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Junior é professor de geografia, Geógrafo, maranhense, católico, flamenguista, motense, amante da velocidade. Guia das Oficinas de Oração e Vida para jovens e um brasileiro que nunca desiste .

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Industria nos países ricos (em revisão )

Este material está em revisão, mas por nossa pressa em colocá-lo, vai assim mesmo.
>>>> A INDUSTRIALIZAÇÃO NO JAPÃO

o Japão ou Nippon ("sol nascente") é um país de civilização milenar, marcada em seus primórdios por forte influência cultural da China.

Alternando longos períodos de governo imperial e militar (xogunato), foi somente no século XVI que os japoneses fizeram contato com os povos ocidentais (europeus, especificamente). Esses contatos resultaram da presença, no Japão, de comerciantes e missionários católicos portugueses (1543), depois espanhóis e holandeses.

Pode-se dizer que somente a partir dessa época os japoneses se iniciaram nas artes da construção naval de maior porte e da navegação de longo curso, e conheceram as armas de fogo utilizadas pelos europeus. Entretanto, por razões políticas e religiosas, de 1637 (xogunato de Tokunawa) a 1853 (abertura do comércio ao Ocidente), o Japão permaneceu praticamente isolado o resto do mundo, evitando a interferência das potências expansionistas ocidentais.

País de estrutura feudal, economia agrícola e regime militar, após 1868, com a subida ao poder do jovem imperador Matsuhito (início da Era Meiji), o Japão abriu-se definitivamente para o Ocidente, dando início ao processo de industrialização e modernização que conhecemos atualmente.

Para tanto, foi necessário romper com as estruturas arcaicas até então dominantes no país. Em outras palavras, procedeu-se a uma verdadeira revolução em quase todas as estruturas e setores essenciais ao desenvolvimento do país: extinção dos domínios feudais e da hierarquia social, modernização do Estado, criação de infra-estrutura industrial, profunda e rigorosa reforma educacional, preparação de educadores, técnicos e cientistas, rigorosa disciplina moral, forte apelo ao nacionalismo etc.

A Era Meiji (1868-1912)

Nesta fase, as empresas industriais foram constituídas pelas antigas famílias enriquecidas no período anterior por meio do comércio, da renda fundiária ou mesmo da manufatura, lembrando que uma das mais tradicionais do país é a manufatura têxtil. Essas famílias formaram, no início, quatro grandes grupos empresariais familiares, os chamados zaibatsu: Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo e Yasuda.

Sendo um país carente de recursos naturais, como ferro e carvão, e tendo em vista seu rápido crescimento industrial, o Japão lançou-se à corrida imperialista-colonialista. Em 1894 provocou uma guerra contra a China (pelo domínio da Coréia), derrotando-a em 1895. Ocupou, então, a porção Nordeste da China (Manchúria), que é rica em minérios. Em 1904-1905 foi a vez da Rússia. Ao avançar sobre as áreas de interesse do Japão (Manchúria, Coréia etc.)a Rússia acabou sendo derrotada pelos japoneses, perdendo parte das Ilhas Sakalinas.

Assim, o Japão acabou por conquistar uma considerável área (cerca de 3 mil km2) para satisfazer suas necessidades econômicas (matérias-primas == mercados consumidores). O resultado foi que o Japão chegou à Primeira Guerra Mundial na condição de importante potência mundial, marcando definitivamente sua presença entre as principais potências.

A industrialização japonesa após a Segunda Guerra Mundial

Após a derrota na Segunda Guerra Mundial, em 1945, o Japão ficou sob ocupação militar dos EUA até 1951, quando foi assinado o Tratado de Paz de São Francisco, na Califórnia. As principais conseqüências econômicas da Segunda Guerra Mundial para o Japão foram:

• queda na produção industrial;

• perda do domínio de áreas produtoras de matérias-primas industriais;

• dissolução dos conglomerados empresariais (zaibatsu);

• destruição de grande parte de seu parque industrial, das ferrovias e c instalações portuárias;

• proibição de produzir armamentos;

• controle das atividades econômicas pelos Estados Unidos até 1951.

A reconstrução do parque fabril japonês só ocorreu após 1950. Durante a década de 1950 os esforços foram canalizados para a normalização das atividades industriais do país. Para esse empreendimento, o Japão contou com vultoso financiamento externo, principalmente dos EUA. Em 1960 o país iniciou a retomada do crescimento industrial, realizando o chamado "milagre japonês". Na década de 1980, o Japão já se colocava entre os maiores produtores industriais do mundo.

Os fatores que possibilitaram a rápida expansão industrial japonesa foram a abertura de mercado nos moldes estadunidenses, a intensa exploração dos trabalhadores, a qualificação de uma grande parcela da abundante mão-de-obra, a elevada poupança interna, a importação de matéria-prima industrial (petróleo, ferro, carvão, bauxita, cobre etc.), a redução quase total dos gastos militares, a reorganização dos grandes trustes (zaibatsu) e os financiamentos externos. A intervenção do governo (representado pelo poderoso Ministério da Indústria e o Comércio Exterior), que organizou o sistema produtivo, além de fornecer financiamentos e subsídios, foi decisiva para o impulso industrial.

O sucesso do avanço industrial japonês deveu-se, além desses fatores, à reestruturação e à modernização da organização industrial e ao domínio do processo de fabricação. Observe, a seguir, outras características da industrialização japonesa.

• Destino da produção - Investiu-se na produção em larga escala para conquistar o mercado externo, principalmente o asiático.

• Tecnologia - Antes no papel de importador, o Japão passou a dominar gradativamente a produção de tecnologia e a aplicá-la na fabricação de produtos mais complexos. Passou, por exemplo, da eletrônica à produção de circuitos integrados, depois para as telecomunicações e para a informática, até chegar à indústria aeroespacial Atualmente produz mercadorias utilizando tecnologia de ponta e tem papel de destaque no mercado e na comunidade científica internacional, dominando ramos importantes, como o de supercomputadores e robótica, além de se destacar na microeletrônica e na informática.

• Organização da produção - Preocupação constante com qualidade e prazo de relações estreitas com parceiros comerciais; implantação de grandes unidades fabris ao lado de pequenas e médias empresas, subempreitadas por aquelas. As inovações introduzidas na organização da produção com base no toyotismo - treinamento constante dos operários fixos para o exercício de diversas funções e a operação de novas máquinas com ajustes flexíveis e rápidos, diminuição de estoques, atendimento às variações de preferência dos consumidores (just in time) - permitiram a redução de custos e prazos e um aumento na qualidade e na diversificação dos produtos.

• Organização empresarial - Baseada em vínculos do trabalhador com a empresa, que representa para o funcionário o local não apenas de trabalho, mas também de integração pessoal e familiar, bem como de realização profissional. As empresas investem em formação profissional em todos os ramos da economia que requerem qualidade e precisão.

O Japão é hoje um dos países mais ricos do mundo. Sua economia (7,1% do PIB mundial, segundo o L'état du monde 2004) é comparável à da França e da Alemanha reunidas. É a segunda potência tecnológica e econômica do mundo, depois dos EUA. Sua economia é controlada por grandes grupos, como Mitsui, Mitsubishi, Itochu, Marubeni, Sumitomo, Toyota Motors Co., Nissho Iwai entre outros.

Os dados a seguir, do Calendário atlante De Agostini 2004, nos dão uma idéia da importância e do vigor da indústria e da própria economia do Japão nos dias atuais.

• O Japão ocupa o primeiro lugar mundial nos setores automobilístico (produz mais que os EUA), de tratores, navios, robôs, ferramentas, relógios, aparelhos fotográficos, chips, entre outros. Ocupa o segundo lugar na produção de pneus, veículos comerciais e aço. Conta com uma importante indústria pesqueira, ocupando o terceiro lugar no mundo.

• A tecnologia japonesa concorre com a dos EUA. O Japão é uma potência tecnocientífica, tendo diversos tecnopólos espalhados por seu território como em Ube, Hiroshima, Tsukuba, Toyama e Nagaoka.

• É o eixo de uma importante zona de prosperidade econômica que inclui os Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Taiwan, Região Administrativa Especial Hong Kong e Cingapura) e os Novos Tigres (Malásia, Indonésia, Filipinas e Tailândia).

• Conta com 22 das 100 maiores empresas transnacionais (sete das quatorze maiores são japonesas) e com poderosos bancos, como o Sumitomo e o Bank of Tokyo Mitsubishi.

AS CATORZE MAIORES EMPRESAS DO MUNDO (2000) Empresa País Rendimentos (em milhões de dólares)
1. General Motors EUA
2. Wal-Mart Stores EUA
3. Exxon EUA
4. Ford Motors EUA
5. DaimlerChrysler Alemanha
6. Mitsui Japão
7. Mitsubishi Japão
8. Toyota Motor Japão
9. General Electric EUA
10. Itochu Japão
11. Royal Dutch/Shell Group Reino Unido/ Países Baixos
12. Sumitomo Japão
13. Nippon Telegraph Telephone Japão

14. Marubeni Japão

Fonte: Enciclopédia do mundo contemporâneo. São Paulo: Publifolha; Rio de Janeiro:Terceiro Milênio, 2000. p.61.

Na década de 1990 a economia japonesa já não era capaz de crescer tão vertiginosamente como nos quarenta anos anteriores e começou a mostrar sinais de crise. Chamada de bolha especulativa, a abundância de capitais levou a investimentos no mercado imobiliário e na bolsa de ações, supervalorizando os ativos (ações e imóveis). Com a crise, teve início a venda de ativos e os preços desabaram. O setor mais atingido foi o bancário. O PIB japonês também apresentou baixo crescimento nessa década. Como conseqüência, houve queda nas exportações e no consumo interno e aumento do desemprego, que atingiu 5,7% em 2002. Na década de 1990 foram adotados pacotes de estímulo à economia, mas estes não conseguiram reverter o quadro de crise e aumentaram a dívida pública, que passou a ser a mais alta entre os países industrializados (140% do PIB).

Embora as pequenas e médias empresas industriais se encontrem disseminadas por todo o território, alguns centros destacam-se quanto à produção industrial.

A área de maior concentração industrial é o eixo Tóquio-Osaka, com 50% do valor da produção. Estão neste eixo centros como Nagoya, Kobe, Kyoto, Nara e Kamakura. Além desse eixo, há outros importantes centros, como Sapporo (na ilha de Hokkaido), Kitakyushu (na ilha de Kyushu), Ube e Shimonoseki (no Sul da ilha de Honshu).

Os complexos industriais japoneses encontram-se nas planícies litorâneas, o que facilita a recepção de matérias-primas e a exportação de produtos industrializados. Nas regiões portuárias destaca-se a indústria naval.



>>>> CANADÁ: INDÚSTRIAS

O Canadá integra o seleto grupo das sete maiores potências mundiais e é um dos países do mundo com maior quantidade e variedade de recursos naturais. Esses fatores possibilitaram o desenvolvimento de uma grande e diversificada produção industrial. Além de ter o quarto melhor Índice de Desenvolvimento Humano do mundo (IDH), segundo o Relatório do desenvolvimento humano 2004, possui elevado nível científico e tecnológico e alto grau de concentração da produção e do capital.

O país exporta em larga escala vários recursos energéticos (petróleo, carvão, gás, urânio) e minerais (níquel, zinco, prata, ouro, ferro), além de pescado, madeira, peles e tem se destacado também no setor de alta tecnologia.

Embora a industrialização canadense tenha se iniciado antes da Primeira Guerra Mundial, foi a partir da Segunda Guerra que o país implantou as bases de seu grande e dinâmico parque industrial. Para isso, o Canadá contou com seus abundantes e variados recursos naturais, além de um grande volume de capital estrangeiro, sobretudo dos EUA, que controlam grande parte da economia canadense (mineração, indústrias etc.). De fato, as principais atividades industriais do Canadá estão relacionadas ao aproveitamento de seus recursos naturais.

As principais indústrias canadenses são a madeireira, a metalúrgica, a alimentícia, a siderúrgica, a química, a petroquímica, a mecânica e a de alta tecnologia. O Canadá ocupa o quarto Lugar mundial na produção de papel e de veículos comerciais e o sétimo em pneus (Calendário atlante De Agostini 2004).

A indústria madeireira resulta do aproveitamento das imensas florestas de coníferas. Além da produção e da utilização da madeira propriamente dita, o Canadá é grande produtor de papel-jornaL.

A indústria metalúrgica se baseia no aproveitamento dos recursos minerais metalúrgicos existentes no país. A principal exceção é a indústria do alumínio que, apesar de ser uma das mais importantes, depende da importação da bauxita. Em compensação, o país dispõe de um imenso potencial hidráulico, que é aproveitado na geração da hidroeletricidade, já que a indústria do alumínio é grande consumidora de eletricidade.

A indústria alimentícia fundamenta-se na grande produção agropecuária e pesqueira do país.

A indústria de alta tecnologia apresenta grande crescimento: informática e eletrônica (nas províncias de Calgary, Winnipeg, Toronto e Montreal), aeroespacial (em Quebec e Montreal), biotecnologia, telecomunicações e outras.

Embora forte e dinâmica, a economia canadense é altamente dependente dos EUA, de quem recebe vultosos investimentos e para onde destina a maior parte de suas exportações. As áreas de maior desenvolvimento industrial localizam-se próximo à fronteira com os EUA, com destaque para as províncias de Montreal, Toronto, Winnipeg e Vancouver.

>>>>> A INDUSTRIALIZAÇÃO EUROPÉIA

Os primeiros países a se industrializar pertenciam ao continente europeu até hoje um dos mais importantes parques industriais do mundo. A consolidação da União Européia (UE), a integração dos mercados e o estabelecimento da moeda única, o euro, fortaleceram ainda mais a economia dos países ê Europa. As empresas européias iniciaram, por meio de fusões, um processo de concentração que fez crescer uma classe empresarial mais européia e menos apegada aos Estados nacionais.

O espaço de economia mais dinâmica da Europa, do qual fazem parte países altamente industrializados, como Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, conta com importantes centros tecnológicos e indústrias de ponta (informática, engenharia genética, aeroespacial, nuclear etc.) ao lado de indústrias clássicas (siderúrgica, química, automobilística, têxtil, alimentícia etc.).

Alemanha

Até a sua unificação, em 1871, a Alemanha era constituída por vários Estados autônomos liderados pela Prússia e pela Áustria. Em 1834, os Estados germânicos estabeleceram um acordo aduaneiro (Zollverein) que deixava de lado a Áustria e fortalecia a Prússia. Este acordo contou condições para o desenvolvimento econômico nesses Estados.

Já por volta de 1869, devido às imensas jazidas de carvão e ferro existentes no Vale do Ruhr e a um sistema de transporte fluvial e ferroviário bem estruturado, alguns desses Estados desenvolveram as indústrias siderúrgica, metalúrgica e química (ramos da indústria pesada), além da têxtil.

Em 1871, já unificada e contando com um parque industrial, a Alemanha, assim como os demais países europeus, lançou-se à expansão imperialista, entrando em confronto com a França e a Inglaterra e levando toda a Europa à Primeira Guerra Mundial. Apesar de derrotados pela Tríplice Entente (França, Inglaterra e Rússia), os alemães reorganizaram seu parque industrial nos moldes anteriores à guerra.

Novamente os choques de interesses entre as potências industrializadas se agravaram e, em 1939, irrompeu a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945 com nova derrota da Alemanha.

Após a Segunda Guerra, a reorganização da indústria alemã - bem como de toda a sua economia - foi efetuada em novas bases, visto que o capitalismo alemão passou a enfrentar uma nova realidade, a saber:

• o centro de comando do sistema capitalista, antes europeu, deslocou-se para os EUA;

• na fronteira leste da Alemanha surgiram vários Estados socialistas liderados pela União Soviética, que já era uma grande potência na época;

• desde 1949, a Alemanha ficou dividida em dois Estados, a República Federal da Alemanha (capitalista), a Oeste, e a República Democrática Alemã (socialista), a Leste;

• fazendo frente à pressão que os soviéticos pudessem exercer sobre a Europa Ocidental, os estadunidenses tomaram várias medidas, entre elas a ajuda econômica para a reconstrução da Europa por meio do Plano Marshall.

Características da industrialização alemã

A Alemanha Ocidental teve seu desenvolvimento industrial e econômico beneficiado por vários fatores:

• ficou com a região da Renânia, onde se localizavam as jazidas de carvão e de ferro e as principais instalações industriais do período anterior à guerra;

- recebeu financiamentos de capitais estadunidenses para sua reconstrução;

• não teve gastos nem investimentos na área militar, devido à proibição por parte das potências vitoriosas na Segunda Guerra Mundial;

• criou, junto com França, Itália, Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo, duas importantes organizações econômicas que muito contribuíram para o seu desenvolvimento: a Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca), em 1952, e a Comunidade Econômica Européia (CEE), em 1957.

Com isso, a Alemanha Ocidental experimentou na década de 1950 um intenso e rápido desenvolvimento, realizando o seu "milagre econômico". Tanto que chegou ao início da década de 2000 na condição de terceira potência mundial, atrás dos EUA e do Japão, e constituindo-se num dos pólos de poder do mundo atual.

Em 1990, com a reunificação das duas Alemanhas, teve início a privatização de empresas estatais do lado oriental. Diversas indústrias que operavam com tecnologia antiquada e provocavam altos índices de poluição foram fechadas. Este fato, aliado à automação da produção, provocou desemprego. Dez anos após a queda do Muro de Berlim, que abriu o processo de reunificação, a Alemanha ainda contava com mais de 4 milhões de pessoas desempregadas. No entanto, a economia alemã está aos poucos conseguindo realizar a integração entre as "duas Alemanhas" .

A indústria alemã é muito sólida e desenvolvida, contando com uma produção diversificada. A integração européia abriu novos mercados e perspectivas dentro do bloco econômico europeu para a liderança alemã, que conta com grandes empresas, como Daimler Chrysler, Volkswagen, Siemens, Allianz entre outras. Por outro lado, com a globalização da economia, diversas empresas alemãs têm se associado com empresas estadunidenses e japonesas, como é o caso da Basf e da Nixdorf, que se aliaram à Hitachi, e da Siemens, que se associou à Fujitsu.

Quanto à localização das principais áreas industriais alemães, temos:

• Porção Oeste - É a mais importante do país, destacando-se a região situada entre a Renânia do Norte e a Vestfália, no curso inferior do Rio Reno e no Vale do Ruhr. Isso se deve a fatores como a existência de tradição industrial, a presença de jazidas de carvão mineral e de ferro e a navegabilidade do Rio Reno, que corta a região e desemboca no Mar do Norte, nos Países Baixos, próximo ao porto de Roterdã, o maior do mundo em movimento de cargas (segundo dados de 2002). Nesta região aparecem importantes cidades, como Bonn, Colônia, Dusselford, Essen, Dortmund e outras.

• Porção Norte - Corresponde à região da Saxônia, onde se destacam cidades como Hannover, Bremen e Hamburgo.

• Porção Centro-Sul- Apresenta também grandes concentrações industriais e importantes cidades, como Frankfurt e Manheim (no centro), e Stuttgart, Baden e Munique (no sul).

Embora as indústrias ainda se concentrem na região da Renânia, seguindo a tendência mundial, ultimamente tem ocorrido a modernização do parque industrial alemão e uma relativa dispersão das indústrias. Uma ramificada rede de vias de circulação facilita este processo.

Cidades industriais médias e pequenas espalharam-se pelo país sediando setores tecnológicos de ponta como, por exemplo, Berlim, Weimar, Munique, Dresden, Leipzig (eletrônica, eletroeletrônica, mecânica de precisão entre outros); Stuttgart, onde está localizada a maior empresa transnacional alemã - a Daimler Chrysler -, que fabrica os automóveis de luxo Mercedes-Benz; Frankfurt (indústria naval); Munique, um dos maiores parques tecnológicos europeus, especializado em telemática e biotecnologia e centro de indústrias químicas, como a Bayer.

A Alemanha é a primeira produtora mundial de fibras artificiais; segunda em automóveis; quarta em navios; quinta em papel, pneus e bicicletas. (Calendário atlante De Agostini 2004).

Reino Unido

O Reino Unido é formado pela união dos três estados que compõem a ilha da Grã-Bretanha - Inglaterra, Escócia (desde 1707) e País de Gales (desde 1536) - e pela Irlanda do Norte (ou Ulster, incorporada à união em 1800), que luta por sua independência. As Ilhas Britânicas, por sua vez, são formadas pelo Reino Unido somado à República da Irlanda (ou Eire).

A primeira indústria a se desenvolver na Inglaterra foi a têxtil, na segunda metade do século XVIII, sendo que os primeiros teares eram produzidos artesanalmente.

As indústrias inglesas instalaram-se inicialmente no centro do país, próximas às jazidas de carvão de Yorkshire, Lancashire, Midlands, entre outras áreas industriais tradicionais, atualmente em decadência.

Durante mais de um século a Inglaterra dominou com exclusividade a produção industrial, organizada para viabilizar a maior concentração de capital

Possuidora de carvão, capital e tecnologia, a Inglaterra (e posteriormente as demais nações desenvolvidas) fortaleceu gradativamente as indústrias de base, somando-as ao domínio sobre as indústrias de bens de consumo (como a têxtil).

Na Segunda Revolução Industrial, as indústrias passaram a ser instaladas perto de portos como Liverpool, Glasgow e Londres.

Na condição de maior potência industrial e imperial, a Inglaterra passou a importar, principalmente de suas colônias de clima temperado, alimentos e matérias-primas que seriam transformadas industrialmente para abastecer os mercados interno e mundial. A concentração e a acumulação de capitais permitiram ao capitalismo britânico criar trustes e cartéis e estabelecer monopólios e oligopólios. O acirramento das disputas pelos mercados consumidores e pelos domínios coloniais entre as principais potências européias acabou contribuindo para a eclosão das duas guerras mundiais do século XX.

Após as guerras mundiais ocorreu o enfraquecimento econômico e industrial do Reino Unido e a conseqüente perda de sua hegemonia mundial em favor dos Estados Unidos, a nova potência mundial emergente.

O Reino Unido foi também superado pelos países que apresentaram um grande desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico a partir da década de 1960, como o Japão e a Alemanha, e mais recentemente pela França e pela Itália.

Atualmente, as regiões metropolitanas de Londres e Birmingham são os principais centros industriais, polarizando cidades menores. Abrigam modernas e diversifica das indústrias como a automobilística, a mecânica de precisão, a eletrônica, a aeronáutica, a de transporte etc.

É importante ressaltar que o Reino Unido ainda é uma das grandes potências da União Européia, embora resista em adotar a moeda única, o euro, em substituição à libra esterlina. Ultimamente tem se alinhado com os Estados Unidos, como no caso dos bombardeios contra o Iraque (1991, 1998 e 2003), a Iugoslávia (1999) e o Afeganistão (2001).

Em 2002, o PIB do Reino Unido era o quarto do mundo. De acordo com o Calendário atlante De Agostini 2004, é o oitavo produtor mundial de automóveis e o décimo de pneus. Observe a figura 18.14 com as principais áreas industriais do Reino Unido.

França

A França só iniciou sua industrialização de forma sistemática a partir da segunda metade do século XIX. Esse retardamento industrial deveu-se a alguns obstáculos, tais como a longa duração do Antigo Regime, que só foi derrubado pela Revolução Francesa em 1789, o fato de a França ser um país rural ainda no século XVIII, a tradição de pequenas indústrias artesanais (que dificultou a acumulação de grandes capitais) e a demora em iniciar a exploração de carvão mineral.

Com o aproveitamento das jazidas de ferro e de carvão do Noroeste e do Norte do país, a siderurgia e a metalurgia tiveram grande desenvolvimento. A exemplo do Reino Unido, a França também organizou um importante império colonial para se abastecer de matérias-primas e ampliar seu mercado consumidor.

Após a Segunda Guerra Mundial, vários fatores aceleraram o crescimento e a modernização da indústria francesa. Os principais foram:

• o rápido crescimento e a concorrência da indústria alemã;

• o aumento populacional resultante do crescimento da taxa de natalidade e do retorno de grandes contingentes populacionais das ex-colônias, pressionando o mercado de trabalho;

• a ajuda financeira dos EUA (por meio do Plano Marshall).

O crescimento industrial francês foi acompanhado pela modernização do setor energético, desde a indústria carbonífera e a implantação de hidroelétricas nos Alpes até a construção de usinas nucleares. Uma das características desta nova fase foi o desenvolvimento de setores altamente sofisticados, com a incorporação de tecnologias bastante avançadas.

Atualmente, o parque industrial francês distribui-se por quatro áreas principais.

• Região Parisiense - Continua a ser a mais importante região industrial da França, com indústrias diversificadas e modernas. Encontram-se aí quase todos os ramos industriais, do têxtil ao aeronáutico.

• Região Nordeste - Principal área siderúrgica, importante quanto aos produtos derivados de carvão e de ferro, e da indústria química. Tem como principais centros Nancy, Lorena e Estrasburgo.

• Região Norte - Trata-se de uma região carbonífera de grande diversificação industrial, onde se destacam os ramos siderúrgico, metalúrgico, químico, têxtil entre outros. Os principais centros industriais são Amiens, Lille, Dunquerque e Reims.
• Região de Lyon - Destaca-se pelas indústrias de bens de produção, química e mecânica de precisão.

Além destas regiões, destacam-se os tecnopólos de Nice e Toulouse (aeroespacial).

A França é a quarta produtora mundial de pneus e automóveis, a sétima produtora mundial de rádios e a oitava produtora de veículos comerciais (Calendário Atlante De Agostini 2004).

A ITALIA:
A exemplo da Alemanha, a Itália só conheceu o desenvolvimento industrial após sua unificação política, em 1870. Mesmo assim, a industrialização do país foi prejudicada e até retardada em relação aos outros países europeus em virtude, sobretudo, da escassez de energia e de matérias-primas (jazidas de carvão e de ferro).

Antes da Segunda Guerra Mundial a Itália já possuía os setores têxtil e alimentício bastante evoluídos, mas as indústrias de base (siderurgia e outras) ainda estavam pouco desenvolvidas.

Ao término da guerra, o desenvolvimento industrial italiano sofreu grande incremento, principalmente com a entrada de capitais estadunidenses (Plano Marshall) e a ampliação do mercado consumidor.

Nas últimas décadas, contando com a ajuda de capital externo, forte participação do Estado e avanço tecnológico, o país modernizou e diversificou seu parque industrial. Apresenta o quinto maior PIB do mundo (2002).

País marcado por grande contraste geoeconômico entre o norte (industrial) e o sul (agrícola), a Itália apresenta seu parque industrial concentrado no norte do país, onde se destacam Turim, Bolonha (indústria automobilística), Milão (centro industrial, financeiro e comercial), Gênova (indústria naval) e Veneza (siderurgia). Na porção central (Roma e proximidades) destacam-se os ra mos têxtil, mecânico, automobilístico e químico,

A Itália é a terceira produtora mundial de pneus, a quarta de automóveis, a sétima de rádios e a oitava de papel.
A FEDERAÇÃO RUSSA E A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)

A análise do passado histórico mostra que, em comparação com os países europeus ocidentais, a Rússia sempre foi marcada por considerável atraso social, político e econômico, decorrente, entre outras, das seguintes causas:

• excesso de poder e riqueza nas mãos do Estado, em contraste com a situação de miséria da grande massa de camponeses e trabaLhadores em geraL;

• existência de uma nobreza formada não por meio da produção de riquezas ou do poder econômico, mas peLos favores do próprio Estado;

• miLitarização do Estado e da sociedade;

• inexistência ou extrema dificuLdade de mobilidade (ascensão) sociaL dos camponeses;

• Longos períodos de isoLamento em reLação ao restante do mundo.

Às vésperas da Primeira Guerra MundiaL, a Rússia era um país pouco indusstriaLizado. ALém disso, grande parte de sua frágil indústria era dominada por capitais estrangeiros e estava quase totaLmente concentrada na Ucrânia (Donbass), em Moscou e em São Petersburgo.

A expansão industrial da Rússia socialista

o desenvoLvimento industriaL da Rússia (principaL repúbLica da URSS a parrtir de 1922, denominada Federação Russa depois de 1991) só ocorreu de fato após a criação e a impLantação do primeiro Estado sociaLista do mundo. Apeesar de desencadeada em outubro de 1917, foi somente em 1921 que a RevoLuução SociaLista de fato se consoLidou. A partir de então, a reorganização da indústria e da própria economia do país - seriamente afetadas peLa Priimeira Guerra Mundial e peLa guerra civil (1918-1921) - começou a ser feita por meio da impLantação da Nova Politica Econômica (NEP).

Durante o período de vigência da NEP (1921-1927), o governo restaurou aLgumas práticas capitalistas; entretanto, taL fato não impediu que essa política aLcançasse grande sucesso econômico. Nesse período, aproveitando as grandes jazidas minerais e combustíveis do país, os maiores investimentos foram dirigiidos aos setores considerados fundamentais, como a produção de matérias-primas, energia e aquisição de maquinaria pesada, aLém da produção de alimentos.

Por serem setores estratégicos e necessários à defesa do país, a indústria de base (siderurgia, metaLurgia, química, energia etc.) e o ramo dos transporrtes tiveram grande desenvolvimento, enquanto as indústrias de bens de connsumo ficaram relegadas a. segundo plano.

A partir de 1928 teve início a planificação econômica. Com a impLantação de pLanos qüinqüenais, sob a orientação e o controle do Estado soviético, o desenvolvimento industrial foi grande, até ser seriamente abalado pela Se-

gunda Guerra Mundial. Do final da guerra até 1950 os esforços concentrarammse em reconstruir e reinstalar o parque industrial semidestruído. A partir daí, os principais objetivos passaram a ser: a produção de equipamentos industriais, agrícolas e bélicos e o desenvolvimento do setor aeroespacial. Na década de 1960, a URSS já era a segunda potência industrial do mundo.

A Rússia após o fim da União Soviética

Após meio século de crescimento o império soviético se desmantelou e a situação se modificou muito. A transição para o capitalismo deixou graves seqüelas. O capital internacional não investiu significativamente na compra e na modernização das indústrias e das empresas estatais. Muitas delas viraram sucata ou tiveram de fechar as portas, lançando seus trabalhadores nas filas de desempregados. Os conflitos étnicos se multiplicaram. O fim do Comecom (mercado comum do bloco socialista) agravou ainda mais a situação, pois as matérias-primas e os produtos industrializados deixaram de ser comercializados entre esses parceiros comerciais.

Mesmo assim, a Federação Russa é a quarta produtora mundial de energia elétrica, a quinta de fibras artificiais e a oitava de cimento (Calendario atlante De Agostini 2004).

A Rússia, junto com onze das quinze repúblicas que constituíam a União Soviética, formaram, em 1991, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Com a liberação dos preços, o fim dos subsídios e as privatizações desordenadas, os problemas e a crise econômica se agravaram e a qualidade de vida tem piorado não só na Federação Russa, mas em todas as repúblicas que compunham a URSS, além dos países da Europa Oriental. Dificuldades econômicas internas, queda nas exportações e declaração de moratória fizeeram da Federação Russa o centro de uma crise financeira de alcance interrnacional em 1998.

Os países da CEI ainda possuem um grande arsenal nuclear e aeroespacial.

No entanto, o atraso tecnológico e a falta de conservação das indústrias e do material bélico podem gerar desastres, assim como acidentes nucleares e ecoológicos.

Revolução Industrial

A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, integra o conjunto das “Revoluções Burguesas” do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial.

A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra, integra o conjunto das “Revoluções Burguesas” do século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o industrial. Os outros dois movimentos que a acompanham são a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, que sob influência dos princípios iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para Contemporânea.
Em seu sentido mais pragmático, a Revolução Industrial significou a substituição da ferramenta pela máquina, e contribuiu para consolidar o capitalismo como modo de produção dominante. Esse momento revolucionário, de passagem da energia humana para motriz, é o ponto culminante de uma evolução tecnológica, social, e econômica, que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média.

A) O PROCESSO DE PRODUÇÃO
Nessa evolução, a produção manual que antecede a industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:

O artesanato, foi a forma de produção característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão), possuía os meios de produção ( era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pelo utilização das ferramentas.
É importante lembrarmos que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também encontrava-se sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.
A manufatura, que predominou ao longo da Idade Moderna, resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido a divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um produto. A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto em direção ao oriente como em direção à América, permanecendo o lucro nas mãos dos grandes mercadores. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria prima e a determinar o ritmo de produção, uma vez que controlava os principais mercados consumidores.

A partir da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até numa terceira e quarta Revolução Industrial. Porém, se concebermos a industrialização, como um processo , seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia elétrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do setor de comunicações ao longo dos século XX e XXI, porém aspectos ainda discutíveis.

B) O PIONEIRISMO DA INGLATERRA

A Inglaterra industrializou-se cerca de um século antes de outras nações, por possuir uma série de condições históricas favoráveis dentre as quais, destacaram-se: a grande quantidade de capital acumulado durante a fase do mercantilismo; o vasto império colonial consumidor e fornecedor de matérias-primas, especialmente o algodão; a mudança na organização fundiária, com a aprovação dos cercamentos (enclousures) responsável por um grande êxodo no campo, e consequentemente pela disponibilidade de mão-de-obra abundante e barata nas cidades.

Outro fator determinante, foi a existência de um Estado liberal na Inglaterra, que desde 1688 com a Revolução Gloriosa. Essa revolução que se seguiu à Revolução Puritana (1649), transformou a Monarquia Absolutista inglesa em Monarquia Parlamentar, libertando a burguesia de um Estado centralizado e intervencionista, que dará lugar a um Estado Liberal Burguês na Inglaterra um século antes da Revolução Francesa.

C) PRINCIPAIS AVANÇOS DA MAQUINOFATURA

Em 1733, John Kay inventa a lançadeira volante.
Em 1767 James Hargreaves inventa a “spinning janny”, que permitia a um só artesão fiar 80 fios de uma única vez.
Em 1768 James Watt inventa a máquina a vapor.
Em 1769 Richard Arkwright inventa a “water frame”.
Em 1779 Samuel Crompton inventa a “mule”, uma combinação da “water frame” com a “spinning jenny” com fios finos e resistentes.
Em 1785 Edmond Cartwright inventa o tear mecânico.

D) DESDOBRAMENTOS SOCIAIS

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes concentrações urbanas. A produção em larga escala e dividida em etapas irá distanciar cada vez mais o trabalhador do produto final, já que cada grupo de trabalhadores irá dominar apenas uma etapa da produção.Na esfera social, o principal desdobramento da revolução foi o surgimento do proletariado urbano (classe operária), como classe social definida. Vivendo em condições deploráveis, tendo o cortiço como moradia e submetido a salários irrisórios com longas jornadas de trabalho, a operariado nascente era facilmente explorado, devido também, à inexistência de leis trabalhistas.
O desenvolvimento das ferrovias irá absorver grande parte da mão-de-obra masculina adulta, provocando em escala crescente a utilização de mulheres a e crianças como trabalhadores nas fábricas têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome, foram acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo.

Os trabalhadores reagiam das mais diferentes formas, destacando-se o movimento “ludista” (o nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento “cartista”, organizado pela “Associação dos Operários”, que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas “trade-unions”, que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos.
O divórcio entre capital e trabalho resultante da Revolução Industrial, é representado socialmente pela polarização entre burguesia e proletariado. Esse antagonismo define a luta de classes típica do capitalismo, consolidando esse sistema no contexto da crise do Antigo Regime.

Indústria nos EUA

A indústria de manufaturação dos Estados Unidos é a maior do mundo. As fábricas americanas produzem grandes quantidades tanto de produtos industriais - produtos que são usados por outras fábricas para a fabricação de outros produtos - e de produtos de consumo - produtos cujo destino final é o consumidor. O valor total dos produtos fabricados no país é de mais de 1,9 trilhão de dólares.

A indústria de manufaturação está concentrada primariamente nos estados da região central e da região nordeste dos Estados Unidos. Atualmente, o crescimento industrial está concentrado no sul do país - especialmente no sudoeste americano. A Califórnia é o estado americano que mais fabrica produtos manufaturados nos Estados Unidos - tanto em número de produto quanto ao valor econômico total destes produtos. Em seguida, em ordem decrescente, vêm Texas, Ohio, Illinois, Michigan, Pensilvânia, Carolina do Norte e Nova Iorque.

Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares, produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios), produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal, produtos de plástico, siderugia, material impresso, petróleo e derivados e móveis.

A região central dos Estados Unidos é uma grande produtora de ferro e aço, veículos motorizados e maquinário industrial. Detroit é a capital da indústria automobilística dos Estados Unidos. A indústria siderúrgica americana é a maior do mundo - embora enfrente a forte concorrência da indústria siderúrgica de outros países tais como o Brasil, o Canadá e a África do Sul. A indústria siderúrgica americana está sediada primariamente em Pittsburgh e em Cincinnati.

A região nordeste dos Estados Unidos é, por sua vez, grande produtora de roupas e tecidos, alimentos industrializados, material impresso e de equipamentos eletrônicos. Por sua vez, petróleo e derivados são produzidos primariamente em Texas, bem como outros estados à beira do Golfo do México. O oeste americano é sede da indústria de alta tecnologia americana. Na Califórnia, localiza-se o famoso Vale do Silício, onde são desenvolvidas e produzidas computadores e softwares em geral. Outro grande pólo da indústria de alta tecnologia é Pittsburgh, um dos principais pólos da indústria robótica e de biotecnologia do mundo.

Atlanta, Dallas, Seattle e Witchita são grandes centros da indústria aeroespacial. A maioria das fábricas da Boeing - a maior empresa fabricadora de aviões em geral do mundo - localizam-se em Seattle.

Até a década de 1980, a maioria dos produtos americanos eram produzidos no país por companhias americanas. A partir de então, para reduzir custos operacionais, várias companhias passaram a comprar matéria-prima ou certos componentes de outros países. Outros passaram a produzir componentes de produtos em outros países. E outras empresas passaram a produzir de vez todos os seus produtos no estrangeiro. Estes produtos incluem roupas, eletrônicos, computadores, móveis e brinquedos. Componentes ou produtos são produzidos primariamente na China, Coréia do Sul, Malásia, México e Taiwan.

Destaca-se em todo o seu parque industrial, a indústria de armamentos, exatamente pela demanda destes equipamentos ser proporcional ao tamanho de seu orçamento de defesa, o maior do mundo. São produtores de toda a espécie de armamentos, desde armas leves, veículos, aviões e navios de guerra.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Duas Mulheres, Dois Ícones!

Nesta semana fomos supereendidos por dua notícias que não muito nos agradou, mas Deus sabe o momento exato, onde e como tudo deve acontecer.
Na noite de terça-feira: "Morreu em São Paulo a ex-primeira-dama do Brasil, a antropóloga Ruth Cardoso, 77 anos, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso."

Já noite de quarta-feira: "Cantora Sylvinha Araújo morre em SP.
Aos 56 anos, cantora da época da Jovem Guarda lutava contra um câncer de mama.
Ela estava internada no Hospital Nove de Julho, na capital paulista, havia 21 dias."

(fontes: g1.com)

Muitas mulheres mudaram a cara do país. Sylvinha Araújo foi um ícone da jovem-guarda, sempre alegre ao lado de Eduardo Araújo. Deixou sua marca naqueles que viveram na década de 60 e 70. Ruth, mulher a frente de seus dias. Antropóloga destacada no cenário acadêmico, soube separar vida íntima da profissional. Foi mais que a "mulher do presidente".

A esta que Deus a tenham e suas marcas fiquem e possam fazer o país mais feliz.

sábado, 21 de junho de 2008

Do blog CARTA MAIOR

Notícias do Brasil afora.... (http://www.cartamaior.com.br)
Acesso do Blog Carta Maior...
Exitem algumas coisas que nos preocupam, leiam a reportagem abaixo.


VIOLÊNCIA & AUTORITARISMO

MST denuncia "volta da ditadura" no Rio Grande do Sul

Coordenação do movimento diz que há um nefasto projeto em curso no RS, envolvendo a proteção dos interesses de empresas estrangeiras, que são também grandes financiadores da campanha de Yeda Crusius, a supressão de direitos civis e a repressão policial. Movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição pretendem levar 5 mil pessoas para a frente do Palácio Piratini nesta quinta-feira.

Marco Aurélio Weissheimer

PORTO ALEGRE - A coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no Rio Grande do Sul divulgou nota oficial desta quarta-feira denunciando as recentes ações da Brigada Militar e os argumentos utilizados pelo Ministério Público gaúcho para a execução do despejo de dois acampamentos no interior do Estado. Segundo a nota, “os métodos e argumentos do Ministério Público e da Brigada Militar ressuscitam a ditadura militar no RS”.

“Há um nefasto projeto político em curso no Rio Grande do Sul, envolvendo a proteção dos interesses de empresas estrangeiras, que são também grandes financiadoras de campanha, a supressão de direitos civis e a repressão policial”, denuncia o MST. A íntegra da nota:

"No dia de ontem (17/06), centenas de famílias de trabalhadores sem-terra foram despejadas de dois acampamentos pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul no município de Coqueiros do Sul. As duas áreas pertencem a pequenos proprietários e estavam cedidas para a instalação das famílias. Os barracos e plantações foram destruídos, além das criações de animais, que foram espalhados, para que as famílias não pudessem levá-los. Cumprindo ordens do Poder Judiciário, as famílias foram jogadas à beira da estrada em Sarandi no final da tarde. É preciso lembrar que este acampamento à beira da estrada para onde foram levadas, é o mesmo local de onde foram despejadas há um ano. Até quando estes trabalhadores vão permanecer lá? Quanto tempo levará até o próximo despejo?

O despejo de ontem não se trata apenas de mais um ato de violência e intransigência da Governadora Yeda Crusius e da Brigada Militar. Há um nefasto projeto político em curso no Rio Grande do Sul, envolvendo a proteção dos interesses de empresas estrangeiras, que são também grandes financiadoras de campanha, a supressão de direitos civis e a repressão policial. A ação faz parte de uma estratégia elaborada pelo Ministério Público Estadual para impedir que qualquer movimento social possa se organizar ou manifestar-se. Juntos, o Ministério Público Estadual e a Brigada Militar ressuscitam os métodos e práticas da ditadura militar, ameaçando qualquer direito de reunião, de organização ou de manifestação.

Na ação civil que determinou o despejo ontem, os promotores deixam claro sua inspiração pelo golpe militar de 1964, ao lembrarem que o golpe que restringiu as liberdades civis no Brasil, “ pacificou o campo”. O despejo de uma área cedida, a ameaça de multa a seus proprietários se voltarem a apoiar o MST e as promessas de que novos despejos ocorrerão nos acampamentos em São Gabriel (num pré-assentamento), em Nova Santa Rita e em Pedro Osório (ambos em áreas de assentamentos) são decisões autoritárias que ameaçam não apenas o Movimento Sem Terra, mas estabelecem uma política de repressão para todo e qualquer movimento social.

Ao mesmo tempo em que os movimentos sociais são perseguidos e criminalizados, não se vê nada para recuperar os R$ 44 milhões roubados dos cofres públicos para o financiamento eleitoral no esquema do DETRAN. Da mesma forma, quando grandes empresas estrangeiras criam empresas-laranja e adquirem terras ilegalmente no Rio Grande do Sul, que somente agora foram indeferidas pelo executivo, não se vê nenhuma ação do Ministério Público, judiciário ou do executivo estadual.

No ano passado, após a Marcha à Fazenda Guerra, o Ministério Público propôs um termo de ajuste onde o Poder executivo federal assumia o compromisso em assentar mil famílias até o mês de abril deste ano. Nos causa estranheza que não haja mais cobranças do Ministério Público para o cumprimento do acordo, que este mesmo poder propôs. E ainda, que agora decrete o despejo das famílias, que poderiam estar assentadas e produzindo alimentos, caso o mesmo acordo tivesse sido respeitado. Há interesses que ainda se encontram ocultos nas ações desta semana e nas medidas que o MPE anuncia. O certo é que a volta dos regimes autoritários e repressivos, a serviço de interesses obscuros, ameaça a todo o povo gaúcho".

Deputados criticam Brigada Militar e MP estadual
Na Assembléia Legislativa, o líder da bancada do PT, Raul Pont, condenou a operação da Brigada Militar em dois acampamentos do MST e expressou preocupação com as sucessivas investidas da BM e do Ministério Público Estadual contra os movimentos sociais. “Este procedimento objetiva criminalizar os movimentos sociais”, denunciou.

Pont também chamou a atenção para a manchete do jornal Zero Hora nesta quarta-feira, “MST sofre contra-ataque ao amanhecer”. “Qual foi o ataque? Qual foi a invasão feita ontem?” – questionou. A Brigada, acrescentou o deputado, não combate a violência nas cidades e tampouco faz policiamento preventivo, mas com a maior facilidade reúne 500 policiais para um contra-ataque a um ataque que não aconteceu num acampamento majoritariamente composto por crianças e mulheres. “Essa é a atual política do Estado”, resumiu Pont.

Na mesma linha, o deputado Dionilso Marcon disse que o governo do Estado e o Ministério Público têm raiva de pobre. “Vou pedir à Comissão de Direitos Humanos do Senado para interferir junto ao MP a fim de que este órgão deixe de perseguir os pobres”, anunciou o deputado que criticou ainda o MP por ter pouca disposição para apurar denúncias de corrupção no Detran e em outros órgãos públicos.

Protestos e greve contra governo Yeda
Policiais civis, servidores do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) realizaram, nesta quarta-feira, um protesto contra a corrupção no governo Yeda e em defesa de direitos das categorias. A manifestação ocorreu em frente ao Palácio Piratini. Os policiais lavaram as calçadas do palácio para denunciar a corrupção no Estado. Os agentes da segurança pública reivindicam concurso público, reajuste salarial, contra o corte de 50% das horas-extras e pelo fim do constrangimento às regras diferenciadas de aposentadoria.

Nesta quinta-feira, será realizado um novo ato contra o governo tucano. A mobilização convocada por movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos inicia às 11 horas, em frente ao Palácio Piratini. Os organizadores esperam reunir cerca de 5 mil pessoas na Praça da Matriz.

O Sindiágua está mobilizando os funcionários da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para uma paralisação de 24 horas, também nesta quinta-feira, pelo fim da corrupção, contra as péssimas condições de trabalho na empresa e para denunciar o desmonte da companhia patrocinado pelo governo Yeda Crusius.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Glossário Fitogeográfico

Galera que pediu aí vai...faz parte de um pequeno Glossário que montei.
Aproveitem:
ACICULIFOLIADO: é um tipo de vegetação que apresenta folhas finas. Um exemplo dessa vegetaçao é a "Mata de Araucarias"
BIOGEOGRAFIA - Ciência que estuda a distribuição dos seres vivos na natureza.
BIOMA - Comunidade biótica que se caracteriza pela uniformidade fisionômica da flora e da fauna que a formam e se influenciam mutuamente.
BIOTA - Flora e fauna de uma região
BIOSFERA - Espaço ambiental terrestre em que existe vida.
CADUCIFOLIA - Planta que perde as folhas em épocas desfavoráveis.
CAMPO - Bioma com distribuição geográfica variada: centro da América do Norte, Centro-leste da Europa, parte da América do Sul. De dia, a temperatura é alta, mas cai ã noite. Muita luz, muito vento e pouca umidade. Recobertos por único estrato de vegetação, predominando as gramíneas. A massa de vegetação por unidade de área é menor por problema de água, por condições oligominerais e porque nos campos existem muitos consumidores primários: insetos, roedores, ungulados. Acompanham predadores: cobras, aves de rapina, carnívoros. Distinguem-se um campo limpo (pampa, estepe), muito uniforme e um campo sujo (cerrado, savana), com vegetação arbórea e arbustiva e espaçamento entre grupos dos mesmos.
DESERTO - Bioma encontrado na Austrália, Arábia, Atacama (Chile), Saara (África). maior parte do solo descoberta; pouca vegetação, solo muito árido. Pouca chuva e muito irregular: fortes, de pequena duração, sem infiltração. Dias muito quente e noite muito frias. Pouca umidade. Ventos fortes. Plantas de crescimento rápido; raízes longas e horizontais; capacidade de armazenamento de água (cactáceas).
Em desertos nos Estados Unidos, encontram-se arbustos separados por intervalos regulares: é auto-regulação, em que as folhas eliminam hormônios que inibem o desenvolvimento dos vizinhos (amensalismos).
Predominam roedores: vivem em tocas de dia e saem ã noite; retiram água das sementes que comem ou do orvalho. Répteis, aves e insetos. Escorpiões. Camelo (adaptação ao calor excessivo). Os mamíferos do deserto tem adaptações para conseguir sobreviver ao calor e à secura: ausência ou redução do número de glândulas sudoríparas, urina concentrada, fezes concentrada e suportar falta de água pela suspensão do metabolismo.
ECOLOGIA - Estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente
ECOSSISTEMA - A biocenose e seu biótopo constituem dois elementos inseparáveis que reagem um sobre o outro, para produzir um sistema mais ou menos estável que recebem o nome de ecossitema.
FITOPLÂNCTON - Plantas microscópicas flutuantes.
FLORESTA TEMPERADA - ( = decídua ou caducifólia). Ocorre no leste dos Estados Unidos, Europa Ocidental, China, Mandchúria, Japão e Coréia. Recebe mais energia ainda. Precipitação ainda pequena (110 cm/ano), mas o ano todo. Quatro estações bem definidas. Estação de crescimento mais longa. As folhas caem das árvores e arbustos no outono (dicotiledônea caducofólias), como defesa contra a seca fisiológica. Muitos animais que migram, adaptam-se ou hibernam no inverno.
FLORESTA TROPICAL - ( = pluvial ou latifoliada). Fica entre os trópicos. Amazônia, Índias Orientais, Congo. Grande suprimento de energia, com baixa pressão.
Chuvas regulares e abundantes (330 cm/ano). Floresta luxuriante e de crescimento rápido. Nítida estratificação em andares (microclimas), vertical:
HÁBITAT - Lugar onde vive uma espécie.
HALÓFITA - Planta que vive em solo salgado.
HELIÓFILO - Planta de sol.
HIGRÓFILOS - Organismos que só podem viver em meios muito úmido, freqüentemente saturados ou próximos da saturação.
LATIFOLIADA - é um tipo de vegetação que apresenta folhas largas e grandes. É o tipo de vegetação predominante na Floresta Tropical.
LÍQUEN - Associação mutualística entre alga e fungo.
MESÓFILOS - Organismos que têm moderadas necessidades de água ou de umidade atmosférica e suportam as alternâncias das estações seca e úmida.
XERÓFILAS - Espécies que vivem em meios secos, onde é acentuado o déficit de água, tanto no ar, quanto no solo.
XERÓFITA - Planta que se desenvolve em região árida.

domingo, 15 de junho de 2008

Bacias Hidrográficas do Brasil

Principais Bacias Hidrográficas do Brasil:

Bacia Amazônica - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo que 3.904.392,8 km² estão em terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas), nasce no Perú com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extensão (após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do mundo em vazão de água. Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante. A Bacia Amazônica está localizada em uma região de planície e tem cerca de 23 mil km de rios navegáveis, que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes do Rio Amazonas, como o Madeira, o Xingú, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jari. Em 1997 é inaugurada a na bacia, a Hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho até Itacoatiara, no Amazonas. Possui 1.056km de extensão e por lá é feito o escoamento da maior parte da produção de grãos e minérios da região.

Bacia do São Francisco - Possui uma área de 645.067,2 km² de extensão e o seu principal rio é o São Francisco, com 3.160 km de extensão. É o maior rio totalmente brasileiro e percorre 5 estados (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Além disso é fundamental na economia da região que percorre, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições para a irrigação artificial de áreas mais distantes, muitas delas semi-áridas. Os principais afluentes perenes são os rios Cariranha, Pardo, Grande e das Velhas. Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) com 1.371km de extensão. O potencial hidrelétrico do rio é aproveitado principalmente pelas grandes usinas de Xingó e Paulo Afonso.

Bacia do Tocantins-Araguaia - É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 km². Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.00 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo. O Rio Araguaia nasce em Goiás, próximo a cidade de Mineiros e ao Parque Nacional das Emas e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins. A construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, tem sido questionada pelas ONGs (Organizações Não-Governamentais) em razão dos impactos ambientais que ela pode provocar, cortando dez (10) áreas de preservação ambiental e 35 (trinta e cinco) áreas indígenas, afetando uma população de 10 mil índios.

Bacia do Prata - O Rio da Prata tem origem no encontro dos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina e Uruguai. Esses quatro rios são os principais formadores dessa bacia, de 1.397.905,5 km² - a segunda maior do país - e se estende entre Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina.

O Rio Paraná com 2.940 km nasce na junção dos rios Paranaíba e Grande, na divisa de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando por exemplo, a Usina de Itaipu. Em 1999 foi inaugurada no Rio Paraná, a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera - a segunda maior do Estado de São Paulo. Os afluentes do Paraná (Tietê e Paranapanema, tem grande potencial para geração de energia. Com relação às hidrovias, a Tietê-Paraná, é a mais antiga do país, atualmente com 2.400km de extensão.

O rio Uruguai forma-se pela junção dos rios Canoas e Pelotas, na divisa entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seus formadores têm suas nascentes na Serra Geral em cotas aproximadas de 1.800m e apresenta uma direção geral leste-oeste, até receber, pela margem direita, o rio Peperi-Guaçu, quando começa a infletir para sudoeste, servindo de fronteira entre o Brasil e Argentina, até receber o rio Quaraí, afluente da margem esquerda que atua como fronteira entre o Brasil e o Uruguai. A partir da desembocadura do Quaraí, o Uruguai segue para o sul até a localidade de Nueva Palmira, onde lança suas águas no rio da Prata. Seu percurso total é de 1.770Km da junção de seus formadores até a foz do Quaraí perfaz 1.262Km. Os restantes 508Km correm entre terras uruguaias e argentinas. Seu desnível total é de (24cm/km). O rio Uruguai pode ser considerado, fisicamente:
Superior - Da junção dos rios Pelotas e Canoas, até a foz do Piratini, com uma extensão de 816Km e um desnível de (43cm/km).
Médio - Da foz do Piratini à cidade de Salto, no Uruguai, com uma extensão de 606Km e um desnível de(9cm/km).
Inferior- Da cidade de Salto à Nueva Palmira, um percurso de 348Km com desnível de(3cm/km).
A navegação do rio Uruguai só apresenta expressão econômica em seu trecho inferior, onde o rio é percorrido por navios de cabotagem, da foz a Concepción, na Argentina. Acima desse local, a navegação é mais difícil, podendo ser feita por pequenas embarcações até a cidade de Salto, no Uruguai. Acima de Salto a navegação é dificultada pela existência de rápidos e corredeiras, agravando-se a situação em direção a montante. Têm-se efetuado a navegação, por embarcações de pequeno porte, nos 210Km entre São Borja e Uruguaiana.Em Julho de 2000, o Rio Iguaçu - que pertence a essa bacia -, é cenário de um dos maiores desastres ecológicos da história do país: cerca de 4 milhões de litros de óleo, vazam da refinaria Presidente Getúlio Vargas da Petrobrás, e formam uma mancha de quase 20km de extensão no rio, afetando o equilíbrio ecológico da região.

Bacia do Atlântico Sul - É composta de várias pequenas e médias bacias costeiras, formadas por rios que desagüam no Oceano Atlântico. O trecho norte-nordeste engloba rios localizados no norte da bacia amazônica e aqueles situados entre a foz do rio Tocantins e a do rio São Francisco. Entre eles, está o Rio Parnaíba, na divisa entre o Piauí e o Maranhão, que forma o único delta oceânico das Américas. Entre a foz do rio São Francisco e a divisa do Rio de Janeiro e São Paulo estão as bacias do trecho leste, no qual se destaca o rio Paraíba do Sul. A partir dessa área começam as bacias do sudeste-sul. Seu rio mais importante é o Itajaí, no estado de Santa Catarina.

Diversidade climática do território brasileiro

Em conseqüência de fatores variados, a diversidade climática do território brasileiro é muito grande. Dentre eles, destaca-se a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente tanto na temperatura quanto na pluviosidade, provocando as diferenciações climáticas regionais. As massas de ar que interferem mais diretamente na distribuição do clima brasileiro são a equatorial continental (mEc), equatorial atlântica (mEa), a tropical continental (mTc), tropical atlântica (mTa) e a polar atlântica (mPa).

O Clima Equatorial Úmido é denominado pela atuação da massa Equatorial continental durante todo o ano, o que produz um clima quente e chuvoso caracterizado pela pequena amplitude térmica. As chuvas são resultado da convecção (ascensão vertical do ar e conseqüente condensação) da umidade, que provoca precipitações consideráveis em todos os meses, com médias anuais superiores a 2.000 mm.

O Clima Litorâneo Úmido, dominado principalmente pela atuação da massa Tropical atlântica, é quente e chuvoso. A pluviosidade média anual varia entre 1.500 a 2.000 mm.
No verão, a massa Tropical atlântica avança sobre as regiões costeiras. O encontro dessa massa com as escarpas planálticas (Serra da Borborema, Chapada Diamantina, Serra do Mar e Serra da Mantiqueira) provoca um fenômeno conhecido como chuvas orográficas ou de relevo: ao encontrar uma barreira, o ar úmido se eleva e o vapor d'água condensa. O resultado é a elevada precipitação registrada nessas regiões.

O Clima Tropical caracteriza-se por apresentar invernos secos e verões chuvosos. A pluviosidade média anual situa-se em torno dos 1.500 mm. No verão, ele é dominado pela massa Equatorial continental e pela massa Tropical atlântica. O calor do continente aquece as bases dessas massas de ar, provocando um movimento ascencional da atmosfera e favorecendo a instabilidade e a ocorrência de pancadas de chuvas (convectivas).
No inverno, a massa Equatorial recua, limitando a sua esfera de influência à Amazônia. A massa Polar atlântica avança e se divide em dois ramos. O primeiro deles penetra pelo Pantanal em território brasileiro causando ondas de frio no Centro-Oeste e, as vezes se estende até o norte provocando a "friagem". O segundo avança pela calha do Rio Paraná, provocando geadas ocasionais no Estado de São Paulo. O avanço da massa de ar polar provoca um fenômeno conhecido como frente fria: o ar frio desloca a massa Tropical atlântica e permanece estacionário, causando declínios acentuados na temperatura. O encontro de duas massas de ar diferentes provoca as chuvas frontais.
Os planaltos e serras do sudeste costumam apresentar médias térmicas menores que o conjunto da área abrangida pelo Clima Tropical devido a altitude. Muitos autores utilizam o termo Tropical de Altitude para designar o clima dessa região.

O Clima Tropical Semi-Árido abrange a área do Sertão nordestino. Essa área funciona como um centro dispersor de massas de ar, apresentando menores médias pluviométricas que as vigentes no resto do país. As chuvas não ultrapassam a barreira dos 750 mm/ano e apresentam-se irregularmente distribuídas.
No verão ocorre a penetração da massa Equatorial continental, que já perdeu grande parte da umidade. Devido às chuvas resultantes da atuação da massa Equatorial, os habitantes da região chamam essa estação de "inverno". No inverno de verdade, ocorre o avanço da massa Tropical atlântica, estável, pois já perdeu muito de sua umidade nas áreas serranas próximas ao litoral. A famosa seca ocorre quando nenhuma dessas massas de ar traz chuvas durante período longos, de um ano ou mais.

O Clima Subtropical Úmido é dominado pela massa Tropical atlântica, mas está sujeito à penetração da massa Polar atlântica, principalmente no inverno. Apresenta as maiores amplitudes térmicas entre os climas brasileiros: os verões são quentes e os invernos são frios. A média pluviométrica é elevada (aproximadamente 1.500 mm) não havendo estação seca. No verão a massa Tropical atlântica provoca chuvas devido ao aquecimento do continente. No inverno, ocorre o avanço da massa Polar atlântica. O encontro dessas massas de ar diferentes provoca chuvas frontais. Depois das chuvas, a massa Polar permanece estacionária e ocasiona ondas de frio de intensidade e duração variáveis. É quando ocorrem as geadas e, em algumas regiões, a queda de neve em algumas cidades do Sul do Brasil.

PRINCIPAIS PAISAGENS VEGETAIS DO BRASIL

FLORESTA AMAZÔNICA

- atinge terras de quase todos os países da América do Sul, exceto Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.
- clima equatorial: Amazônia.
- heterogênea, perene densa, higrófila e latifoliada.
- estratificada em 3 níveis: mata de igapó (sempre inundada), mata de várzea (inundada periodicamente) e mata de terra firme (livre das inundações).
- extração vegetal, animal e mineral, agricultura e pecuária.
- denominações: inferno verde (Rangel), Hiléia Brasileira (Humboldt), floresta pluvial e floresta equatorial.

MATA ATLÃNTICA E FLORESTA TROPICAL
- Mata Atlântica: devastada desde o período colonial (extração vegetal, agropecuária e cidades). Antigamente estendia-se do RN até o RS, atualmente ainda pode ser observada no Norte do ES, sul da BA e Serra do Mar (SP-RJ). Sua existência está ligada ao relevo e a umidade (clima da região.
- Mata tropical do Interior: encontra-se na parte interior do planalto Atlântico, penetrando mais para os estados de SP e PR. Encontra-se praticamente devastada, principalmente nas áreas de solo de terra roxa (café).

MATA DE ARAUCÁRIA
- No planalto meridional, em área de clima subtropical. É uma floresta fóssil, relíquia de um antigo clima frio que imperou anos atrás no sul do Brasil. É bastante homogênea e aberta, apresentando como espécie predominante o Pinheiro (conífera), que possui folhas aciculifoliadas. É a mais explorada economicamente do Brasil, estando próximo aos grandes centros consumidores que tenho madeira mole (celulose e papel). Nas áreas de reflorestamento dessa paisagem se tem preferido o pinus elliotti em relação ao pinheiro, pois o pinus elliotti cresce com maior rapidez.

MATA DOS COCAIS

- Principalmente na área do Meio-Norte (MA e PI).
É uma paisagem muito explorada na extração vegetal, principalmente do Babaçu e Carnaúba. É considerada uma mata de transição entre a floresta amazônica (oeste-clima equatorial), o cerrado (sul-clima tropical semi-úmido) e a caatinga (leste-clima semi-árido).

CERRADO

-No planalto central, principalmente na região centro-Oeste, em área de clima tropical semi-úmido.
-Associação vegetal constituída por árvores – arbustos – herbáceas.
-Solos ácidos. Correção: método da calagem – adição de calcário ao solo p/a perda da acidez.
-Tradicionalmente, ocupado pela pecuária extensiva e mais recentemente pela agricultura.
-Apresentam raízes longas.


CAATINGA

- É a vegetação que caracteriza o Sertão nordestino ou Nordeste semi-árido, área de chuvas escassas e irregularmente distribuídas. Como características da caatinga temos:
- é uma vegetação heterogênea que se apresenta ora como moitas isoladas, ora como matas fechadas;
- é constituída de árvores e arbustos que perdem as folhas na estação seca e arbustos espinhentos (as cactáceas);
- é uma vegetação do tipo xerófila (de ambiente seco);
- apresenta arbustos associados às cactáceas e bromeliáceas;
- árvore e arbustos – angico, juazeiro, umbuzeiro, caroá, oiticica, marmeleiro, aroeira, etc.

PANTANAL
- No pantanal Mato-Grossense (MT e MS), em área de clima tropical semi-úmido.
-Tem uma grande variedade vegetal, estando estratificada com árvores, arbustos e herbáceas.
-Sofre inundações temporárias, provocadas pelas cheias dos rios Paraguai e seus afluentes.
Ocupação econômica do espaço: pecuária extensiva e extração vegetal (Poaia, Quebracho, Angico, etc)


CAMPOS
- Aparecem em várias áreas do Brasil, sendo que o destaque maior é dado para o sul do Rio Grande do Sul.
- Formações Herbáceas (Gramíneas)
- Pecuária extensiva
- Podem ser: limpos (só gramíneas) e sujos (gramíneas e arbustos)
Ex: Campanha gaúcha (RS), Pantanal (MT – MS), Baixada Maranhense, Ilha de Marajó (PA) etc.

VEG. LITORÃNEA
- Vegetação das praias, dunas e restingas: em litorais arenosos. Características: formadas por arbustos e herbáceas; halófilos e psamófilas (ambiente arenoso).
-Mangues: em litorais alagados que sofrem influência das marés, principalmente no AP – PA – MA. Características: Halófilos, Higrófilos, Raízes aéreas e Pneumatóforas (Respiratórias), raízes escoras e salino processo de exudação.

sábado, 7 de junho de 2008

Encontrei essa no blog de Luis Cardoso:

Encontrei essa no blog de Luis Cardoso:

Se você costuma freqüentar restaurantes chiques de grandes cidades brasileiras, já deve ter notado: não há sobre as toalhas das mesas cotovelos negros. A clientela negra é escassa, muito escassa, quase inexistente.

Quando for de novo a uma casa de repasto elegante, experimente fixar os olhos no plantel de garçons. Ganha uma refeição grátis quem conseguir divisar um empregado de cútis escura. Não há.

Estendendo-se a pesquisa visual às batidas policiais, a coisa muda de figura. Nesse tipo de diligência, aí sim, os negros são encontradiços.

Na hora de exigir a exibição de documentos, os policiais, mesmo os de cor achocolatada, costumam dar preferência aos patrícios de tez escura. Por vezes, humilham-nos.

Não é à toa que vigora no Brasil, país da mestiçagem, uma certa bagunça étnica. Há pretos que se consideram mulatos. Há mulatos que se proclamam brancos. E há brancos que juram não carregar nas veias nenhuma gota de sangue africano.

Pois bem. A situação parece estar mudando. Quem informa é o Ipea. O instituto de pesquisa que pende do organograma da presidência da República divulgou, na semana passada, um estudo alvissareiro.

Revela o seguinte: ainda em 2008, a quantidade de brasileiros negros vai superar a de patrícios brancos. Mais: até o ano da graça de 2010, os negros serão maioria absoluta no Brasil.

O estudo do Ipea escora-se em dados extraídos da Pnad, a pesquisa nacional de domicílios. É feita pelo IBGE. O instituto subdivide os brasileiros em cinco matizes: “pretos”, “pardos”, “brancos”, “amarelos” e “indígenas”.

Eis a grande notícia: cresce o número de entrevistados do IBGE que enxergam o “preto” e o “pardo” ao olhar no espelho. “As pessoas, hoje, estão se reconhecendo mais como negros”, festeja Mário Theodoro, diretor de Cooperação e Desenvolvimento do Ipea.

Em 1976, a Pnad contabilizara o pedaço retinto da sociedade brasileira em 40,1%. Os cidadãos que se declaravam brancos representavam, então, 57,2%. Decorridas três décadas, os negros (pretos + pardos) são 49,5%. Os brancos, 49,7%.

A ultrapassagem, calcula o Ipea, virá até o final do ano. A supremacia negra chega em dois anos e meio: “Se as tendências de fecundidade continuarem como nos últimos anos, a partir de 2010 o Brasil será um país de maioria absoluta de negros”, diz Mário Theodoro.

Chega-se, então, à má notícia embutida no trabalho do Ipea: a média salarial dos negros brasileiros representa 53% dos vencimentos dos brancos. Neste caso, não há ultrapassagem no horizonte.

Mantido o ritmo atual, o Ipea estima que a equiparação da renda de negros e brancos não chegará tão cedo. É coisa para 2040. Repetindo: os negros só terão contracheques equiparáveis aos dos brancos daqui a 32 anos.

Diz-se que, no Brasil, vigora a “democracia racial”. Bobagem. As estatísticas provam o contrário. A brancura que viceja nos restaurantes chiques e o negrume das batidas policiais também demonstram o inverso.

O racismo brasileiro, por cordial, é uma fratura que, embora exposta, as pessoas se negam a enxergar. Nega-se o que é inegável. Ao começar a se reconhecer como negra, a sociedade dá um primeiro passo para mudar a posição do quadro.

Difícil adotar políticas públicas de promoção dos negros sem saber quem é negro. Corre-se, porém, o risco de enveredar por trilhas simplificadoras.

Por exemplo: os líderes partidários decidiram levar a voto, nos próximos dias, projetos que criam cotas para negros e índios nas universidades federais. Erro. É certo que o filho da família abastada, está a um passo do banco universitário. É certo também que, no Brasil, há mais brancos bem-nascidos do que negros.

Mas a idéia de colorir a política de cotas, além de desmerecer o mérito do estudante, impõe uma espécie de racismo às avessas. Parece mais razoável combater o privilégio no acesso às universidades fixando cotas por renda.

Ou, melhor ainda, o ideal é fixar cotas para estudantes provenientes de escolas públicas –sejam eles pretos, pardos, brancos, amarelos, vermelhos, azuis…

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Thales Ferri Schoedl deve perder o cargo

MP de SP diz que ainda não foi notificado sobre decisão contra promotor
Conselho decidiu que Thales Ferri Schoedl deve perder o cargo.
Ele é acusado de matar estudante em Bertioga, no litoral de SP.

DO G1, de São Paulo:

A Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo informou na tarde desta segunda-feira (2), por meio de nota, que ainda não foi notificada sobre a decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o promotor Thales Ferri Schoedl. Por isso, "não tem conhecimento de seu inteiro teor". O conselho decidiu que Schoedl - acusado de matar um estudante e ferir outro no dia 30 de dezembro de 2004, em Bertioga (SP) - deve perder o cargo.

Na nota, o Ministério Público esclarece que a decisão ainda pode ser impugnada. “O cumprimento da decisão daquele órgão depende do trânsito em julgado, vez que o resultado da sessão desta segunda-feira (2) do CNMP ainda é passível de impugnação judicial, especialmente pelo promotor interessado.”



A decisão do CNMP ocorreu por 9 votos contra 3. A maioria dos conselheiros entendeu que o promotor não preencheu os requisitos necessários para ter direito ao cargo vitalício, em que uma demissão só pode ocorrer depois de sentença judicial em que não cabe mais recurso. Com isso, o Ministério Público de São Paulo deve exonerá-lo.

A decisão não tem validade automática, pois o promotor ainda poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, ele continuará apenas afastado do cargo. Se for exonerado, será julgado pelo Tribunal do Júri de Bertioga e não pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pois perderá o foro privilegiado pelo cargo que ocupa.

O CNMP é o órgão responsável pelo controle externo do Ministério Público. Em setembro de 2007, o conselho já tinha afastado o promotor em caráter provisório. Na ocasião, suspendeu decisão do Órgão Especial do MP de São Paulo, que determinara a reintegração de Thales Ferri por entender que ele teria direito ao cargo vitalício.

Retomada no fim de maio, a discussão foi interrompida porque quatro conselheiros pediram vista para analisar melhor o caso. Nesta segunda, o julgamento foi concluído.



O caso

Em 30 de dezembro de 2004, o promotor saiu de uma festa na Riviera de São Lourenço acompanhado da namorada, Mariana Ozores Bartoletti, quando passou por quatro jovens, entre eles as duas vítimas. Segundo o promotor alegou na época, um dos jovens teria mexido com sua namorada.

Uma discussão começou e o promotor teria sacado uma pistola Taurus, calibre 380, e disparado contra o grupo. Atingido, Diego Mendes Modanez morreu. Também baleado, Felipe Siqueira Cunha de Souza sobreviveu. A defesa do promotor alega que ele disparou em legítima defesa, por se sentir acuado pelos jovens que o provocavam.



Lágrimas

Familiares do jovem que morreu comemoraram a decisão. “Espero que agora ele vá à júri popular. É o que ele merece, tirou a vida do meu filho de 20 anos. A Justiça começou a ser feita”, disse, muito emocionada, a mãe de Diego, Sonia Mendes Ferreira Modanez, que afirmou estar de “alma lavada” com o posicionamento do conselho.

Apreensivo, o promotor acompanhou toda a sessão, que durou 3 horas e meia. Mas deixou o local sem falar com a imprensa.



Votos

Os conselheiros Alberto Cascais, Osmar Machado, Cláudio Barros, Sandro Neis, Nicolau Dino, Raimundo Nonato, Fernando Quadros e Ivana Auxiliadora votaram contra a manutenção do cargo vitalício. O conselheiro Sérgio Couto juntou-se ao grupo e mudou o seu voto nesta segunda. No fim de maio, ele tinha votado pelo vitaliciamento do promotor.

O relator do caso, Ernando Uchoa Lima, já tinha se posicionado pela manutenção do cargo vitalício em maio. Na ocasião, ele votou pelo arquivamento do caso. “Nada justifica o não-vitaliciamento. A conduta funcional foi considerada boa pela corregedoria. Além disso, ele agiu em legítima defesa. Foi perseguido, havia uma ameaça de agressão física. É o exemplo clássico de legítima defesa”, disse o relator.

Em uma terceira linha de pensamento, os conselheiros Diaulas Ribeiro e Paulo Barata defenderam nesta segunda a suspensão do julgamento no CNMP até que haja decisão do Poder Judiciário. Thales Ferri Schoedl ainda não foi julgado criminalmente.

Cláudio Barros salientou que o promotor “não possui o perfil condizente ao cargo”, afirmando que ele tinha o hábito de andar armado. “O dr. Thales não soube, com quase um ano e três meses de atividade, dizer a que veio”, sustentou o conselheiro.

“Quando se afrouxam as defesas morais, abrem-se sulcos aos desvios. Não basta o promotor de justiça parecer honesto, há que se provar no dia-a-dia”, complementou”.

Para ele, Thales Ferri Schoedl agiu “com intuito de falsear a verdade”, pois, sustentou o conselheiro, assinou documentos com data adulterada e não compareceu ao trabalho na data em que o crime ocorreu. “Enquanto constava que ele estava trabalhando, encontrava-se preso em flagrante”, disse Barros.

“A conduta [de Thales Ferri Schoedl] foi bem aquém do que se espera de um promotor de Justiça”, disse, ressaltando que o promotor foi armado a uma “balada”, afirmou o conselheiro Osmar Machado.

“Exige-se dos membros do Ministério Público mais retidão que do homem comum”, declarou o conselheiro Sandro Neis.

Justiça de SC condena pastor a 36 anos por abuso sexual de jovens

Justiça de SC condena pastor a 36 anos por abuso sexual de jovens
Ele ameaçava expulsar da igreja os jovens que resistissem ao assédio.
A defesa poderá recorrer da decisão.

Notícia do Globo.com

Um pastor foi condenado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ) a 36 anos de prisão por abusar sexualmente de sete jovens. Cabe recurso.

Segundo as investigações, o pastor exibia vídeos pornográficos para os jovens e ameaçava expulsá-los do grupo da igreja caso resistissem ao assédio.

O pastor já havia sido condenado a 19 anos e seis meses em um julgamento anterior, mas o réu e o Ministério Público (MP), que requeria o aumento da pena, recorreram da sentença. Por unanimidade, a 3ª Câmara decidiu pela apelação do MP, aumentando a pena em 16 anos e seis meses.