Deus é maior!!!!!!!!!!!!!!

Junior é professor de geografia, Geógrafo, maranhense, católico, flamenguista, motense, amante da velocidade. Guia das Oficinas de Oração e Vida para jovens e um brasileiro que nunca desiste .

quarta-feira, 4 de março de 2009

GEOGRAFIA: Origem, Divisão, Tendências, Princípios, O Universo e os corpos celestes.

1 A GEOGRAFIA
A ciência geográfica, de hoje, é uma forma de compreender o mundo em que vivemos. Seu campo de estudo diz respeito ao espaço da sociedade humana, sobre o qual homens e mulheres produzem modificações e reconstroem permanentemente.

A geografia pode ser conceituada de várias maneiras:
É a ciência que estuda a distribuição dos fenômenos físicos, humanos e biológicos sobre a superfície da terra, as causas desta distribuição e as relações locais de tais fenômenos .
A ciência que estuda a natureza do meio ambiente físico e humano.

Classifica-se em geral:

Geografia física: abrange o ambiente físico da terra (Atmosfera, Biosfera, Hidrosfera e Litosfera).
Geografia Humana: estuda as pessoas e suas atividades.
Na análise ecológica aborda-se a interação entre os elementos humanos e geofísicos.

2 A EVOLUÇÃO DA GEOGRAFIA

A geografia inicia-se com a necessidade do homem compreender o mundo. A humanidade sempre se intrigou, questionou e tentou entender o que acontecia à sua volta.

 O habito nômade: permitiu um maior conhecimento das populações da superfície do planeta.
 Os povos antigos (Fenícios, Gregos, Assírios, Egípcios): eram comerciantes e navegadores,
 O grego Erastóstenes, com a obra tratado geral da geografia.
 Estrabão (63 a.C.-25 d.C) escrevem Geographica e em 17 volumes.
 Aristóteles (384 a.C.): concebem a terra como uma esfera.
 Hiparco (190 a.C.-125 a.C.): Criou o sistema de coordenadas geográficas.
 Ptolomeu (10d.C.-178 d.C), propôs, em sua obra Almagesti, o sistema geocêntrico.

A partir da idade média a geografia perde força, pois tudo era explicado pela religião. A geografia quase desapareceu.

A partir do século, impulsionada por objetivos militares a geografia se desenvolveu no mundo Árabe (juntamente com Astronomia, Matemática e Geometria). Nesta época podemos citar:

 Al-Idrigi (1100-1166) - elaborou o sistema de classificação climática.
 Ibn Batuta (1304-1368) – descobriu que as terras quentes eram habitáveis.

A partir do século XVI, com a formação de novas colônias e como impulso do comércio colonial os europeus passaram a substituir as expedições colonizadoras por expedições científicas faziam parte destas viagens.

A partir do século XIX, a geografia começa a se estruturar como ciência, com Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859) a partir de um método de análise e o estabelecimento das relações entre os fenômenos que ocorrem nas diversas paisagens do globo. Ainda no século XIX é reconhecida oficialmente como ciência e passa a ser ensinada nas escolas.

3 TENDÊNCIAS

a) Positivistas: desenvolvida por Augusto Comte, afirmava que a ciência deveria deixar de especular a origem dos fenômenos e apoiar-se na observação, experimentação e comparação dos resultados, procurando a causa dos fenômenos e formulando as leis.
b) Determinismo Geográfico: Sustentava que as condições ambientais, em especial o clima, são capazes de influenciar o desenvolvimento intelectual e cultural das pessoas.
c) Possibilismo: Afirmava que as pessoas poderiam atuar no meio, modificando-o e determinando sem desenvolvimento.

4 PRINCÍPIOS GEOGRÁFICOS

a) Extensão: Formulado por Friedrich Ratzel (pai da geografia humana): é preciso delimitar o fato a ser estudo, localizando-o na superfície terrestre.
b) Analogia: Exposto por Karl Ritter (e também Paul Vidal de la Blache): deve comparar o fato na área estudada com outros fatos ou áreas da superfície terrestre, retirando dessa observação as diferenças e semelhanças.
c) Atividade: Apresentado por Jean Brunhes: os fatos geográficos tem um caráter dinâmico e imutável - conhecer o passado para compreender o presente e prever sua evolução.
d) Causalidade: Formulado por Alexandre Von Humboldt - explica: deve-se buscar as causas e examinar as conseqüências dos fatos observados(explica os porquês dos fenômenos).
e) Conexidade (ou Interação): Os fatos geográficos não estão isolados existe uma estreita relação entre eles, devendo ser observadas essas ligações.

5 - A ORIGEM DO UNIVERSO

O universo é formado por diversos elementos e diferentes formas de energia.

A origem do universo ainda não está solucionada. A hipótese mais aceita é a do Big Bang ou grande explosão. Ela admite que toda a matéria existente hoje no universo encontra-se concentrada no chamado átomo original. A expansão do átomo provocou a explosão do átomo. As partículas que, no instante seguinte ao da explosão, estavam em equilíbrio começaram a se juntar, formando os elementos mais leves, hidrogênio e hélio. A recombinação de gases originou elementos mais pesados e aglomerados de matéria. As aglomerações de matérias origina as galáxias e os corpos celestes existentes hoje.
O universo é infinito e constituído por bilhões de galáxias, asteróides, cometas, estrelas, meteoritos, meteoros, planetas, satélites, gases e poeira.
Entre as galáxias existentes destaca-se a via-láctea (do latim “Caminho de leite”). A terra está localizada no sistema solar, que é formado por planetas, satélites, inúmeros corpos celestes, inclusive a lua.

O sol é a estrela principal do sistema. É uma estrela amarela de 5a plenitude, adulta, cujas temperaturas chegam a 6.000ºC. Todos os planetas gravitam ao seu redor.

A terra é o terceiro planeta do sistema solar, e recebe luz e calor do sol.

6 - CORPOS CELESTES:

Os astros podem ser luminosos e iluminados.

Os corpos que possuem luz própria chamamos luminosos. Exemplo: estrelas, nebulosas.

Aqueles que não possuem luz própria são denominados de Iluminados.
Exemplo: planetas, satélites, asteróides

GALÁXIAS: São grandes grupos de astros. Possuem tamanho variado, milhares de estrelas, planetas, nebulosas, etc.

A mais importante para nós é a Via-láctea, que possuí 100.000 anos luz de diâmetro.

ESTRELAS: São corpos gasosos de luz própria.

CORES TEMPERATURA IDADES EXEMPLOS
AZUL 25.000 ºC JOVEM SÍRIUS
BRANCA 11.000 ºC JOVEM ESPIGA
AMARELA 6.000 ºC ADULTA SOL
LARANJA 4.000 ºC VELHA ARCTURO
VERMELHA 3.000 ºC VELHA BETELGUESE

CONSTELAÇÕES: São agrupamentos aparentes de estrelas. Podem ser:

a) Boreais: Situadas no hemisfério celeste norte e vista somente pelo observador do hemisfério norte. Ex.: Ursa maior, Ursa menor, Lira, Cão Menor.
b) Zodiacais: Situados no zodíaco, faixa que acompanha o equador e vista da zona equatorial. Exemplo: peixes, Câncer, Gêmeos, Etc.
c) Austrais: Situadas no hemisfério celeste sul e vista do hemisfério sul da terra. Exemplo: Cruzeiro do Sul, Tucano, Peixe Astral, Cão Maior, navio, Etc.

NEBULOSAS: São grandes concentrações de gases e poeira cósmicas. Sua composição é semelhante á uma estrela, predominando o hidrogênio.

COMETAS: São pequenos corpos celestes que se movimentam ao redor do Sol, em órbita elíptica. Possuem as seguintes partes:
 Núcleo: Formado por material sólido.
 Coma ou Cabeleira: Constituído por gases que envolvem o núcleo.
 Cauda: Visível do lado oposto do sol, é constituída por gases.
Exemplos: Halley (de 76 a 76 anos).
Halle Bopp (de 4.000 a 4.000 anos).

ASTERÓIDES: também conhecidos por planetóides. Possui formato irregular e são menores que os planetas. Ex: Ceres, Eros, Juno, Palas, Hermes, etc.

METEORÓIDES, METEOROS E METEORITOS: São pequenos astros que giram ao redor do Sol. Ao entrarem na atmosfera terrestre se desgastam e se aquecem, causando o fenômeno chamado meteoro, conhecido com estrela cadente. Quando caem na superfície sem se desgastar completamente são chamados de meteoritos.

PLANETAS: São astros opacos (somente refletem luz estrelar) que gravitam em torno do Sol.

 Mercúrio: é o mais próximo do Sol. Está distante 58 milhões de km do Sol.
 Vênus: é o mais próximo da Terra. Pode ser visto ao amanhecer ou ao anoitecer. Possui temperaturas de 350ºC.
 Terra: é o único planeta habitado do Sistema Solar. Está distante 150 milhões de km do Sol. Possui um satélite (Lua).
 Marte: é o quarto planeta na ordem de afastamento do Sol. Possui dois satélites (Fobos e Deimos). Está 225 milhões de km distante do Sol.
 Júpiter: distante 778 milhões de km do Sol, é o maior planeta do Sistema Solar. Seus principais satélites são o Calisto, Ganimedes e Europa.
 Saturno: possui vários anéis concêntricos formados por fragmentos de gelo e poeira cósmica. Possui vários satélites (Janus, Titãs,...) Está distante 1.420 milhões de km do Sol.
 Urano: distante do Sol 2.870 milhões de km do Sol. Possui vários anéis e satélites.
 Netuno:A seguir à Terra é o planeta mais azul do sistema solar; Possui uma mancha escura que resulta de enormes tempestades; Possui um fraco sistema de anéis constituído por grãos de areia. Possui 8 satélites naturais, como Tritão (o maior), Nereida, Proteu, Galatéia, etc.).
 Plutão: é o mais externo e menor dos planetas. Possui um único satélite (Caronte). Está a 5.900 milhões de km do Sol.

MEDIDAS ASTRONÔMICAS:

U.A. (Unidade Astronômica): é a distância média entre o Sol e a Terra, ou seja, 150.000.000km.
Ano-luz: é a distância que a luz percorre, durante um ano, com a velocidade de 300.000km/s. Um ano luz equivale a 9.460.000.000.000 de km.

LUA: é o único satélite natural da Terra. Encontra-se distante cerca de 384.400km da Terra. A maior distância Terra-Lua (421.700km) é denominada Apogeu e a menor (353.700km) de Perigeu. Movimentos da Lua:

 Rotação: em torno do seu eixo imaginário, com duração de 27 dias, 7 horas e 43 minutos.
 Revolução: em torno da Terra – dura 27 dias, 4 horas e 43 minutos.
 Translação: em torno do Sol, dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos.
 Liberação: é o balanceamento do eixo lunar devido a atração da Terra.
 Marcha pelo Espaço: acompanha o Sol em seu deslocamento, com todos os astros.

Fases da Lua: A cada 7 dias a Lua ocupa posição diferente em relação ao sol e a Terra.

o 1ª Fase: Lua Nova ou Novilúnio – Posição: Conjunção.

É quando a Lua está entre o Sol e a Terra (o lado que a Lua está voltada para a Terra fica escuro).

o 2ª Fase: Quarto Crescente – Posição: 1º Quadratura.

A Lua está em quadratura, isto é, forma um ângulo reto em relação à Terra e ao Sol.

o 3ª Fase: Lua Cheia ou Plenilúnio – Posição: Oposição.

A Lua encontra-se em oposição, isto é, Sol-Terra-Lua apresentando para a Terra a face iluminada da Lua.

o 4ª Fase: Lua Minguante – Posição: 2º Quadratura.

A Lua forma, novamente, um ângulo reto em relação à Terra e ao Sol.

Eclipse: São fenômenos que decorrem do alinhamento dos três astros.

Eclipse Solar: Ocorre quando o alinhamento é Sol-Lua-Terra. Ocorre durante a Lua Nova.
Eclipse Lunar: Ocorre quando a seqüência é Sol-Terra-Lua. Ocorre durante a Lua Cheia.


A TERRA
Dados físicos:

 Diâmetro Equatorial: 12756km
 Diâmetro Polar: 12.713km
 Circunferência Equatorial: 40.076km
 Circunferência Polar: 40.009km
 Superfície: 511.186.000km2
 Volume: 1.086.781.000.000km2
 Peso: 6 sextrilhões de toneladas.

MOVIMENTOS DA TERRA

Com sua forma ligeiramente esférica, ou seja, um pouco achatada nos pólos e abaulada no Equador , a Terra executa , entre outros, dois movimentos de grande importância: rotação e translação.

 Movimento de Rotação

É o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma ou de um eixo imaginário que passa pelo seus pólos. A duração desse movimento é de 24 horas, ou mais precisamente, de23 horas, 56 minutos e 4 segundos, e sua velocidade é de 1.666 km/h na altura no Equador. Nos pólos a velocidade é nula.
Apesar disso e da própria sucessão dos dias e das noites, temos a impressão, no entanto, de que a terra está parada e que o sol está girando ao redor dela. Na realidade, porém, a Terra está em movimento e girando sobre si mesma diante do sol, o que possibilita a ocorrência dos dias e das noites.
De fato, o sol não poderia mesmo girar ao redor da Terra, pois, se assim fosse, estaria contrariando a conhecida Lei de Newton, segundo a qual “os corpos se atraem direta de suas massas...”. Ora , se a massa do sol é de 330 mil vezes maior que a massa da Terra, ele jamais poderia girar ao redor dela. Assim, o “movimento” ou trajetória” diária do Sol (nasce a leste e se põe a oeste) é apenas aparente.
A importância e as conseqüências da rotação terrestre são:

• A sucessão dos dias e das noites e a conseqüente influencia na organização da vida ou do dia-a-dia das pessoas (jornada de trabalho, negócios etc.).
• Ela interfere na circulação atmosférica na circulação atmosférica e no movimento das correntes marítimas.
• Com base na rotação terrestre foram criados as horas e os fusos horários, de grande importância na organização da vida e das atividades humanas.
• O achatamento dos pólos e dilatação da região equatorial.

 MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
É o movimento que a Terra (bem como os demais planetas) executa ao redor do sol. A trajetória (caminho) percorrida chama-se órbita e tem forma ligeiramente oval, ou seja, elíptica.
Essa órbita mede de 930 milhões de quilômetros e é percorrida pela Terra em 365 dias e 6 horas (ou, mais precisamente 365 dias, e 5 horas, 48 minutos e 48 segundos), a uma velocidade média de 29.9 km/s.
Enquanto a principal conseqüência do movimento de rotação é a sucessão dos dias e das noites, no caso da translação é a ocorrência das estações do ano, períodos durante os quais, dependendo da posição da Terra em relação ao sol, os hemisférios norte e sul da Terra poderão ser igual ou desigualmente iluminados. Isso, como sabemos, tem grande influência e importância na vida em geral e também nas atividades humanas em particular.
☞ Por que existem as estações do ano? Elas existem por duas razões: 1ª) Os planos do Equador e da órbita terrestre (plano da eclíptica) não coincidem, resultando numa inclinação da ordem de 23°27’. Podemos dizer também que o eixo imaginário da Terra está inclinado em relação ao plano da eclíptica. 2ª) Durante a translação, a terra ocupa diferentes posições em relação ao sol. Se os planos do Equador e da eclíptica fosse coincidentes e se a Terra permanecessem sempre na mesma posição (digamos, perpendicularmente ao sol), não haveria as quatro estações do ano, ou seja, se o sol incidisse o ano todo na altura do Equador, os hemisférios norte e sul da Terra receberiam sempre a mesma quantidade de iluminação. Só há duas ocasiões em que os dois hemisférios são igualmente iluminados: nos dias 21 de março e 23 de setembro, chamados equinócios (noites e dias iguais) épocas em que o sol incide perpendicularmente no Equador, propiciando igual isolação nos dois hemisférios. Fora essas datas, a Terra mantém-se sempre inclinada em relação ao plano da sua órbita.
NOTA: A translação da Terra e o Ano Bissexto

O movimento da translação terrestre é a base ou referencial para a divisão do tempo. De acordo com o antigo calendário egípcio, a duração do ano (civil) era de 365 dias. Como o movimento de translação da terra é de 365 e 6 horas, os romanos, os romanos corrigiram o calendário egípcio acrescentando a seu calendário (o Juliano, 46 a.c) aquelas 6 horas que não eram computadas pelos egípcios.
Como “sobravam” 6 horas em cada ano, no final de 4 anos essas 6 horas, somadas (24 horas), equivaliam a 1 dia. Os romanos acrescentaram, então esse dia ao mês de fevereiro.
É por isso que, a cada 4 anos, o mês de fevereiro, que normalmente tem 28 dias, passa a ter 29. É o que chamamos “ano bissexto”, como o ano de 1992 foi bissexto, os próximos serão 1996, 2000 e assim por diante.
Cuidado: Se por acaso seu filho nascer no dia 29 de fevereiro de 1996 ou de 2000 e você registra-lo nesse dia, ele só fará aniversário de 4 em 4 anos.

7 AS ESTAÇÕES DO ANO

Os solstícios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul da Terra são desigualmente iluminados. Ocorrem nas seguintes datas:

• 21 de dezembro. Marca o solstício de verão no hemisfério sul. É a época em que o sol se encontra na altura do Trópico de Capricórnio, sendo, portanto, verão no hemisfério sul. Os dias são mais longos e as noites mais curtas. No hemisfério norte ocorre o inverso.
• 21 de junho: É o solstício de verão no hemisfério norte. O sol encontrar-se na altura do Trópico de Câncer, ocasionando o verão, época de dias mais longos e noites mais curtas.

Os equinócios correspondem às épocas do ano em que os hemisférios norte e sul são igualmente iluminados. Ocorrem nestas datas:

• 21 de março. Assinala o início do outono hemisfério sul e início da primavera no hemisfério norte. Nessa data , o sol está incidindo na altura do Equador, acarretando igual duração dos dias e das noites nos dois hemisférios.
• 23 de setembro. Marca o início da primavera no hemisfério sul e do outono no hemisfério norte. O sol encontra-se novamente na altura do Equador, propiciando igual duração dos dias e das noites nos dois hemisférios.