Recife é a cidade mais GAY do Brasil? ou está de parabéns?

No início do mês um grande casamento agitou Recife. Trocaram votos os arquitetos José Santos (Zezinho) e Turíbio Rocha Santos. O primeiro é descendente da tradicional família João Santos, pioneira no ramo de cimento em Pernambuco. O segundo é filho de São João dos Patos, no Maranhão. Descendente da família Rocha Santos, tradicionais agropecuaristas e políticos no médio sertão maranhense. O irmão de Turíbio foi prefeito da cidade, assim como seu tio (Celso Rocha Santos) e tia-avó (Dona Noca - primeira prefeita do Brasil). Seu Pai foi deputado na década de 70, já falecido.

Zezinho (E) e Turibio (D) Foto de LULU PINHEIRO

Segundo Flávia Gusmão, o acontecimento tornou Recife um reboliço. Segue comentário na integra:
"O casamento dos arquitetos Turíbio Santos e Zezinho Santos desperta na sociedade pernambucana reações tão distintas quanto desespero e surpresa. Desespero de um certo empresário que, ao ver passar os dias e não chegar em sua casa o cobiçado convite, já ameaçava: “Eu vou de qualquer jeito, nem que tenha que comprar a senha de alguém”. Surpresa da funcionária doméstica de outra residência que, ao perguntar curiosa à patroa quem ia casar e obter a resposta, apenas murmurou: “Jeová!!!!! E isso já chegou por aqui?”. É assim, em meio ao desdém de uns, à admiração de outros e à completa indiferença dos noivos por tanta celeuma que acontece aquela que já é chamada de “a união da década”.

Tanto Zezinho com Turíbio sempre estiveram na mídia do Recife. É tanto que em seu pomposo casamento estiveram por lá Rita Lee (uma das madrinhas), além dos atores Miguel Falabella, Mônica Torres, Marcelo Anthony e Ney Latorraca.

O casamento foi uma festa. Com tudo o que um casamento tem direito. Até mesmo os noivos entraram na cerimônia acompanhados por suas mães: Turíbio com Maria Silvia Lyra da Rocha Santos e Zezinho com Lilia Maria Pereira dos Santos.

De São João dos Patos tinha uma verdadeira comitiva: segundo comentários na cidade, Turibinha (como é conhecido) distribuiu convites para todos os "conhecidos".


Não é de hoje que Recife realiza uma dessas. Anos atrás, o companheiro de um funcionário da Prefeitura passou a receber uma pensão de 650 reais após sua morte. Na época o prefeito assinou e achou digno o benefício.

Recife, Veneza brasileira tem se tornado aberta para as questões da homoafetividade.

O que falta acontecer com Recife?


Pelo menos a cidade sabe acolher as as diferenças entre os povos.