:
"%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a" (sem as aspas"")
obs.: lembre que depois do .exe se coloca um espaço.
7. Na janela que foi aberta, escolha a opção Sim, desejo telefonar…
8. Na próxima etapa, clique no botão Alterar chave de produto.
9. Na etapa seguinte, digite a CD-Key:
THMPV-77D6F-94376-8HGKG-VRDRQ e clique no botão Atualizar
10. Após clicar no botão Atualizar, o assistente para ativação voltará para a janela anterior, então, clique em Lembrar mais tarde e reinicie o Windows.
11. Reiniciado o Windows vá novamente em Iniciar > Executar e digite:
%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a
12. Aparecerá a seguinte mensagem:
Ativação do Windows: O Windows já está ativado. Clique em OK para sair.
Prontinho seu WINDOWS XP ESTÁ ATIVADO.
Boa Sorte!!!!!!!! Depois de validar coloque aqui seu comentário.
ABRAÇOS!!!!
1. Vá em Iniciar > Executar.
2. Digite regedit e clique em OK.
3. Já dentro do regedit, navegue até a chave: HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\WindowsNT\CurrentVersion\WPAEvents
4. No painel à direita, clique duas vezes em OOBETimer
5. Na janela que foi aberta, apague qualquer valor e clique em OK. Feche o regedit
6. Vá novamente em Iniciar > Executar e dessa vez digite:
"%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a" (sem as aspas"")
obs.: lembre que depois do .exe se coloca um espaço.
7. Na janela que foi aberta, escolha a opção Sim, desejo telefonar…
8. Na próxima etapa, clique no botão Alterar chave de produto.
9. Na etapa seguinte, digite a CD-Key:
THMPV-77D6F-94376-8HGKG-VRDRQ e clique no botão Atualizar
10. Após clicar no botão Atualizar, o assistente para ativação voltará para a janela anterior, então, clique em Lembrar mais tarde e reinicie o Windows.
11. Reiniciado o Windows vá novamente em Iniciar > Executar e digite:
%systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a
12. Aparecerá a seguinte mensagem:
Ativação do Windows: O Windows já está ativado. Clique em OK para sair.
Prontinho seu WINDOWS XP ESTÁ ATIVADO.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Deu no O Globo On Line....SILAS E JACKSON LAGO ENCRENCADOS.
Alan Gripp - O Globo; O Globo Online.
"BRASÍLIA E RIO - A Procuradoria-Geral da República confirmou na manhã desta terça-feira que o procurador-geral Antonio Fernando de Souza ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 61 acusados de integrarem o esquema de fraudes em licitações de obras financiadas com dinheiro do governo federal desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Navalha, há um ano. Entre os denunciados estão, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois, do "Globo", o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau; e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
A denúncia afirma que o ex-ministro recebeu propina da quadrilha chefiada pelo empresário Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama. Segundo o texto do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, Rondeau e Zuleido foram aproximados por Sérgio Sá, assessor do então ministro, que intermediou o pagamento de "vantagem indevida ao ex-ministro". De acordo com a PF, o ex-ministro teria recebido R$ 100 mil. Ele nega.
Parte da comissão teria sido paga para que a Gautama fosse contratada para executar obras do programa Luz para Todos, a cargo da Eletrobrás e da Companhia Energética do Piauí (Cepisa). Silas Rondeau foi enquadrado nos crimes de formação de quadrilha, crime de colarinho branco e corrupção passiva (duas vezes).
Se a denúncia for aceita pelo STJ, eles se tornarão reús no processo que julgará os envolvidos no esquema.
No blog de Bernardo de La Peña, a lista dos 61 denunciados:
NAVALHA NA CARNE
Ministério Público denuncia 61 envolvidos na Operação Navalha
Como revelou hoje a turma da coluna no Globo, os responsáveis pelo inquérito da Operação Navalha na Procuradoria-Geral da República denunciaram ontem ao Superior Tribunal de Justiça 61 acusados de terem participado de fraudes em licitações e superfaturamento de obras nos estados de Alagoas, Sergipe e Maranhão e no programa federal "Luz para Todos". O esquema, desbaratado pela Operação Navalha da Polícia Federal, em maio do ano passado já tinha levado a prisão - que depois foi revogada - 46 pessoas, entre empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal.
Um dos acusados na ação é o ex-ministro das Minas e Energia de Lula Silas Rondeau.
Mas, além dele, fazem parte da lista de 61 denunciados os governadores Jackson Lago (MA) e Teotônio Vilela Filho (AL), os ex-governadores João Alves Filho (SE) e José Reinaldo (MA), o dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, além de gente do governo federal e da Eletrobrás, como Valter Cardeal, diretor da estatal, e ex-presidente da empresa Aloísio Vasconcelos. Da denúncia, consta um rosário de crimes previstos em artigos do Código Penal, como 317 (corrupção passiva), 312 (peculato), 319 (prevaricação), 333 (corrupção ativa), 288 (formação de quadrilha), 299 (falsidade ideológica).
Por irregularidades cometidas, segundo o Ministério Público Federal, no programa "Luz para Todos" foram denunciados o ex-ministro Silas Rondeau, Ivo de Almeida, Aloísio Vasconcelos (ex-presidente da Eletrobrás), Valter Luís Cardeal de Souza (diretor da Eletrobrás), José Ribamar Lobato Santana, José Drumond Saraiva, Jorge Targa Juni, José Ricardo Pinheiro de Abreu, Gregório Adilson Paranaguá da Paz, Emanoel Augusto Paulo Soares e Roberto Cesar Fontenelle Nascimento. Eles são acusados pelo MPF de terem cometido o crime de formação de quadrilha.
Segundo o MPF, Jorge Targa, José Ricardo de Abreu, Gregório Paranaguá, Silas Rondeau, Aloísio Vasconcelos, José Drumond Saraiva, Valter Cardeal e José Ribamar Lobato Santana, infringiram ainda o artigo 20 da lei n.º 7.492/86 (aplicar, em finalidade diversa da prevista em lei ou contrato, recursos provenientes de financiamento concedido por instituição financeira oficial). Rondeau, Vasconcelos, Cardeal e Saraiva também são acusados de desrespeitar o artigo 4º da mesma lei - que pune gestão fraudulenta de instituição.
Já Soares, Paranaguá da Paz, Juni, Nascimento, Santana, Sérgio Sá, Zuleido Veras, João Manoel Soares Barros e Maria de Fátima Palmeira, são acusados pelo MPF de crimes previstos na Lei das Licitações. Zuleido, Maria de Fátima Palmeira, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Dimas Soares de Veras, Tereza Freire e Sérgio Sá também são acusados de terem cometido crime de corrupção ativa. Enquanto Rondeau, Ivo Almeida Costa, Santana e Jorge Targa Juni estão denunciados por corrupção passiva.
Depois de analisar as obras no estado de Sergipe, o MPF denunciou Zuleido Veras, Maria de Fátima Palmeira, Ricardo Magalhães da Silva, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Humberto Rios, João Alves Filho (ex-governador), João Alves Neto (filho do ex-governador), Flávio Conceição de Oliveira Neto, Max José Vasconcelos de Andrade, Gilmar de Melo Mendes, Victor Fonseca Mandarino; Roberto Leite, Kleber Curvelo Fonte, Sergio Duarte Leite, Renato Conde Garcia e José Ivan de Carvalho Paixão, por peculato. Zuleido, Jacó, Magalhães, Maria de Fátima, Florêncio Vieira e Rios por corrupção ativa. Já o ex-governador João Alves, seu filho, João Alves Neto; Flávio Conceição, Andrade e Paixão foram denunciados por corrupção passiva. Flávio Conceição também foi acusado de prevaricação.
Já no Maranhão, depois de analisar o inquérito da Polícia Federal, os procuradores denunciaram o ex-governador José Reinaldo Tavares, Ulisses Cesar Martins de Sousa, Ney de Barros Bello, Sebastião José Pinheiro Franco, José Ribamar de Santana, José de Ribamar Ribeiro Hortegal, Otávio Costa Filho, Aureliano Filho, José Eliseu Carvalho Passos, o governador Jackson Kepler Lago, Abdelaziz Aboud Santos, Alexandre Lago, Paulo Lago e Ricardo Lago por formação de quadrilha.
José Reinaldo, Sousa, Bello, Franco, Santana, Hortegal, Otávio Costa Filho, Aureliano, Passos, Jackson Lago, Abdelaziz Aboud, Alexandre Lago, Francisco de Paula Lima Júnior (“Paulo Lago”), Ricardo Lago, Zuleido, Vicente Vasconcelos Coni, Geraldo Magela Fernandes da Rocha, Maria de Fátima, João Manoel Soares, Teresa Freire, Gil Jacó Carvalho Santos, Florêncio Brito Vieira, Humberto Rios e Roberto Figueiredo Guimarães foram denunciados pelo MPF pelos crimes de peculato.
Foram denunciados ainda pelo crime de corrupção ativa Zuleido, Gil Jacó, Geraldo Magela e Vicente Coni, Florêncio Vieira, Maria de Fátima Palmeira, Humberto Rios e Tereza Freire. Já José Reinaldo, Geraldo Magela, Ney Bello, Ulisses Souza, Sebastião Franco, José Ribamar Hortegal, Aureliano Filho, José Ribamar Santana, José Eliseu Carvalho Passos, Jackson Lago, Alexandre Lago, Paulo Lago, Roberto Figueiredo Guimarães, foram acusados pelo crime de corrupção passiva. Foram ainda acusados pelo crime de falsidade ideológica José Reinaldo e Ney Bello.
Ao analisar as investigações sobre casos que envolvem obras em Alagoas, os procuradores decidiram denunciar o governador Teotônio Brandão Vilela Filho, Enéas de Alencastro Neto, João Ferro Novaes Neto, Ernani Soares Gomes Filho, Eduardo Henrique Araújo Ferreira, Marcio Fidelson Menezes Gomes, Denisson de Luna Tenório, José Crispim Vieira e Adeilson Bezerra por formação de quadrilha. O governador Teotônio, Enéas Alencastro, João Novaes, Ernani Gomes, Ferreira, Marcio Gomes, Denisson Tenório, José Vieira, Adeilson Bezerra, Zuleido, Maria de Fátima, Tereza Freire, Gil Jacó Carvalho Santos, Florêncio Vieira, Bolivar Ribeiro Saback, Abelardo Lopes Filho e Rosevaldo Pereira Melo também são acusados de peculato.
O MPF acusou como nos outros casos analisados Zuleido, Maria de Fátima, Tereza Freire, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Bolivar Saback, Abelardo Lopes Filho e Rosevaldo Pereira Melo por corrupção ativa. Os procuradores acusaram também O governador Teotônio, Enéas Alencastro, João Novaes, Ernani Gomes, Marcio Gomes, Denisson Tenório, José Vieira, Adeilson Bezerra por corrupção passiva.
FONTE: o Globo, O Globo On LINE e blog de Bernardo de la Peña (o BRASIL do B)
"BRASÍLIA E RIO - A Procuradoria-Geral da República confirmou na manhã desta terça-feira que o procurador-geral Antonio Fernando de Souza ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 61 acusados de integrarem o esquema de fraudes em licitações de obras financiadas com dinheiro do governo federal desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Navalha, há um ano. Entre os denunciados estão, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois, do "Globo", o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau; e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
A denúncia afirma que o ex-ministro recebeu propina da quadrilha chefiada pelo empresário Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama. Segundo o texto do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, Rondeau e Zuleido foram aproximados por Sérgio Sá, assessor do então ministro, que intermediou o pagamento de "vantagem indevida ao ex-ministro". De acordo com a PF, o ex-ministro teria recebido R$ 100 mil. Ele nega.
Parte da comissão teria sido paga para que a Gautama fosse contratada para executar obras do programa Luz para Todos, a cargo da Eletrobrás e da Companhia Energética do Piauí (Cepisa). Silas Rondeau foi enquadrado nos crimes de formação de quadrilha, crime de colarinho branco e corrupção passiva (duas vezes).
Se a denúncia for aceita pelo STJ, eles se tornarão reús no processo que julgará os envolvidos no esquema.
No blog de Bernardo de La Peña, a lista dos 61 denunciados:
NAVALHA NA CARNE
Ministério Público denuncia 61 envolvidos na Operação Navalha
Como revelou hoje a turma da coluna no Globo, os responsáveis pelo inquérito da Operação Navalha na Procuradoria-Geral da República denunciaram ontem ao Superior Tribunal de Justiça 61 acusados de terem participado de fraudes em licitações e superfaturamento de obras nos estados de Alagoas, Sergipe e Maranhão e no programa federal "Luz para Todos". O esquema, desbaratado pela Operação Navalha da Polícia Federal, em maio do ano passado já tinha levado a prisão - que depois foi revogada - 46 pessoas, entre empresários, prefeitos, um deputado distrital, um ex-governador e um ex-deputado federal.
Um dos acusados na ação é o ex-ministro das Minas e Energia de Lula Silas Rondeau.
Mas, além dele, fazem parte da lista de 61 denunciados os governadores Jackson Lago (MA) e Teotônio Vilela Filho (AL), os ex-governadores João Alves Filho (SE) e José Reinaldo (MA), o dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, além de gente do governo federal e da Eletrobrás, como Valter Cardeal, diretor da estatal, e ex-presidente da empresa Aloísio Vasconcelos. Da denúncia, consta um rosário de crimes previstos em artigos do Código Penal, como 317 (corrupção passiva), 312 (peculato), 319 (prevaricação), 333 (corrupção ativa), 288 (formação de quadrilha), 299 (falsidade ideológica).
Por irregularidades cometidas, segundo o Ministério Público Federal, no programa "Luz para Todos" foram denunciados o ex-ministro Silas Rondeau, Ivo de Almeida, Aloísio Vasconcelos (ex-presidente da Eletrobrás), Valter Luís Cardeal de Souza (diretor da Eletrobrás), José Ribamar Lobato Santana, José Drumond Saraiva, Jorge Targa Juni, José Ricardo Pinheiro de Abreu, Gregório Adilson Paranaguá da Paz, Emanoel Augusto Paulo Soares e Roberto Cesar Fontenelle Nascimento. Eles são acusados pelo MPF de terem cometido o crime de formação de quadrilha.
Segundo o MPF, Jorge Targa, José Ricardo de Abreu, Gregório Paranaguá, Silas Rondeau, Aloísio Vasconcelos, José Drumond Saraiva, Valter Cardeal e José Ribamar Lobato Santana, infringiram ainda o artigo 20 da lei n.º 7.492/86 (aplicar, em finalidade diversa da prevista em lei ou contrato, recursos provenientes de financiamento concedido por instituição financeira oficial). Rondeau, Vasconcelos, Cardeal e Saraiva também são acusados de desrespeitar o artigo 4º da mesma lei - que pune gestão fraudulenta de instituição.
Já Soares, Paranaguá da Paz, Juni, Nascimento, Santana, Sérgio Sá, Zuleido Veras, João Manoel Soares Barros e Maria de Fátima Palmeira, são acusados pelo MPF de crimes previstos na Lei das Licitações. Zuleido, Maria de Fátima Palmeira, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Dimas Soares de Veras, Tereza Freire e Sérgio Sá também são acusados de terem cometido crime de corrupção ativa. Enquanto Rondeau, Ivo Almeida Costa, Santana e Jorge Targa Juni estão denunciados por corrupção passiva.
Depois de analisar as obras no estado de Sergipe, o MPF denunciou Zuleido Veras, Maria de Fátima Palmeira, Ricardo Magalhães da Silva, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Humberto Rios, João Alves Filho (ex-governador), João Alves Neto (filho do ex-governador), Flávio Conceição de Oliveira Neto, Max José Vasconcelos de Andrade, Gilmar de Melo Mendes, Victor Fonseca Mandarino; Roberto Leite, Kleber Curvelo Fonte, Sergio Duarte Leite, Renato Conde Garcia e José Ivan de Carvalho Paixão, por peculato. Zuleido, Jacó, Magalhães, Maria de Fátima, Florêncio Vieira e Rios por corrupção ativa. Já o ex-governador João Alves, seu filho, João Alves Neto; Flávio Conceição, Andrade e Paixão foram denunciados por corrupção passiva. Flávio Conceição também foi acusado de prevaricação.
Já no Maranhão, depois de analisar o inquérito da Polícia Federal, os procuradores denunciaram o ex-governador José Reinaldo Tavares, Ulisses Cesar Martins de Sousa, Ney de Barros Bello, Sebastião José Pinheiro Franco, José Ribamar de Santana, José de Ribamar Ribeiro Hortegal, Otávio Costa Filho, Aureliano Filho, José Eliseu Carvalho Passos, o governador Jackson Kepler Lago, Abdelaziz Aboud Santos, Alexandre Lago, Paulo Lago e Ricardo Lago por formação de quadrilha.
José Reinaldo, Sousa, Bello, Franco, Santana, Hortegal, Otávio Costa Filho, Aureliano, Passos, Jackson Lago, Abdelaziz Aboud, Alexandre Lago, Francisco de Paula Lima Júnior (“Paulo Lago”), Ricardo Lago, Zuleido, Vicente Vasconcelos Coni, Geraldo Magela Fernandes da Rocha, Maria de Fátima, João Manoel Soares, Teresa Freire, Gil Jacó Carvalho Santos, Florêncio Brito Vieira, Humberto Rios e Roberto Figueiredo Guimarães foram denunciados pelo MPF pelos crimes de peculato.
Foram denunciados ainda pelo crime de corrupção ativa Zuleido, Gil Jacó, Geraldo Magela e Vicente Coni, Florêncio Vieira, Maria de Fátima Palmeira, Humberto Rios e Tereza Freire. Já José Reinaldo, Geraldo Magela, Ney Bello, Ulisses Souza, Sebastião Franco, José Ribamar Hortegal, Aureliano Filho, José Ribamar Santana, José Eliseu Carvalho Passos, Jackson Lago, Alexandre Lago, Paulo Lago, Roberto Figueiredo Guimarães, foram acusados pelo crime de corrupção passiva. Foram ainda acusados pelo crime de falsidade ideológica José Reinaldo e Ney Bello.
Ao analisar as investigações sobre casos que envolvem obras em Alagoas, os procuradores decidiram denunciar o governador Teotônio Brandão Vilela Filho, Enéas de Alencastro Neto, João Ferro Novaes Neto, Ernani Soares Gomes Filho, Eduardo Henrique Araújo Ferreira, Marcio Fidelson Menezes Gomes, Denisson de Luna Tenório, José Crispim Vieira e Adeilson Bezerra por formação de quadrilha. O governador Teotônio, Enéas Alencastro, João Novaes, Ernani Gomes, Ferreira, Marcio Gomes, Denisson Tenório, José Vieira, Adeilson Bezerra, Zuleido, Maria de Fátima, Tereza Freire, Gil Jacó Carvalho Santos, Florêncio Vieira, Bolivar Ribeiro Saback, Abelardo Lopes Filho e Rosevaldo Pereira Melo também são acusados de peculato.
O MPF acusou como nos outros casos analisados Zuleido, Maria de Fátima, Tereza Freire, Gil Jacó, Florêncio Vieira, Bolivar Saback, Abelardo Lopes Filho e Rosevaldo Pereira Melo por corrupção ativa. Os procuradores acusaram também O governador Teotônio, Enéas Alencastro, João Novaes, Ernani Gomes, Marcio Gomes, Denisson Tenório, José Vieira, Adeilson Bezerra por corrupção passiva.
FONTE: o Globo, O Globo On LINE e blog de Bernardo de la Peña (o BRASIL do B)
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Mais 600 municípios?
Deu no Globo:14/03/2007
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL9154-5601,00.html
O Brasil pode ganhar pelo menos 619 novas cidades, segundo levantamento do G1, se o Congresso aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 13, que devolve aos estados a competência para legislar sobre a criação e emancipação de municípios.
De acordo com o levantamento, resultado de consulta às assembléias legislativas, Rio Grande do Sul (124), Bahia (112), Maranhão (101), São Paulo (54), Mato Grosso (45), Ceará (34), Pará (26), Goiás (22), Amazonas (18), Espírito Santo (15), Pernambuco (12) e Santa Catarina (11) estão entre os estados com mais áreas que pretendem se emancipar dos municípios às quais pertencem.
O número de projetos nos estados pode ser ainda maior, já que algumas assembléias não contabilizam os pedidos de emancipação, como no caso do Legislativo mineiro.
Senador gaúcho Sérgio Zambiasi (PTB), que apresentou a PEC 13/03 no Congresso Nacional
O senador Sérgio Zambiasi (PTB/RS), que apresentou a PEC 13/2003, disse ao G1 que objetivo é encontrar instrumentos legais que impeçam abusos.
“Não queremos que a lei vire instrumento da farra, pois, com isso, nós não concordamos.”
Para o senador gaúcho, quando se fala em 500 ou mais novos municípios, o número acaba assustando.
“No caso de 500 emancipações, isso implicaria 500 novos prefeitos, 500 vice-prefeitos e mais de 4 mil vereadores. Se você passar a considerar esse orçamento todo, eu diria que nem passa”, afirmou.
Porém, Zambiasi destaca que a PEC determina critérios mínimos para a emancipação. Por exemplo, a área que desejar se emancipar deverá ter uma população superior a 3 mil habitantes (Norte e Centro-Oeste) e 4 mil para as demais regiões do país.
Tramitação
De acordo com o senador do PTB gaúcho, “a proposta já passou por todas as comissões no Senado e estava em condições de ser votada pelo plenário do Senado. Porém o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou três requerimentos”.
O petista apresentou requerimentos aos ministérios da Fazenda, da Integração Nacional e das Cidades acerca dos possíveis impactos nas finanças públicas, no desenvolvimento regional e nacional e na gestão dos serviços públicos, respectivamente.
Eduardo Suplicy (PT-SP) quer maiores informações sobre o impacto da criação de novos municípios
"Essas informações que eu solicitei às três áreas dos ministérios podem nos dar mais elementos para a decisão, ou mesmo colocar alguns critérios adicionais que possam justificar mais adequadamente a criação de novos municípios", afirmou Suplicy, em entrevista ao G1.
Segundo Suplicy, "é preciso avaliar se a criação de novos municípios ou desmembramentos de municípios representa de fato uma melhoria de bem-estar para a população das novas áreas criadas e também para as já existentes".
O senador gaúcho evitou fazer uma previsão sobre quando a PEC irá a plenário no Senado. “Havia uma expectativa de que fosse votada em março ou mais tardar em abril, mas, a partir desses três requerimentos do Suplicy, vamos ter que aguardar”, afirmou.
Zambiasi defende a emancipação como ferramenta de desenvolvimento regional. “Sem nenhuma dúvida, os estados mais desenvolvidos, com maior PIB e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), são aqueles que têm mais municípios”, disse o senador.
Atualmente, o país conta com 5.565 cidades e pode ultrapassar os 6 mil com a aprovação da PEC nº 13, já que, segundo a União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), há muitas comunidades em condições de se tornarem independentes.
Benefícios
“As assembléias estão mais próximas dos municípios e têm melhores condições de analisar um pedido de emancipação do que a Câmara. A criação de municípios traz mais benefícios do que prejuízos”, disse o deputado estadual e presidente da Unale, Liberman Moreno (PHS-AM).
“Nos estados do Norte, em especial o Amazonas, há necessidade de desenvolvimento das comunidades do interior. Os municípios-mãe são muito grandes e não têm condições de atender às necessidades da população. A conseqüência disso é o êxodo rural”, acrescentou Liberman.
Até 1996, os estados podiam legislar sobre as emancipações municipais, mas a prerrogativa foi retirada pela emenda constitucional 15/96, que buscou frear o “boom” de novos municípios verificado nos primeiros anos da década de 90.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contava com 4.491 municípios em 1990, contra 5.507 em 1997 (aumento de 22,62% no período).
Desde 1997, surgiram no país outros 57 municípios, de acordo com o IBGE. Para a Associação Gaúcha de Áreas Emancipandas e Anexandas (Agaea), após a aprovação da emenda constitucional 15/96, apenas 25 municípios foram criados. Os demais (a diferença em relação ao número do IBGE) já tinham conseguido o direito, mas tiveram a emancipação oficializada depois de 1996.
Para o presidente da Agaea, Ederaldo de Araújo, a emancipação melhora a auto-estima do cidadão. "Ele vai ter o poder público administrativo mais próximo dele, e o atendimento público (saúde, educação) vai melhorar. Além disso, a emancipação evita o êxodo rural", disse Araújo.
Contrário à PEC
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) é contra a aprovação da PEC 13/03. "Eu já fui governador de estado e verifiquei que, em determinados casos, há irresponsabilidade na criação de novos municípios”, disse o tucano ao G1.
Na avaliação do senador do Paraná, a emancipação pode trazer muitos prejuízos para o município-mãe. "Há casos em que o município novo criado leva vantagem, mas o prejuízo é do município matriz, que diminui sua receita, mas sem diminuir sua despesa", afirmou Dias.
O senador tucano teme que possa ocorrer um "boom" de emancipações no país se a PEC 13/03 for aprovada. "Eu temo que cresça muito o número de municípios. Como conseqüência, o número maior de prefeitos e de vereadores vai aumentar a despesa pública sem necessidade".
Álvaro Dias também defendeu a atual legislação, em que a competência para criar novos municípios é do Congresso. "As exigências atualmente estabelecidas são suficientes para conter um pouco o processo irresponsável de criação de municípios", disse ele ao G1.
http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUL9154-5601,00.html
O Brasil pode ganhar pelo menos 619 novas cidades, segundo levantamento do G1, se o Congresso aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 13, que devolve aos estados a competência para legislar sobre a criação e emancipação de municípios.
De acordo com o levantamento, resultado de consulta às assembléias legislativas, Rio Grande do Sul (124), Bahia (112), Maranhão (101), São Paulo (54), Mato Grosso (45), Ceará (34), Pará (26), Goiás (22), Amazonas (18), Espírito Santo (15), Pernambuco (12) e Santa Catarina (11) estão entre os estados com mais áreas que pretendem se emancipar dos municípios às quais pertencem.
O número de projetos nos estados pode ser ainda maior, já que algumas assembléias não contabilizam os pedidos de emancipação, como no caso do Legislativo mineiro.
Senador gaúcho Sérgio Zambiasi (PTB), que apresentou a PEC 13/03 no Congresso Nacional
O senador Sérgio Zambiasi (PTB/RS), que apresentou a PEC 13/2003, disse ao G1 que objetivo é encontrar instrumentos legais que impeçam abusos.
“Não queremos que a lei vire instrumento da farra, pois, com isso, nós não concordamos.”
Para o senador gaúcho, quando se fala em 500 ou mais novos municípios, o número acaba assustando.
“No caso de 500 emancipações, isso implicaria 500 novos prefeitos, 500 vice-prefeitos e mais de 4 mil vereadores. Se você passar a considerar esse orçamento todo, eu diria que nem passa”, afirmou.
Porém, Zambiasi destaca que a PEC determina critérios mínimos para a emancipação. Por exemplo, a área que desejar se emancipar deverá ter uma população superior a 3 mil habitantes (Norte e Centro-Oeste) e 4 mil para as demais regiões do país.
Tramitação
De acordo com o senador do PTB gaúcho, “a proposta já passou por todas as comissões no Senado e estava em condições de ser votada pelo plenário do Senado. Porém o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou três requerimentos”.
O petista apresentou requerimentos aos ministérios da Fazenda, da Integração Nacional e das Cidades acerca dos possíveis impactos nas finanças públicas, no desenvolvimento regional e nacional e na gestão dos serviços públicos, respectivamente.
Eduardo Suplicy (PT-SP) quer maiores informações sobre o impacto da criação de novos municípios
"Essas informações que eu solicitei às três áreas dos ministérios podem nos dar mais elementos para a decisão, ou mesmo colocar alguns critérios adicionais que possam justificar mais adequadamente a criação de novos municípios", afirmou Suplicy, em entrevista ao G1.
Segundo Suplicy, "é preciso avaliar se a criação de novos municípios ou desmembramentos de municípios representa de fato uma melhoria de bem-estar para a população das novas áreas criadas e também para as já existentes".
O senador gaúcho evitou fazer uma previsão sobre quando a PEC irá a plenário no Senado. “Havia uma expectativa de que fosse votada em março ou mais tardar em abril, mas, a partir desses três requerimentos do Suplicy, vamos ter que aguardar”, afirmou.
Zambiasi defende a emancipação como ferramenta de desenvolvimento regional. “Sem nenhuma dúvida, os estados mais desenvolvidos, com maior PIB e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), são aqueles que têm mais municípios”, disse o senador.
Atualmente, o país conta com 5.565 cidades e pode ultrapassar os 6 mil com a aprovação da PEC nº 13, já que, segundo a União Nacional dos Legislativos Estaduais (Unale), há muitas comunidades em condições de se tornarem independentes.
Benefícios
“As assembléias estão mais próximas dos municípios e têm melhores condições de analisar um pedido de emancipação do que a Câmara. A criação de municípios traz mais benefícios do que prejuízos”, disse o deputado estadual e presidente da Unale, Liberman Moreno (PHS-AM).
“Nos estados do Norte, em especial o Amazonas, há necessidade de desenvolvimento das comunidades do interior. Os municípios-mãe são muito grandes e não têm condições de atender às necessidades da população. A conseqüência disso é o êxodo rural”, acrescentou Liberman.
Até 1996, os estados podiam legislar sobre as emancipações municipais, mas a prerrogativa foi retirada pela emenda constitucional 15/96, que buscou frear o “boom” de novos municípios verificado nos primeiros anos da década de 90.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contava com 4.491 municípios em 1990, contra 5.507 em 1997 (aumento de 22,62% no período).
Desde 1997, surgiram no país outros 57 municípios, de acordo com o IBGE. Para a Associação Gaúcha de Áreas Emancipandas e Anexandas (Agaea), após a aprovação da emenda constitucional 15/96, apenas 25 municípios foram criados. Os demais (a diferença em relação ao número do IBGE) já tinham conseguido o direito, mas tiveram a emancipação oficializada depois de 1996.
Para o presidente da Agaea, Ederaldo de Araújo, a emancipação melhora a auto-estima do cidadão. "Ele vai ter o poder público administrativo mais próximo dele, e o atendimento público (saúde, educação) vai melhorar. Além disso, a emancipação evita o êxodo rural", disse Araújo.
Contrário à PEC
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) é contra a aprovação da PEC 13/03. "Eu já fui governador de estado e verifiquei que, em determinados casos, há irresponsabilidade na criação de novos municípios”, disse o tucano ao G1.
Na avaliação do senador do Paraná, a emancipação pode trazer muitos prejuízos para o município-mãe. "Há casos em que o município novo criado leva vantagem, mas o prejuízo é do município matriz, que diminui sua receita, mas sem diminuir sua despesa", afirmou Dias.
O senador tucano teme que possa ocorrer um "boom" de emancipações no país se a PEC 13/03 for aprovada. "Eu temo que cresça muito o número de municípios. Como conseqüência, o número maior de prefeitos e de vereadores vai aumentar a despesa pública sem necessidade".
Álvaro Dias também defendeu a atual legislação, em que a competência para criar novos municípios é do Congresso. "As exigências atualmente estabelecidas são suficientes para conter um pouco o processo irresponsável de criação de municípios", disse ele ao G1.
O POEMA
Eu me ajoelhei para rezar,
mas não por muito tempo,
Pois tenho muito a fazer.
Eu tive de apressar e ir trabalhar
Pois contas em breve precisam ser pagas.
Assim, me ajoelhei e rezei apressadamente.
e me levantei depressa de meus joelhos.
Minha obrigação Cristã foi feita.
Minha alma pode descansar em paz...
Por todo o dia eu não tive tempo
De espalhar uma palavra de alegria
Sem tempo de falar de Cristo aos amigos,
Eles ririam de mim, eu receio.
Sem tempo, sem tempo, muita coisa a fazer,
era minha constante reclamação
Sem tempo para dar às almas necessitadas
Mas por último o tempo, o tempo de morrer,
eu fui perante Nosso Senhor,
eu entrei e fiquei de olhos baixos.
Pois em Suas Mãos, Deus tinha um livro,
O Livro da Vida!
Deus olhou em Seu Livro e disse:
''Seu nome não consigo encontrar,
Uma vez Eu ia escrever seu nome...
Mas nunca encontrei tempo''!!
mas não por muito tempo,
Pois tenho muito a fazer.
Eu tive de apressar e ir trabalhar
Pois contas em breve precisam ser pagas.
Assim, me ajoelhei e rezei apressadamente.
e me levantei depressa de meus joelhos.
Minha obrigação Cristã foi feita.
Minha alma pode descansar em paz...
Por todo o dia eu não tive tempo
De espalhar uma palavra de alegria
Sem tempo de falar de Cristo aos amigos,
Eles ririam de mim, eu receio.
Sem tempo, sem tempo, muita coisa a fazer,
era minha constante reclamação
Sem tempo para dar às almas necessitadas
Mas por último o tempo, o tempo de morrer,
eu fui perante Nosso Senhor,
eu entrei e fiquei de olhos baixos.
Pois em Suas Mãos, Deus tinha um livro,
O Livro da Vida!
Deus olhou em Seu Livro e disse:
''Seu nome não consigo encontrar,
Uma vez Eu ia escrever seu nome...
Mas nunca encontrei tempo''!!
terça-feira, 6 de maio de 2008
Leonardo Boff
Estava buscando algumas coisas na internet quando me deparei com essa entrevista de Leonardo Bofff à site do "Agência Brail". Leia na integra. Créditos da Agência Brasil. Na primeira parte da entrevista, ele conta como foi o processo que sofreu no Vaticano por causa de suas idéias sobre a Teologia da Libertação. Boff descreve a personalidade de Bento XVI, considerado extremamente tímido. Ele espera que a vinda do papa ao Brasil resulte em um olhar mais direcionado para os problemas ambientais.
"Agência Brasil: O senhor teve uma convivência com o cardeal Joseph Ratzinger. Como foi essa aproximação?
Leonardo Boff: O papa é um grande teólogo. Eu o conheci na Alemanha, quando era estudante lá, como teólogo, muito apreciado. Ele me ajudou muito, porque eu fiz uma tese muito volumosa, e não encontrava editora para publicar. Ele leu a tese toda, umas 600 páginas, gostou muito, conseguiu um fundo de 14 mil marcos - hoje seriam 14 mil euros -, e eu agradeci muito a ele, disse isso no prefácio do livro. Nos conhecemos ali, ficamos amigos.
Ocorre que ele, de simples teólogo, foi alçado a cardeal, e de cardeal a prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, que é a ex-Inquisição. E em 1984, por causa de um livro que eu escrevi, Igreja, Carisma e Poder, ele me chamou a Roma, me submeteu a um processo, e eu tive que sentar na cadeirinha onde sentaram Galileu Galilei, Giordano Bruno, e tive que enfrentar todos os procedimentos de um processo doutrinário, durante três horas respondi às questões.
Uns meses depois, ele me impôs a punição, que foi um silêncio obsequioso, não podia falar, escrever, publicar, dar aulas. Esse silêncio só foi suspenso graças a dom Paulo Evaristo Arns, que, encontrando-se com o papa, disse: “Sua Santidade, o senhor fez com um aluno meu - eu fui aluno de dom Paulo – aquilo que os militares do Brasil fazem: fechar a boca, cortar a língua”. O papa disse: “Eu, como os militares, torturadores? Absolutamente! Liberem o Boff!” E aí, eu fui liberado, mas continuei sendo vigiado.
Então, por fim, tive que deixar de ser padre, deixar de ser franciscano, mas continuei como professor na Universidade do Estado do Rio, como teólogo, escritor, dando assessorias às comunidades. Não saí da igreja como instituição, eu deixei uma função, a função de padre. Mas continuei dentro da comunidade cristã, eu sou católico, considero a igreja o meu lar espiritual, e dentro disso eu me movo.
ABr: Depois desse processo todo, como é para o senhor ver Ratzinger tornado papa e vê-lo chegar ao Brasil?
Boff: O papa Bento XVI foi o braço direito de João Paulo II, que era um grande pastor, um carismático, mas não era um bom teólogo. Teólogo era o Ratzinger, o cardeal. E ele moldou essa imagem de igreja que João Paulo II divulgou pelo mundo, que é uma igreja em termos doutrinários muito rígida, inflexível, dogmática em questões de moral sexual, contraceptivos, matrimônio de homossexuais e essas coisas todas, ele não concede nada, é extremamente rigoroso. Para dentro da Igreja, ele era muito severo, e eu diria até repressivo.
A gente tem que reconhecer que o cardeal Ratzinger, como presidente da Congregação para a Fé, condenou mais de 100 teólogos, que foram depostos de cátedras, silenciados, punidos etc. Para fora, esse papa tinha a imagem de um grande showman, uma pessoa profundamente carismática, que entusiasmava as massas, cantava, abraçava crianças, conversava muito com jovens, era um homem do diálogo com as religiões, com as igrejas. Mas essas duas imagens não se combinavam.
Essa mesma atitude está levando Bento XVI, ele não tem um modelo novo de igreja. É o mesmo modelo. E eu diria até um pouco mais enrijecido, porque ele não tem o carisma, infelizmente de João Paulo II, é mais um doutor, um professor alemão, contido. Ele é muito tímido, e eu, que o conheci pessoalmente, posso imaginar como ele deve estar sofrendo sendo papa, tendo que fazer esses gestos que parecem populistas, erguer os braços, abraçar pessoas, isso não é do estilo dele, ele deve fazer com muito desconforto. Mas o faz porque pertence ao rito do papa. E ele virá ao Brasil bem acolhido, o povo brasileiro é um povo religioso, místico.
Nós estamos esperando, e um pouco surpresos, sobre o tipo de mensagem que ele vai dar. Se ele vem com a cabeça de um europeu, aí ele não vai ver muito bem a nossa realidade. Agora, se ele vem como uma pessoa inteligente que é, como um pastor também que escuta o grito dos oprimidos, milhões de pobres, as injustiças sociais, a violência, se ele olhar um pouco ao redor e enxergar a importância da Amazônia para os climas da Terra e da humanidade, já que agora, com os dados novos, elas estão ameaçadas, ele pode fazer um discurso que anime a Igreja a se comprometer, a ajudar a criar mais justiça, mais fraternidade, mais paz, e que ajude a cuidar desse patrimônio fantástico que Deus nos legou, que é a abundância de águas, a biodiversidade, a Floresta Amazônica, e que temos uma responsabilidade com toda a humanidade, com o planeta Terra.
Eu espero que ele faça isso, assim como o papa Leão XIII, quando viu a miséria dos operários do processo de industrialização, escreveu a encíclica Rerum Novarum, que foi o primeiro documento social da Igreja - daí vieram muitos outros. E pode ser que, aqui, o papa lance uma plataforma que não foi lançada ainda hoje: a visão que a Igreja tem sobre a ecologia e a responsabilidade que ela assume face a toda a humanidade.
Agência Brasil: O senhor avaliou que não existiria muita diferença entre o papado de Bento XVI e o de João Paulo II, e que este seria um papa de transição. O que vem depois dessa transição? Há alguma possibilidade de mudança no próximo papado?
Leonardo Boff: Nós esperamos que haja mudanças significativas, porque 53% dos católicos estão no terceiro mundo, 42% na América Latina. Então, hoje, o cristianismo é uma religião do Terceiro Mundo. E é na África, na Ásia, na América Latina, isto é, na periferia, que se está dando a novidade, a igreja cresce, tem uma liturgia nova, se encarna nas culturas. Aqui na América Latina ela está criando um rosto índio, negro, mestiço, branco, latino-americano, e é assim um pouco por todas as partes.
Essa realidade vai pesar cada vez mais no centro, que é Roma. Porque o cristianismo europeu é decadente, crepuscular, com uma inarredável crise espiritual. A população toda da Europa está decrescendo, e o cristianismo junto. Então, o cristianismo não pode ser só ocidental europeu. Senão, ele fica ocidental, ele tem que ser mundial. E somos nós que damos o caráter de mundialização, de globalização. Então eu acho que virá uma mudança, seguramente com um papa mais jovem, porque esse papa é ancião, tem 80 anos, teve um AVC [acidente vascular cerebral], tem problema cardíaco, não está bem de saúde.
Ele está bem de pernas, ele anda bem. Mas, de saúde, não anda bem. Então é nitidamente o papa de transição. Nós esperamos que venha alguém do Terceiro Mundo com uma nova forma de agir como papa, com outro discurso, possivelmente muito mais simples, nada de palácios e aquelas figuras quase ridículas de cardeais passeando aqui e ali como príncipes, coisas que não têm nada a ver com o Evangelho. Virão modificações, e certamente serão boas para todos nós.
ABr: O mundo hoje caminha na direção de visões mais progressistas em relação a temas como aborto, direitos civis de homossexuais. O Vaticano insiste em continuar condenando avanços em relação a esses temas. Com o próximo papa, pode haver alguma mudança nesse sentido?
Boff: A Igreja Católica Romana firmou posições muito firmes nas questões ligadas à sexualidade e a família. A gente não deve esquecer que a Igreja, como instituição, é um patriarcado autoritário espiritual. É a única monarquia absolutista que existe no mundo. O papa tem poderes praticamente divinos. Então, a igreja firmou aí uma doutrina: ela é absolutamente contra o aborto, a união de homossexuais, o uso de contraceptivos, é uma questão muito difícil. Eu diria que no fundo ninguém é a favor do aborto, ninguém. Porque o aborto é uma agressão.
Abr: O senhor é a favor?
Boff: Não, eu sou contra, acho que ninguém é a favor do aborto porque ele implica em eliminar uma vida. Mesmo as pessoas que cometem o aborto o fazem com grande desconforto e sofrimento. Ninguém no mundo defende o aborto. O que se defende é a descriminalização, não considerar isso um crime. Porque as pessoas que fazem isso estão sob profunda coação, com grande dificuldade, e nós não devemos acrescentar mais sofrimento.
Agora, a questão, no meu modo de ver, encontra um encaminhamento partindo do seguinte: que a Igreja e nós vivemos em sociedade aberta e pluralista, onde há muitas opiniões. A Igreja tem o direito, e é o dever dela dizer a sua mensagem, ela é contra o aborto, mas tem que respeitar as outras opiniões. E o Estado tem que buscar um caminho de equilíbrio.
Por exemplo, o ministro Temporão [José Gomes Temporão, da Saúde] disse, há dias, que mais de 1 milhão de mulheres que cometem aborto morrem por ano por abortos mal-feitos. Então isso é um problema de saúde pública, e o Estado tem que cuidar disso. Não basta dizer: “Eu vou defender o feto, e que morram as mulheres”. Não pode, tem que haver um equilíbrio.
Isso tem que ser discutido profundamente na sociedade. O aborto passou em Portugal, na Espanha, na Itália, na Polônia, que eram países cristianíssimos. Mas, aí, acho que é um desafio da Igreja: respeitar as opiniões, organizar uma forma diferente de estar presente, criar conselhos, grupos que acompanhem as mulheres, que acolham as crianças que possam nascer e dêem toda uma assistência psicológica, moral, humana, como a Igreja do Canadá fez, ela lutou tremendamente contra o aborto e, quando passou, ela não se opôs simplesmente de forma rígida, mas trabalhou com o Estado para minimizar os efeitos negativos. Aí é uma maneira de a Igreja encontrar o seu lugar dentro de um mundo pluralista onde ela não tem hegemonia, e não é a única voz que fala.
ABr: Como o senhor considera que o Estado brasileiro encara a separação entre questões públicas e a influência da Igreja em temas polêmicos? A Igreja Católica ainda acaba influenciando em decisões governamentais?
Boff: O fato bom e feliz do Brasil é que o Estado é laico, há uma separação entre Igreja e Estado. Então, não há, como num regime de cristandade, onde a Igreja é oficial, como na Argentina, ou mesmo na Alemanha, o protestantismo e o catolicismo são religiões oficiais, o Estado paga os padres, os professores, os bispos, e tem um imposto religioso.
Nós não temos nada disso, o que é muito bom. Porque o Estado tem que atender o bem público, de todo mundo, ele não tem que ter uma religião. Não é que ele seja contra a religião. Mas ele, como Estado, não deve ter uma religião, para permitir que cada grupo tenha as suas, e respeitem as leis. O estado até favorece as religiões, porque elas fazem bem ao povo, alimentam a ética, a espiritualidade etc.
Nós nunca tivemos um conflito. Agora, há posições diferentes e questões de ética. Por exemplo: a Igreja no Brasil tem uma posição firme pela reforma agrária, mesmo os bispos mais conservadores sempre sustentaram a reforma agrária, e os papas sempre apoiaram, e aí os governos titubeiam, têm dúvidas, porque são pressionados pelos grandes latifundistas. As questões de família também são sempre meio conflitivas, porque a Igreja tem uma posição, e o Estado é mais aberto, tem que atender outras posições. Mas não é um conflito de base, é uma discussão que se dá dentro do pluralismo legítimo e democrático da nossa sociedade.
ABr - O papa vem para participar de um encontro de bispos da América Latina. Como o Vaticano encara a ascensão de líderes de esquerda no continente nos últimos anos?
Boff - O Vaticano se dá conta que ele perdeu a batalha da Teologia da Libertação. Porque, nos anos 80, ele condenou essa teologia, mas ela não é burocrática e acadêmica, ela nasce ouvindo o grito do oprimido, do índio, do negro, da mulher, do pobre. Enquanto perdurar essa situação, e ela se agravar no mundo, haverá sempre cristãos e teólogos que vão rejeitar essa situação, profeticamente vão denunciar isso e vão tentar organizar as comunidades, o povo e as 80 mil comunidades de base, os círculos bíblicos, as pastorais sociais, para enfrentar essa situação. Daí nasce a igreja da libertação, a pastoral da libertação, a Teologia da Libertação.
Então, essa teologia é muito viva no mundo todo, em todos os continentes. No Fórum Social Mundial de Porto Alegre e no de Nairobi houve, uma semana antes, um congresso dessa teologia, e estavam representantes do mundo inteiro. Então, é uma teologia muito viva, ela só não é tão visível como era antigamente, porque não é mais tão polêmica. O Vaticano se deu conta de que não adianta combatê-la assim. Tem que ver o seu lado bom, que ela ajuda a Igreja a se encarnar, a realizar a justiça.
Lógico que o papa vai chamar a atenção, para cuidar, para não politizar demais e não acentuar demais os conflitos, buscar convergências. E acho que é bom que ele faça essas advertências como um pastor faz. Mas, fundamentalmente, reconhece a validade e a legitimidade dessa teologia que é vivida por muitos bispos em todas as dioceses onde se toma uma séria opção pelos pobres contra a pobreza e onde se luta pela justiça social.
ABr - Como está a Teologia da Libertação no Brasil?
Boff - O Brasil é o país onde a Teologia da Libertação mais floresce. Ela nasceu aqui, no final dos anos 60, foi formulada primeiramente por um teólogo peruano, Gustavo Gutierrez, depois eu entrei e outros entraram. E nós aqui no Brasil nunca tivemos um conflito entre o episcopado brasileiro e Teologia da Libertação. Eu tive com o Vaticano, mas fui apoiado por dois cardeais, que foram comigo para Roma: dom Aloísio Lorscheider e dom Paulo Evaristo Arns
Então, ela é uma teologia comum no Brasil, a gente quase nunca fala em Teologia da Libertação. É a teologia concreta, rotinária. Eu nunca dei, na minha vida, um curso de Teologia da Libertação. A gente pratica uma teologia sempre ligada à sociedade, aos conflitos, e aí aparece a dimensão pública, a dimensão libertadora dessa teologia.
ABr - O senhor acha que essa situação no Brasil pode ter influenciado a escolha do país para a visita do papa, ou ela foi motivada pela perda de fiéis católicos no país?
Boff - Essa assembléia [5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe] deveria ser realizada em Quito, mas quando o nosso cardeal em Roma, dom Cláudio Hummes, que era cardeal arcebispo de São Paulo, disse ao papa que a Igreja Católica perde 1% de fiéis por ano e que já perdeu 20 milhões, o papa levou um susto. E disse: “Então, vamos fazer a assembléia no Brasil. Eu mesmo pessoalmente vou lá, para incentivar a igreja, para reforçar os cristãos a não saírem, a ficarem dentro da Igreja Católica”.
Ele veio em parte em função dessa preocupação, embora eu acho que esse não seja um grande problema, porque a Igreja Católica é, em grande parte, culpada disso. Nós temos 140 milhões de católicos, precisaríamos ter de 100 a 120 mil padres. Só temos 18 mil, e grande parte deles são estrangeiros. Então, a igreja, institucionalmente, tem uma crise profunda, as vocações diminuem. E se cria um espaço aberto, vazio, que a Igreja não atende. Então, vêm as outras denominações cristãs, igrejas pentecostais populares que vêm, oferecem a sua mensagem, elas têm direito de fazer isso. E a Igreja Católica perde fiéis.
É importante que não seja feita uma disputa no mercado religioso para ver quem atrai mais, se é o padre Rossi [Marcelo Rossi, da Renovação Carismática Católica], se é o bispo Macedo [Edir Macedo, da neopentecostal Igreja Universal do Reino de Deus]. O importante é o cristianismo, porque, na visão de Cristo, que são os evangelhos, ele não quis criar uma nova religião. Ele quis criar um ser novo, um ser humano mais gentil, mais amoroso, mais solidário, que tivesse mais compaixão.
ABr - E quanto à Teologia da Libertação?
Boff - Em relação à Teologia da Libertação, a meu ver, o papa já considera uma coisa resolvida. Foram escritos dois documentos sobre o tema: um negativo, em 1984, outro positivo, em 1986, e se considera essa questão fechada. A Igreja já disse o que tinha que dizer e pronto. O que ele poderá fazer aqui e acolá é alguma advertência. Mas eu acho que se tem que reconhecer que essa é uma teologia eclesial, ajuda os fiéis e torna a igreja mais encarnada. E isso foi constatado estatisticamente. Onde existe comunidade de base, pastoral social, Teologia da Libertação, saem muito menos católicos para outras igrejas.
Onde esse fenômeno da igreja popular, da igreja da libertação não existe, onde as comunidades de base são suspeitas, onde teólogos são perseguidos, como durante anos aconteceu no Rio de Janeiro, ali muito mais saem católicos da igreja. Porque não sentem mais a igreja como o seu lar espiritual. Nós devemos tomar muito cuidado com essas questões, para não dizer: “O pessoal está saindo porque há politização demais”. Não é politização demais. É que as pessoas dizem: uma igreja que é uma igreja que não tem misericórdia, que é rígida, que não tem muita bondade, não é uma pátria espiritual, não ajuda a gente. A igreja tem que ser uma coisa boa para a humanidade, não um pesadelo".
"Agência Brasil: O senhor teve uma convivência com o cardeal Joseph Ratzinger. Como foi essa aproximação?
Leonardo Boff: O papa é um grande teólogo. Eu o conheci na Alemanha, quando era estudante lá, como teólogo, muito apreciado. Ele me ajudou muito, porque eu fiz uma tese muito volumosa, e não encontrava editora para publicar. Ele leu a tese toda, umas 600 páginas, gostou muito, conseguiu um fundo de 14 mil marcos - hoje seriam 14 mil euros -, e eu agradeci muito a ele, disse isso no prefácio do livro. Nos conhecemos ali, ficamos amigos.
Ocorre que ele, de simples teólogo, foi alçado a cardeal, e de cardeal a prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, que é a ex-Inquisição. E em 1984, por causa de um livro que eu escrevi, Igreja, Carisma e Poder, ele me chamou a Roma, me submeteu a um processo, e eu tive que sentar na cadeirinha onde sentaram Galileu Galilei, Giordano Bruno, e tive que enfrentar todos os procedimentos de um processo doutrinário, durante três horas respondi às questões.
Uns meses depois, ele me impôs a punição, que foi um silêncio obsequioso, não podia falar, escrever, publicar, dar aulas. Esse silêncio só foi suspenso graças a dom Paulo Evaristo Arns, que, encontrando-se com o papa, disse: “Sua Santidade, o senhor fez com um aluno meu - eu fui aluno de dom Paulo – aquilo que os militares do Brasil fazem: fechar a boca, cortar a língua”. O papa disse: “Eu, como os militares, torturadores? Absolutamente! Liberem o Boff!” E aí, eu fui liberado, mas continuei sendo vigiado.
Então, por fim, tive que deixar de ser padre, deixar de ser franciscano, mas continuei como professor na Universidade do Estado do Rio, como teólogo, escritor, dando assessorias às comunidades. Não saí da igreja como instituição, eu deixei uma função, a função de padre. Mas continuei dentro da comunidade cristã, eu sou católico, considero a igreja o meu lar espiritual, e dentro disso eu me movo.
ABr: Depois desse processo todo, como é para o senhor ver Ratzinger tornado papa e vê-lo chegar ao Brasil?
Boff: O papa Bento XVI foi o braço direito de João Paulo II, que era um grande pastor, um carismático, mas não era um bom teólogo. Teólogo era o Ratzinger, o cardeal. E ele moldou essa imagem de igreja que João Paulo II divulgou pelo mundo, que é uma igreja em termos doutrinários muito rígida, inflexível, dogmática em questões de moral sexual, contraceptivos, matrimônio de homossexuais e essas coisas todas, ele não concede nada, é extremamente rigoroso. Para dentro da Igreja, ele era muito severo, e eu diria até repressivo.
A gente tem que reconhecer que o cardeal Ratzinger, como presidente da Congregação para a Fé, condenou mais de 100 teólogos, que foram depostos de cátedras, silenciados, punidos etc. Para fora, esse papa tinha a imagem de um grande showman, uma pessoa profundamente carismática, que entusiasmava as massas, cantava, abraçava crianças, conversava muito com jovens, era um homem do diálogo com as religiões, com as igrejas. Mas essas duas imagens não se combinavam.
Essa mesma atitude está levando Bento XVI, ele não tem um modelo novo de igreja. É o mesmo modelo. E eu diria até um pouco mais enrijecido, porque ele não tem o carisma, infelizmente de João Paulo II, é mais um doutor, um professor alemão, contido. Ele é muito tímido, e eu, que o conheci pessoalmente, posso imaginar como ele deve estar sofrendo sendo papa, tendo que fazer esses gestos que parecem populistas, erguer os braços, abraçar pessoas, isso não é do estilo dele, ele deve fazer com muito desconforto. Mas o faz porque pertence ao rito do papa. E ele virá ao Brasil bem acolhido, o povo brasileiro é um povo religioso, místico.
Nós estamos esperando, e um pouco surpresos, sobre o tipo de mensagem que ele vai dar. Se ele vem com a cabeça de um europeu, aí ele não vai ver muito bem a nossa realidade. Agora, se ele vem como uma pessoa inteligente que é, como um pastor também que escuta o grito dos oprimidos, milhões de pobres, as injustiças sociais, a violência, se ele olhar um pouco ao redor e enxergar a importância da Amazônia para os climas da Terra e da humanidade, já que agora, com os dados novos, elas estão ameaçadas, ele pode fazer um discurso que anime a Igreja a se comprometer, a ajudar a criar mais justiça, mais fraternidade, mais paz, e que ajude a cuidar desse patrimônio fantástico que Deus nos legou, que é a abundância de águas, a biodiversidade, a Floresta Amazônica, e que temos uma responsabilidade com toda a humanidade, com o planeta Terra.
Eu espero que ele faça isso, assim como o papa Leão XIII, quando viu a miséria dos operários do processo de industrialização, escreveu a encíclica Rerum Novarum, que foi o primeiro documento social da Igreja - daí vieram muitos outros. E pode ser que, aqui, o papa lance uma plataforma que não foi lançada ainda hoje: a visão que a Igreja tem sobre a ecologia e a responsabilidade que ela assume face a toda a humanidade.
Agência Brasil: O senhor avaliou que não existiria muita diferença entre o papado de Bento XVI e o de João Paulo II, e que este seria um papa de transição. O que vem depois dessa transição? Há alguma possibilidade de mudança no próximo papado?
Leonardo Boff: Nós esperamos que haja mudanças significativas, porque 53% dos católicos estão no terceiro mundo, 42% na América Latina. Então, hoje, o cristianismo é uma religião do Terceiro Mundo. E é na África, na Ásia, na América Latina, isto é, na periferia, que se está dando a novidade, a igreja cresce, tem uma liturgia nova, se encarna nas culturas. Aqui na América Latina ela está criando um rosto índio, negro, mestiço, branco, latino-americano, e é assim um pouco por todas as partes.
Essa realidade vai pesar cada vez mais no centro, que é Roma. Porque o cristianismo europeu é decadente, crepuscular, com uma inarredável crise espiritual. A população toda da Europa está decrescendo, e o cristianismo junto. Então, o cristianismo não pode ser só ocidental europeu. Senão, ele fica ocidental, ele tem que ser mundial. E somos nós que damos o caráter de mundialização, de globalização. Então eu acho que virá uma mudança, seguramente com um papa mais jovem, porque esse papa é ancião, tem 80 anos, teve um AVC [acidente vascular cerebral], tem problema cardíaco, não está bem de saúde.
Ele está bem de pernas, ele anda bem. Mas, de saúde, não anda bem. Então é nitidamente o papa de transição. Nós esperamos que venha alguém do Terceiro Mundo com uma nova forma de agir como papa, com outro discurso, possivelmente muito mais simples, nada de palácios e aquelas figuras quase ridículas de cardeais passeando aqui e ali como príncipes, coisas que não têm nada a ver com o Evangelho. Virão modificações, e certamente serão boas para todos nós.
ABr: O mundo hoje caminha na direção de visões mais progressistas em relação a temas como aborto, direitos civis de homossexuais. O Vaticano insiste em continuar condenando avanços em relação a esses temas. Com o próximo papa, pode haver alguma mudança nesse sentido?
Boff: A Igreja Católica Romana firmou posições muito firmes nas questões ligadas à sexualidade e a família. A gente não deve esquecer que a Igreja, como instituição, é um patriarcado autoritário espiritual. É a única monarquia absolutista que existe no mundo. O papa tem poderes praticamente divinos. Então, a igreja firmou aí uma doutrina: ela é absolutamente contra o aborto, a união de homossexuais, o uso de contraceptivos, é uma questão muito difícil. Eu diria que no fundo ninguém é a favor do aborto, ninguém. Porque o aborto é uma agressão.
Abr: O senhor é a favor?
Boff: Não, eu sou contra, acho que ninguém é a favor do aborto porque ele implica em eliminar uma vida. Mesmo as pessoas que cometem o aborto o fazem com grande desconforto e sofrimento. Ninguém no mundo defende o aborto. O que se defende é a descriminalização, não considerar isso um crime. Porque as pessoas que fazem isso estão sob profunda coação, com grande dificuldade, e nós não devemos acrescentar mais sofrimento.
Agora, a questão, no meu modo de ver, encontra um encaminhamento partindo do seguinte: que a Igreja e nós vivemos em sociedade aberta e pluralista, onde há muitas opiniões. A Igreja tem o direito, e é o dever dela dizer a sua mensagem, ela é contra o aborto, mas tem que respeitar as outras opiniões. E o Estado tem que buscar um caminho de equilíbrio.
Por exemplo, o ministro Temporão [José Gomes Temporão, da Saúde] disse, há dias, que mais de 1 milhão de mulheres que cometem aborto morrem por ano por abortos mal-feitos. Então isso é um problema de saúde pública, e o Estado tem que cuidar disso. Não basta dizer: “Eu vou defender o feto, e que morram as mulheres”. Não pode, tem que haver um equilíbrio.
Isso tem que ser discutido profundamente na sociedade. O aborto passou em Portugal, na Espanha, na Itália, na Polônia, que eram países cristianíssimos. Mas, aí, acho que é um desafio da Igreja: respeitar as opiniões, organizar uma forma diferente de estar presente, criar conselhos, grupos que acompanhem as mulheres, que acolham as crianças que possam nascer e dêem toda uma assistência psicológica, moral, humana, como a Igreja do Canadá fez, ela lutou tremendamente contra o aborto e, quando passou, ela não se opôs simplesmente de forma rígida, mas trabalhou com o Estado para minimizar os efeitos negativos. Aí é uma maneira de a Igreja encontrar o seu lugar dentro de um mundo pluralista onde ela não tem hegemonia, e não é a única voz que fala.
ABr: Como o senhor considera que o Estado brasileiro encara a separação entre questões públicas e a influência da Igreja em temas polêmicos? A Igreja Católica ainda acaba influenciando em decisões governamentais?
Boff: O fato bom e feliz do Brasil é que o Estado é laico, há uma separação entre Igreja e Estado. Então, não há, como num regime de cristandade, onde a Igreja é oficial, como na Argentina, ou mesmo na Alemanha, o protestantismo e o catolicismo são religiões oficiais, o Estado paga os padres, os professores, os bispos, e tem um imposto religioso.
Nós não temos nada disso, o que é muito bom. Porque o Estado tem que atender o bem público, de todo mundo, ele não tem que ter uma religião. Não é que ele seja contra a religião. Mas ele, como Estado, não deve ter uma religião, para permitir que cada grupo tenha as suas, e respeitem as leis. O estado até favorece as religiões, porque elas fazem bem ao povo, alimentam a ética, a espiritualidade etc.
Nós nunca tivemos um conflito. Agora, há posições diferentes e questões de ética. Por exemplo: a Igreja no Brasil tem uma posição firme pela reforma agrária, mesmo os bispos mais conservadores sempre sustentaram a reforma agrária, e os papas sempre apoiaram, e aí os governos titubeiam, têm dúvidas, porque são pressionados pelos grandes latifundistas. As questões de família também são sempre meio conflitivas, porque a Igreja tem uma posição, e o Estado é mais aberto, tem que atender outras posições. Mas não é um conflito de base, é uma discussão que se dá dentro do pluralismo legítimo e democrático da nossa sociedade.
ABr - O papa vem para participar de um encontro de bispos da América Latina. Como o Vaticano encara a ascensão de líderes de esquerda no continente nos últimos anos?
Boff - O Vaticano se dá conta que ele perdeu a batalha da Teologia da Libertação. Porque, nos anos 80, ele condenou essa teologia, mas ela não é burocrática e acadêmica, ela nasce ouvindo o grito do oprimido, do índio, do negro, da mulher, do pobre. Enquanto perdurar essa situação, e ela se agravar no mundo, haverá sempre cristãos e teólogos que vão rejeitar essa situação, profeticamente vão denunciar isso e vão tentar organizar as comunidades, o povo e as 80 mil comunidades de base, os círculos bíblicos, as pastorais sociais, para enfrentar essa situação. Daí nasce a igreja da libertação, a pastoral da libertação, a Teologia da Libertação.
Então, essa teologia é muito viva no mundo todo, em todos os continentes. No Fórum Social Mundial de Porto Alegre e no de Nairobi houve, uma semana antes, um congresso dessa teologia, e estavam representantes do mundo inteiro. Então, é uma teologia muito viva, ela só não é tão visível como era antigamente, porque não é mais tão polêmica. O Vaticano se deu conta de que não adianta combatê-la assim. Tem que ver o seu lado bom, que ela ajuda a Igreja a se encarnar, a realizar a justiça.
Lógico que o papa vai chamar a atenção, para cuidar, para não politizar demais e não acentuar demais os conflitos, buscar convergências. E acho que é bom que ele faça essas advertências como um pastor faz. Mas, fundamentalmente, reconhece a validade e a legitimidade dessa teologia que é vivida por muitos bispos em todas as dioceses onde se toma uma séria opção pelos pobres contra a pobreza e onde se luta pela justiça social.
ABr - Como está a Teologia da Libertação no Brasil?
Boff - O Brasil é o país onde a Teologia da Libertação mais floresce. Ela nasceu aqui, no final dos anos 60, foi formulada primeiramente por um teólogo peruano, Gustavo Gutierrez, depois eu entrei e outros entraram. E nós aqui no Brasil nunca tivemos um conflito entre o episcopado brasileiro e Teologia da Libertação. Eu tive com o Vaticano, mas fui apoiado por dois cardeais, que foram comigo para Roma: dom Aloísio Lorscheider e dom Paulo Evaristo Arns
Então, ela é uma teologia comum no Brasil, a gente quase nunca fala em Teologia da Libertação. É a teologia concreta, rotinária. Eu nunca dei, na minha vida, um curso de Teologia da Libertação. A gente pratica uma teologia sempre ligada à sociedade, aos conflitos, e aí aparece a dimensão pública, a dimensão libertadora dessa teologia.
ABr - O senhor acha que essa situação no Brasil pode ter influenciado a escolha do país para a visita do papa, ou ela foi motivada pela perda de fiéis católicos no país?
Boff - Essa assembléia [5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe] deveria ser realizada em Quito, mas quando o nosso cardeal em Roma, dom Cláudio Hummes, que era cardeal arcebispo de São Paulo, disse ao papa que a Igreja Católica perde 1% de fiéis por ano e que já perdeu 20 milhões, o papa levou um susto. E disse: “Então, vamos fazer a assembléia no Brasil. Eu mesmo pessoalmente vou lá, para incentivar a igreja, para reforçar os cristãos a não saírem, a ficarem dentro da Igreja Católica”.
Ele veio em parte em função dessa preocupação, embora eu acho que esse não seja um grande problema, porque a Igreja Católica é, em grande parte, culpada disso. Nós temos 140 milhões de católicos, precisaríamos ter de 100 a 120 mil padres. Só temos 18 mil, e grande parte deles são estrangeiros. Então, a igreja, institucionalmente, tem uma crise profunda, as vocações diminuem. E se cria um espaço aberto, vazio, que a Igreja não atende. Então, vêm as outras denominações cristãs, igrejas pentecostais populares que vêm, oferecem a sua mensagem, elas têm direito de fazer isso. E a Igreja Católica perde fiéis.
É importante que não seja feita uma disputa no mercado religioso para ver quem atrai mais, se é o padre Rossi [Marcelo Rossi, da Renovação Carismática Católica], se é o bispo Macedo [Edir Macedo, da neopentecostal Igreja Universal do Reino de Deus]. O importante é o cristianismo, porque, na visão de Cristo, que são os evangelhos, ele não quis criar uma nova religião. Ele quis criar um ser novo, um ser humano mais gentil, mais amoroso, mais solidário, que tivesse mais compaixão.
ABr - E quanto à Teologia da Libertação?
Boff - Em relação à Teologia da Libertação, a meu ver, o papa já considera uma coisa resolvida. Foram escritos dois documentos sobre o tema: um negativo, em 1984, outro positivo, em 1986, e se considera essa questão fechada. A Igreja já disse o que tinha que dizer e pronto. O que ele poderá fazer aqui e acolá é alguma advertência. Mas eu acho que se tem que reconhecer que essa é uma teologia eclesial, ajuda os fiéis e torna a igreja mais encarnada. E isso foi constatado estatisticamente. Onde existe comunidade de base, pastoral social, Teologia da Libertação, saem muito menos católicos para outras igrejas.
Onde esse fenômeno da igreja popular, da igreja da libertação não existe, onde as comunidades de base são suspeitas, onde teólogos são perseguidos, como durante anos aconteceu no Rio de Janeiro, ali muito mais saem católicos da igreja. Porque não sentem mais a igreja como o seu lar espiritual. Nós devemos tomar muito cuidado com essas questões, para não dizer: “O pessoal está saindo porque há politização demais”. Não é politização demais. É que as pessoas dizem: uma igreja que é uma igreja que não tem misericórdia, que é rígida, que não tem muita bondade, não é uma pátria espiritual, não ajuda a gente. A igreja tem que ser uma coisa boa para a humanidade, não um pesadelo".
domingo, 4 de maio de 2008
FLAMENGO, bi campeão carioca.
Não resitir...vibrei muito, apesar do silêncio que deveria ter feito....acordei todo mundo!
O FLAMENGO É BICAMPEÃO DO CARIOCA>
Logo no início da partida o Botafogo parecia melhor e obrigou Bruno a trabalhar, aos 7 minutos. O Flamengo só conguiu aos 12, com marcinho e Ibson,dar um susto no Botafogo. Aos 22 o Botafogo leva vantagem no placar.
O Flamengo agora busca o prejuízo e quase aos 30 marca, após confusão na área alvinegra.
Assim acaba o primeiro tempo: BOTAFOGO 1 x 0 FLAMENGO
No intervalo, o técnico Joel troca os atacantes Diego Tardelli e Obina, saem Cristian e Ibson e o empate rubro-negro chegou. OBINA é o nome da fera, aos três marca.
Agora era a vez do Botafogo correr e negar o prejuízo.
Mas Diego Tardelli é que quase marca o segundo gol rubro-negro.
O Flamengo, novamente aos 20min, quase marca com marcinho
O Botafogo responde com um chute de Lucio Flavio, desvido na defesa.
Com dez jogadores(expulso o zagueiro Renato Silva por falta dura em Juan) o Botafogo não segura o Flamengo que marcar o segundo com Tardelli aos 36min.
A partir de então o Flamengo era só alegria enquanto a bola rolava. E a torcida....era só alegria e gritava “Mamãe eu quero”. Do outro lado, alguns torcedores do Botafogo protagonizavam uma briga nas cadeiras inferiores.
E os rubro-negros gritando "bicampeão" quando sai o terceiro gol. Diego Tardelli arrancou pela esquerda e cruzou para Obina marcar. A torcida rubro-negra incendeia o Maracanã.
FINAL: BOTAFOGO 1 x 3 FLAMENGO
FLAMENGO BICAMPEÃO CARIOCA!!!!!!!!!!!!!!
FOTOS: divulgação Globo, Terra e Reuters
quinta-feira, 1 de maio de 2008
RETRÔ do PT
O blog de Walter Rodrigues (WR...http://www.walter-rodrigues.jor.br) fez um retrô das participações do PT nas eleições de São luís. Já fui simpatizante do PT no passado mas, hoje, não tenho mais tanta simpatia. Existem pessoas que estão filiadas ao PT que não comungam a FILOSOFIA do PT. Qualquer partido político deve ter caráter filosófico, ética e normas. O PT não tem mais. Isso revela os fracassos do PT frente a Prefeitura de São Paulo, o prórpio governo Lula que ainda anda sob a ótica do que foi produzido em governos anteriores (Collor, Itamar e FHC), que deram gestão ao Brasil, apesar da Corrupção. Não acredito no PT. Bem, voltamos ao post original, como dizia, WR publicou em seu blog:
1985 — O candidato governista-sarneísta Jaime Santana (PFL) tinha o apoio, entre outros, do PCdoB. A oposição mais robusta concorria com Gardênia (PDS), mulher do ex-sarneísta João Castelo; Jackson Lago (PDT) e Haroldo Sabóia (PMDB). O PT foi de Luiz Vila Nova. Vitória de Gardênia, a mais espetacular dos últimos 40 anos. Vila ficou em 5o, e ninguém esperava mais que isso.
1988 — Disputa principal entre Jackson (PDT), que venceu, e Carlos Guterrez (PMDB-PFL). Jairzinho da Silva (PDS) ficou em 3o lugar. PT em quarto, com José Heluy.
1992 — Haroldo Sabóia, que se passara do PMDB para o PDT, mudou de novo e concorreu pelo PT. Acabou em terceiro. Conceição Andrade (PSB-PDT) bateu João Alberto (PFL), esnobando o apoio de Haroldo no 2o turno.
1996 — Num lance de grande esperteza política, o PDT põe Domingos Dutra (PT) como vice de Jackson. Graças a isso derrota Castelo (PPB), candidato do situacionismo municipal, no 2o turno (jackistas dizem que Dutra atrapalhou). Logo os dois partidos estariam rompidos. Interrompe-se o processo de crescimento do PT.
2000 —Reeleição de Jackson, agora na “coligação champanhota” com o PFL de Roseana. Castelo em 2o lugar. Com Helena Heluy, PT em quarto.
2004 — Outra vez Helena, outra vez quarto lugar. Atrás de Tadeu Palácio (PDT), Castelo (PSDB) e Ricardo Murad (PMDB).
2008 — Apesar da irritação das bases com o governador Jackson Lago (PDT), o PT só tem alternativas governistas.
O PT é um verdadeiro embrolio.
1985 — O candidato governista-sarneísta Jaime Santana (PFL) tinha o apoio, entre outros, do PCdoB. A oposição mais robusta concorria com Gardênia (PDS), mulher do ex-sarneísta João Castelo; Jackson Lago (PDT) e Haroldo Sabóia (PMDB). O PT foi de Luiz Vila Nova. Vitória de Gardênia, a mais espetacular dos últimos 40 anos. Vila ficou em 5o, e ninguém esperava mais que isso.
1988 — Disputa principal entre Jackson (PDT), que venceu, e Carlos Guterrez (PMDB-PFL). Jairzinho da Silva (PDS) ficou em 3o lugar. PT em quarto, com José Heluy.
1992 — Haroldo Sabóia, que se passara do PMDB para o PDT, mudou de novo e concorreu pelo PT. Acabou em terceiro. Conceição Andrade (PSB-PDT) bateu João Alberto (PFL), esnobando o apoio de Haroldo no 2o turno.
1996 — Num lance de grande esperteza política, o PDT põe Domingos Dutra (PT) como vice de Jackson. Graças a isso derrota Castelo (PPB), candidato do situacionismo municipal, no 2o turno (jackistas dizem que Dutra atrapalhou). Logo os dois partidos estariam rompidos. Interrompe-se o processo de crescimento do PT.
2000 —Reeleição de Jackson, agora na “coligação champanhota” com o PFL de Roseana. Castelo em 2o lugar. Com Helena Heluy, PT em quarto.
2004 — Outra vez Helena, outra vez quarto lugar. Atrás de Tadeu Palácio (PDT), Castelo (PSDB) e Ricardo Murad (PMDB).
2008 — Apesar da irritação das bases com o governador Jackson Lago (PDT), o PT só tem alternativas governistas.
O PT é um verdadeiro embrolio.
Pó que faz dedo crescer.
Li no G1 que Pesquisadores da Universidade de Pittsburgh criaram pó químico que regenerou as pontas do dedo de um norte-americano.
O pesquisador Stephen Badylak, da Universidade de Pittsburgh, desenvolveu o pó usando células da parte interna da bexiga de um porco.
O tecido retirado é colocado em um ácido e submetido a um processo de secagem. Em seguida é transformado em um pó.
Agora, em quanto isso no Brasil:
Tem gente querendo usar para crescer o "peru".
O Lula para reparar o dedo que há anos lhe causa incomodo com as piadas.
Um bom feriado a todos.
O pesquisador Stephen Badylak, da Universidade de Pittsburgh, desenvolveu o pó usando células da parte interna da bexiga de um porco.
O tecido retirado é colocado em um ácido e submetido a um processo de secagem. Em seguida é transformado em um pó.
Agora, em quanto isso no Brasil:
Tem gente querendo usar para crescer o "peru".
O Lula para reparar o dedo que há anos lhe causa incomodo com as piadas.
Um bom feriado a todos.
Amizade
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Leia!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros. Eu pensei:'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F'!! O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle. Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos. Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos. Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos, disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente >>deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse, 'Ei, obrigado'!. Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa. mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular. Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele. Meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse: 'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'. Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C.D.F. Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar. No dia da Formatura Kyle estava ótimo. Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos. Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam! Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinhanas costas e disse: 'Ei, garotão, você vai se sair bem!'. Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:-'Valeu'!! Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:' A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador... mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar. Vou contar-lhes uma história: 'Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou à todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa. Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso. 'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza. Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão. Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia. Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior. Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma. PROCURE O BEM NOS OUTROS!
Leia!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala caminhando para casa depois da aula. Seu nome era Kyle. Parecia que ele estava carregando todos os seus livros. Eu pensei:'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa Sexta-Feira? Ele deve ser mesmo um C.D.F'!! O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho. Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção a Kyle. Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços, empurrando-o de forma que ele caiu no chão. Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos. Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos. Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos, disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente >>deviam arrumar uma vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse, 'Ei, obrigado'!. Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos que realmente mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava. Por coincidência ele morava perto da minha casa. mas não havíamos nos visto antes, porque ele freqüentava uma escola particular. Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus livros. Ele se revelou um garoto bem legal. Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele. Meus amigos pensavam da mesma forma. Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse: 'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa pilha de livros assim todos os dias!'. Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade. Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C.D.F. Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar. No dia da Formatura Kyle estava ótimo. Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola. Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando óculos. Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam! Às vezes eu até ficava com inveja. Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinhanas costas e disse: 'Ei, garotão, você vai se sair bem!'. Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:-'Valeu'!! Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o discurso:' A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um treinador... mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar. Vou contar-lhes uma história: 'Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia planejado se matar naquele final de semana! Contou à todos como havia esvaziado seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa. Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso. 'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza. Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma gratidão. Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do sorriso que ele me deu naquele dia. Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior. Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto, uns sobre o outro de alguma forma. PROCURE O BEM NOS OUTROS!
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